“Interações
sociais enriquecedoras”, deixando de fora tudo o que se passa à sua volta e que
o jornalismo de qualidade oferece, é estimular os guetos. E as fake news. E o
pensamento único. Zuckerberg vai meter palas nos olhos de 2 mil milhões de
pessoas. Como se fazia aos burros. (LER
AQUI)
“Interações
sociais enriquecedoras, deixando de fora tudo o que se passa à sua volta e que
o jornalismo de qualidade oferece"?
Pois
a mim parece-me que se a ‘multidão’ confere carisma aos ídolos da tecnologia, é
esse mesmo carisma de que são popularmente investidos que faz com que, o que
quer que lhes falte em qualidade, a tais gurus, seja inteiramente compensado
pela pura quantidade de espectadores ávidos de mostrar o ego próprio, como se
pensassem ser os guardiões do interesse público. É curto, muito curto, este
alcance, senhor Zuckerberg. E julgo que não ajuda em nada essa ideia de confinar
aos amigos, tão-só e não tendo nada contra eles, o mundo que somos. Sabemos que
nestes climas de mudança rápida são as espécies generalistas, e o “artista” Zuckerberg
também o sabe muito bem, que têm mais hipóteses de sobreviver. De charadas
mediáticas, sociabilidade fútil em rede, feiras de vaidades, grupos do elogio
mútuo, estou eu farto. É o que mostra mais rapidamente o umbigo e não o
pensamento mais profundo, que ganha o jogo. Não chegam os templos de consumo
fácil. Podem até ser interessantes, mas não conferem êxito a estas novas rodadas
de inovação(?) pois consumidores de olhos vendados, são a falência das cruzadas
culturais que tanta falta nos fazem. Para
engolirmos coisas sem serem mastigadas, já nós temos muita indústria alimentar.
Mário Rui
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