11 Julho 2016
E
ontem, o caldo francês, exaltado por essa propensão narcisista para ver os outros
como extravagantes seres de formato modesto, entrou em campo de peito feito tal
vinha sendo a baboseira sucessivamente aumentativa. Vinha com paladar
exibicional que todos os dias se requintava quanto ao resultado que
ambicionavam mas que, afinal, lhes saiu acre.
Lição
a tirar; o elogio do eu gasta-se como as solas dos sapatos, pelo uso, e a cor
das palavras murcha sempre que para certas castas o vocabulário se torna “um
não me toques”.
E
hoje, à sopa confeccionada por alguns portugueses, poucos felizmente,
resolveram estes adicionar-lhe um ingrediente que a tais mestres-cucos muito
agradaria ter sido algo capaz de frisar um contraste, que enfim não frisou.
Afirmam agora que ganhar foi poucochinho e então o nacional contentamento que
daí veio, acrescentam, terá sido coisa de gente do povo orgulhosa da sua
humilde origem: da sua triste plebeidade. Tão-só.
Lição
a tirar; é ao gosto de pensar gaulês que se deve ‘aussi’ embalar e exportar
este modo de se ser pouco português, que mais ressabe a francês.
E
Viva o Portugal que rejubila com a vitória que tem pretensões de lá fora e cá
dentro passar por entendida. Os que não a querem entender são os que apagam as
luzes do tino, e outras, e sem essa luminosidade jamais conseguirão suprir o
que lhes falta.
Mário
Rui
___________________________ __________________________
Sem comentários:
Enviar um comentário