Estávamos ansiosos por coisas emocionantes (LER
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Realmente estávamos ansiosos por coisas emocionantes como este
gordo desconto. Favor que se peça a quem pode nesta matéria, só não é
satisfeito se se tratar de um autêntico impossível. E assim se faz nova luz,
nova energia. E entra, quase de borla em nossas casas, essa doce luz de um sol
dulcíssimo que deslumbra até os vates. Essa luz com desconto, luz generosa que
não é medida por contadores de ‘quilovates’, uma lamparina ao natural, mais
barata e eficaz, ainda por cima esplêndida para vermos estrelas. Muito
obrigadinho, a quem pode, puxado bem cá do interior. Com esta tarifa a descer -
1,5 euros por mês - vamos todos comprar velas para te fazer a devida procissão
de gratidão. Talvez um ou dois paus de cera por mês, nada mau. Fruto, ainda, de
tal poupança, um fósforo de espera galega, o apartamento virá depois e sem que
nos pese no pé-de-meia. Garantidamente e graças a quem pode. Chorudos lucros
teus e chorados cheques meus, só podiam dar nisto: um abate natural, bondoso.
E, a quem pode, com essa saúde de ferro que tens e de mãos-largas como és, até
nos podias servir de modelo a um rótulo de Natal; coisa do tipo ““perdoai-nos,
Senhor, as nossas exorbitantes contas, assim como nós perdoamos aos nossos
especuladores”. É Natal e até o sino da aldeia dava trindades se essa luz se
acendesse.
Mário Rui
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