Horas a fio a tratar tantas harmonias que se
modulavam com a mão firmada nos botões, os ouvidos suspensos na beleza das
formas sonhadas numa contemplação de ser música interior. E pouco depois,
começava a alvorada. Rebobinava-se a fita e começávamos a versejar ao mesmo
tempo. E as melodias caiam-nos no regaço com a afabilidade com que se queriam
associar aos nossos folguedos. E já foi no outro século, mas o tempo não me
fugiu!
Mário Rui
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