Se
num barquinho estiverem todos os meus sonhos, eu serei então a nuvem veleira.
Aquela que afastará no horizonte as minhas inquietudes do lance seguinte a
jogar nesta brincadeira que é a vida. E, firmado nesta certeza, fico à espera
das muitas manhãs de sol que me levem a navegar por águas cheias de
importância. Farei trinta por uma linha para chegar a porto seguro, mesmo que
no cais as cordas me apertem. E, se a noite velha vier, do mastro tiro o pano,
na alva a seguir o volto a subir. De manso, vou de novo nesse murmúrio amigo e
sem fim das grandes águas.
Mário
Rui
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