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recentemente chegadas à minha redacção caseira, e de fontes absolutamente
inquestionáveis, dão conta de uma nova e inequívoca cura para o SARS-CoV-2. Ou
seja, esta apoteose de showmícios, só comícios, arruadas, quermesses, boa gente
para mandar representar Portugal dizendo
que está de excelente saúde ao estrangeiro, e afins, tem-se afirmado em letra
redonda como sendo multidão com extraordinário gáudio da amantética de trinados
políticos. Afinal, tudo isto é um bom exemplo do modo como deve ser feita a
profilaxia racional quanto à covid-19. E, digam-me lá se isto não é um seguro
passaporte para a eternidade e se não valerá a pena qualquer costureirinha
redobrar esforços na produção de bandeiras partidárias que junte ainda mais
gente aos montes, pois que desfraldar estandartes destes é um óptimo escudo
contra o vírus. E com a terapêutica da bandeira, somada a mais um dia que não foi
de reflexão, mas o outro já vai ser sem que ninguém o perceba, certo seria que
o bicho não mais nos enviaria algemados para a cova. Que diabo! Pois não é este
um caso de insânia colectiva? O que têm os coveiros a ver com eleições? Não,
nenhum português atinado pode ter mais do que uma tristeza forçada por esta
ladainha política de tristezas. Alguns, na ânsia de me deslumbrar, ainda me
querem mostrar o contrário do que eu digo, mas só me dizem o pouco que podem.
Mas pouco, não me basta, já que é muito ténue a camada da ilusão que os cobre.
Não escolhem o que dizer. São o maior número.
Mário Rui
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