Bem
avariados se encontram alguns estômagos portugueses, como de resto muitas
outras miudezas, a começar pelos cérebros pequeninos, razão pela qual já há
quem aponte pincel salvador, e bem, à fêmea do boi. Ora, como Portugal começa a
ser sítio impossível para nele viver vaquinha civilizada, e o reitor do
primeiro estabelecimento científico do país, num cómico encher de boca, foi
cúmplice implicado nessa lavoura nova, ademais já outro 'reitor' algarvio tinha
acabado com a antiga, proponho então duas medidas. A saber:
-
desde logo, e de carácter iminentemente salvador, deve todo o gado vacarino
português optar por um híbrido definitivo de vaca zebra.
-
se, mesmo depois de assim disfarçado, algumas cabeças sem recheio insistirem na
tese coimbrã anti-bife, então que se promova nova ‘Revolta do Grello’, pois do
que se trata é de inovadora forma de cobrança, tal como em 1903, mas desta vez
ao mundo rural do país.
Podia
aqui dissecar a propósito de outras medidas desinfectantes aventadas (palavra
que deriva de ventas) por outra gente. Do fim da caça, da pesca, do cabrito no
forno, da bebedeira do peru no Natal, da lampreia à Minho, etc. No entanto não
o faço já que no que toca ao “ambiente” que cada vez mais me cerca, sou sempre
eu a escolher os interlocutores com quem quero debater. E por uma razão muito
simples; consigo sempre um ambiente verdadeiramente despoluído. Basta-me!
Mário
Rui
___________________________ _____________________________