À
boleia de uma amiga destas redes sociais, obrigado Ana Karina, foi-me dado a
conhecer. É vinho, é alentejano, está visto, e eu gosto dos néctares dessas
bandas. Vou provar, decilitrando um destes dias essa uva liquefeita de modo a
perceber se, como outros das mesmas paragens, é prazer que por instantes dure
contra tudo. Mas antes mesmo das provas experimentais, já me contento com a
exterioridade simples e com o sabor a romance que leio no rótulo. Misteriosa,
provocadora, essa exterioridade, e desse exame feito em simples acto de visão
fica-me o testemunho de outros sentidos. Os românticos entendidos que o digam,
não vá o meu lado poético estar a perturbar-me a imaginação rigorosa dos
detalhes. É que há mil maneiras de apreciar a beleza. Do romance, primeiro, do
vinho depois. E mesmo que por vezes tudo seja um carrocel de fúrias espumantes,
há sempre uma poesia que deve rastejar pelo ideal sentimental de cada um.
Rastejemos pois pelas poesias súbitas em que há mistério e pelos sucos dóceis
do Alentejo. Divirtam-se!
Mário
Rui
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