Comunicados
e contra-comunicados, ataques e contra-ataques, acusações, réplicas e
tréplicas, nestas coisas é necessário atender muito ao efeito, todos perdidos
num país de futebol chato e feio. Uma penumbra vaga, onde de tempo a tempo
luzem os pontos rubros dos cigarros, puxados em fumaças longas. Uns e outros
numa flutuação de coisa falsa, sonhada, que dê jeito. E lá fora, atada à
cancela de ferro da passagem de nível, a mula velha do correio abana as
orelhas, sacudindo as moscas. Esta semelhança de talentos estabelece logo uma
familiaridade. Será que o Mundial que se avizinha nos trará cores mais vivas,
mais naturais do que tudo quanto se tem visto por cá? Será possível afastar
todos estes “modelos” indígenas, airar esta natureza muito árida e de confronto
permanente? Tornar a coisa mais simples e mais vibrante de boas razões. Será
possível uma modulação fresca de primavera futebolística?
Mário
Rui
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