Se
o barco não vem, nós choramos. Na fé do barco vir, sentamo-nos na espera da
chegada, cuja solidão é propícia a toda a alma que sabe digerir em paz. E, com
tal fortuna, achamos um sítio liso onde aguardar a sorte do que vem na
esperança de que no resto da nossa vida, talvez já não muito grande, algum
descanso nos traga a velhice. Que destino! É só mais uma praia! Sendo-se mais
jovem, acredita-se em novo areal, botão de madrepérola que perfuma uma
existência. Mesmo que o certo é que ninguém nos tenha inventado para vivermos
novas vidas toda a vida! Se foi bem tirada a conclusão, não sabemos, mas
queremo-la com sincera devoção.
Mário
Rui
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