Por
acaso é sobre futebol, a mentira. Mas podia ser sobre chouriços, como também
sobre a curva do rio que não incomoda ninguém. Mais grave seria anunciar a
invasão de um qualquer país inexistente por um exército que nunca havia saído
do quartel. Mas podia ser notícia, também. E plasmada nesta imprensa portuguesa
onde todos os sonhos e pretensões têm ante os olhos a informação indefinida,
matreira, não confirmada, por onde mergulhar a vista. E quem ousará dizer que a
notícia se parece com a realidade? Só mesmo esta imprensa nacional que
representa a mais desacreditada tradição que se conhece, e, por conseguinte, a
menos indicada à esperança dos que pretendem agourar bem um feito informativo
sincero. Cuidado, amigos. O coincidir desta existência declinante com estas
carreiras jornalísticas(?) nascentes, pode um dia atingir um de nós. É por isso
importante, antes mesmo de ler um qualquer jornaleco, saber bem onde pára o
cérebro de ver e depois pensar se de facto vale a pena ler. Com tanta escrita
rota nas suas páginas, o que havemos nós de fazer? Maldizer? Perdoar? Descrer?
Esperar? Denunciar, pelo menos!
Mário
Rui
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