E
a festa está no fim. Para uns mero júbilo por mais dois ou três dias de fartura
de cores, de sons, de tons e já agora também de dons, para outros a certeza de
que ainda podem contar com histórias de bem estar. Tudo coisas que convêm aos
mais cépticos e não menos aos entusiastas de dias e noites que se prolongam
numa deleitosa passagem de instantes que marcam. É assim que vivem os que
observam mas também os que absorvem, e aquilo a que assisti mais uma vez foi à
fila de inseparáveis amigos de recreio e boa disposição alinhados entre pares
que fizeram da festa a apoteose da alegria. E é assim que deve ser, pois em
muitos vi essa nobreza de linhas que dão alma a um festejo, a uma graça, ou tão
só a dias mais coloridos. Até os vi nos escaninhos de um beco pardo a trocarem
beijos de contentamento tão fecunda a romaria era. Mas coração ao largo! Uma
população frenética entrechocava-se por mais e melhores cunhos de S.Paio e
assim sendo que importa ao tal coração saber onde fica amor parceiro.
Interessa, e bem, é compostura que se afigure mais independente já que em
altura de céu de fogo, chão de areia, ar de música, mar de sonhos, conta é que
todos se levantem em cerimonial, puxando os punhos se lhes apetecer, e digam: -
como eu estou contente em te apanhar aqui S.Paio ! Então não é uma tolice criar
aversões nos patrícios bem aparecidos? Claro que é! Tiro o chapéu a todos os
que estiveram e fizeram a festa, ou as festas, porta de muitas aspirações,
mesmo que passageiras, a que até eu ouso erguer a vista. É um auxílio, que
diabo! Em conclusão, eu sei que há muita gente desgostosa de haver assistido a
uma riqueza de sabores, mas calma, para o ano há mais e todos, mesmo eu,
certamente tomaremos assento nessa excursão que há-vir de novo até ao teatro
das nossas antigas rapaziadas. Obrigado S.Paio e bebe um copinho até que chegue
nova folia.
Mário
Rui
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