“Distanciado
da comitiva, sozinho, de cabeça erguida, Francisco entrou, hoje, no campo de
concentração de Auschwitz, na Polónia (TSF)”.
Papa
Francisco: quietude e oração em Auschwitz
O
silêncio vinga em Auschwitz. Visitei em tempos Dachau. Era Verão, havia sol,
mas tudo aquilo me pareceu um grande mar de Inverno! Frio, prenúncio de coisa
horrível, hoje rascunho que naquela letra larga e ampla me deixou, e deixa,
ideia do que foi. Pareceu-me sítio, isso sim, de uma névoa de serenidade
eterna. Nem os pássaros por lá paravam, talvez sinal do modo como, eles
próprios, responsabilizavam as desinteligências crescentes que pariram o
horror. Mantenho ainda hoje essa visão, tal foi o medonho que me veio à
imaginação. E insisto no propósito de dizer, só para lembrar, que para milhões,
a facilidade e a felicidade em nascer mais não foi senão o indício misterioso
de um destino inacreditável e de imprevistas desgraças. Francisco deve ter rezado
pelo não ressurgimento da barbárie e em especial pelo assegurar do bom siso aos
homens, o que possa manter o mundo nos justos limites indicados no livro da boa
convivência. (29
Julho 2016)
Mário
Rui
___________________________ __________________________
___________________________ __________________________
Sem comentários:
Enviar um comentário