A
história nem sempre fixa os nomes dos que bebem champanhe, e obrigatoriamente
por flute.
«Nos
jornais os peritos explicam-me como aspirar os seus eflúvios e como devo
mascá-lo para fazer o inventário dos seus sabores. Em livros volumosos ditam
como pegar no copo, ensinam quais os vinhos que se devem absolutamente preferir
e os que se devem absolutamente desprezar. Falam de temperaturas ideais para
beber. Regem cursos onde num fim-de-semana se sai diplomado na arte de provar.
Fundam associações e confrarias. Decretam a forma dos copos, o grau de humidade
das adegas, o melhor ângulo para a decantação, o número de horas que uma
garrafa de ‘’grand cru’ deve arejar e, se estivesse na sua mão, por certo
determinariam o funcionamento das papilas!»
Até
parece que aqui se vê, meus amigos, o que é a ciência, para já não falar da
matemática em si mesma. Do que resulta acharem-se todos uns génios em matéria
de vinhos. Quer se trate de enólogos, quer mesmo do simples bebedor que sacia a
sede com o dito néctar. Como “peritos”, grandes cálculos! Mas têm a mania de os
desfazer, com águas minerais, essas sim, de boa fonte. Um destes dias, compro
um moinho, far-me-ei moleiro e eis que mais um génio se juntará aos tantos que
já temos. E, afinal, tudo feito com farinha do mesmo saco!
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