E
volta a soar a trombeta da voracidade (ler
aqui)
De
facto, esta coisa das petições já começa a ser, ela própria, de um odor
nauseabundo que mais não é senão uma questão de falta de higiene pública! E,
este pretenso ‘asseio’ popular agora dado à petição, mais uma, tresanda mas é a
desequilíbrio entre o senso (in)estético de alguns e a imperfeição da vida que
esses mesmos levam. Mas a verdade é que tanta petição para proibir já não me
irrita. Produz-me uma outra impressão, também desagradável, mas diferente –
cheira-me mal. E quando por aí se reclama tanta proibição, quer isso dizer
simplesmente que se pede uma vassoura e o caixote do lixo. Ou então proíbam
tudo e depois metam-nos num qualquer aljube badalhoco à primeira suspeita sobre
a origem malsã de um cheiro agradável em corpo limpo. A seguir façam ainda um
requerimento para acabar com o caroço do pêssego, estragam-se um ao outro. E
quando estiverem de bolha, mandem mais. Por mim, acho bem. Assim como assim,
suprima-se tudo. Somente tudo, e em nome da toleima nacional.
Mário Rui
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