Era
muito perigoso ter razão nos assuntos em que as autoridades estavam
completamente equivocadas
Apesar
de sempre se dizer e escrever que antigamente é que era bom, acho mesmo que o
tempo de antanho não era assim tão bom quanto isso. Remisso e vagaroso, é
certo, mas também variado nas certas e firmes vontades de tudo controlar, de
tudo medir, fazia muito muro ao gozo das doçuras de algumas liberdades. Se
porventura tentadas, era como chamar o grosso da força armada. A aposta certa,
dizia-se, devia ser antes produtiva, de preferência pouco ilustrada e se de
cariz filantrópico banhado a “ética”, então tanto melhor. Nada de interesses
mundanos pois tal não acompanhava o “progresso” da humanidade. Mestres e
moralizadores, era o que mais se via. É claro que ao assistir a tanta
vigilância, exame minucioso, fiscalização e comprovação, muitos, de incrédulos,
negaram-se a dar fé a tal “progresso”. Daí que o alvitre não fosse tão bom como
se apregoava. Daí que ver para a frente aumente o mundo mas sempre na certeza
de que é no sonho futuro que começa a mudança.
Mário
Rui
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