Uma é, sem dúvida, um finíssimo regalo do
espírito o ler as modernas lucubrações sobre o estado actual da língua
portuguesa.
A outra, dá-me ideia, escreve cada um o que lhe
parece e apetece, com o aplauso da imprensa ‘super omnia’.
A terceira é que, ainda há anos, conheci dois
professores de declamação encarregados de ensinar a mocidade a bem pronunciar o
português, mas eram ambos gagos (com o devido respeito por estes últimos), e
daí não se terem sequer aventurado a ensinar a escrever.
De todo o modo, dando de barato uma distracção
que a qualquer um pode acontecer enquanto escreve, acho que a vinda da CNN para
Portugal, em vez de ter estabelecido para a imprensa nacional uma boa selecção
de ‘artistas’, baralhou as coisas por forma que mais parece acentuar-se o
desígnio de só acaçapar mediocridades.
Isto, porém, são meros incidentes não havendo
portanto motivo para grandes preocupações uma vez que o importante é que se
mantenha aquela exageração romântica, já antiga, de que também “o vinho instrói
e o fado induca”.
Tenhamos então "indentidade" própria!
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