Gosto
de publicações deste quilate! Só espero que venham mais reforços destes a
caminho.
É
que hoje, parece evidente o aumento do dispensável recurso aos estrangeirismos,
e usamo-los sem que isso nos cause algum incómodo.
Em
boa verdade, continuamos a pensar que eles conferem um certo estatuto social a
quem os usa.
Campos
férteis de uma exibição parola que começa a ser uma verdadeira ameaça à língua
materna.
Até
as tascas, tão tipicamente portuguesas na sua alma, exibem agora nas ardósias
gordurosas expressões como take away ou hot dog… Mas enfim, ainda há gente que
não percebe que nada nos torna mais bizarros do que este baile de máscaras. Vão
mas é dar banho ao cão!
Mário
Rui
THAT‘S
A POST
(Francisco
José Viegas, em 05.01.23)
Ao
que eu cheguei. A pôr-me a defender o uso da língua portuguesa em vez do inglês
para deslumbrados. Começou por uma brincadeira, quando ouvi uma entrevista de
um desses parolos – ele insistia que tudo era um problema de “mindset”. Vá lá,
de mentalidade. Por que não dizer “mentalidade” em vez de “mindset”? Eu sei que
o inglês de economistas é uma regra de ouro internacional, mas não custa nada
dizer “prazo” em vez de “deadline” ou “resposta” ou “comentário” em vez de
“feedback”. Várias vezes uso a palavra “briefing” mas prometo que usarei
“relatório”, “resumo”, ou “instruções”, ou outra coisa qualquer. Não vou
comparecer a “meetings” mas sim a reuniões e não responderei a “calls”, mas a
“chamadas” ou “telefonemas” ou “comunicações”, mesmo quando se tratar de
comentar “orçamentos” – e não “budgets” – ou “roteiros” e não “roadmaps”. E, de
qualquer modo, defenderei o fuzilamento de quem disser “aitem” em vez de
“item”, porque latim é latim, mesmo que me peçam para “wording” em vez de
escrever um texto, digamos, e não um “report”. A menos que seja para dizer
“fuck off”, naturalmente.
Biografia
de Francisco José Viegas, em;
Mário Rui
___________________________ ____________________________
Sem comentários:
Enviar um comentário