(Legenda de Artur Castro Tavares)
Antigo
edifício da câmara e cadeia, ao fundo, lado esquerdo. Praça, lado norte, quem
vai hoje para a Rua Dr. Souto Alves.
Mário Rui
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(Legenda de Artur Castro Tavares)
Antigo
edifício da câmara e cadeia, ao fundo, lado esquerdo. Praça, lado norte, quem
vai hoje para a Rua Dr. Souto Alves.
Mário Rui
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Antigos alunos do Externato de
Dom Egas Moniz
Mário Rui
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...
e todos enjoados. Pelos sonhos que não mais podemos sonhar, e pelos erros que
não podemos de novo repetir.
Mário Rui
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'Little
Boy / Fat Man'
76
anos depois, de modo a que jamais sejamos tão estranhos entre nós quanto isto.
Bombardeamentos
atómicos das cidades de Hiroshima (140 mil mortos) e Nagasaki (70 mil mortos) –
6 e 9 de Agosto de 1945.
Se
para mais não servir, que fique a recordação do quão funesto é viver em guerra.
O
que esta data evoca é tudo aquilo de que não sentimos falta e de que não
precisamos para viver seguros e confiantes.
Quando
passamos por horrores destes, sempre perdemos alguma coisa de nós, sendo que
outros perderam mesmo tudo.
E nunca é feio o que muito amamos; A PAZ!
"Forma de agradecer ao país que me apoiou"
Ainda
que não fosse ele um atleta de elite, mas, como tal, com igual direito a se
ilustrar, bastaria a perspectiva do agradecimento humilde para nos fazer cuidar
dele com afinco, pois há sempre que escolher entre todos os melhores, os que
são mais sinceros, modestos e mais úteis! Parabéns, Pichardo.
Em
o interessado/a se achar descontente, tenha a bondade de avisar a fim de
marcharmos para o exílio.
Discotecas
podem reabrir este domingo com regras da restauração. Isto é, na pista só podem
dançar cadeiras com mesas. Pares improváveis e os pobres dançantes, que durante
toda a noite se fartaram de gastar a paciência, vão para a cama assobiar uma
cantiga da intemporal Maria Cachucha, para gozarem, ao menos, de um pedaço de
boa música. Mas tudo neste mundo tem compensações. Se não tiveram o prazer de
um pé de dança, tiveram o não menor prazer de contarem à parceira/o o drama
pungente por que que passaram. E é nesse dia que fica resolvido o divórcio, por
comum desacordo, face a uma noite sem … música.
Ou
tudo ou nada! E na praia, sai também de cena o arame farpado e a baioneta?
António
Costa, em 29 de Julho, e após ter andado mais de um ano a tratar-nos a todos
como tolinhos e irresponsáveis, diz agora que «Temos de assumir de uma vez por
todas que a população é responsável e adulta e, portanto, não é o Estado que
tem de andar a definir a régua e esquadro qual é o número de pessoas com quem é
preciso usar máscara.» Tratemos então com respeito entidade que, se alguma
coisa prejudica, muito mais ainda remedeia, mas tarde e a más horas. E, como são
mais de 10 milhões de bocas (4.917.794 homens e 5.430.098 mulheres, não vá
alguém acusar-me de fazer discriminação de género), que se calam, de direitos
de que se não valem, de vontades aniquiladas pela ignorância ou pela
dependência, cuidem-se todos porque abandonar a régua e o esquadro será salvar
Portugal. O Governo passará a fazer os seus avisos, as suas leis, os seus
decretos, numa forma que, elucidando os interessados pelo pitoresco recorte das
suas frases, sem material de traçar linhas retas ou ângulos perpendiculares,
chame a curiosa atenção de todos. Pronto, a regra agora é que cada um absorva
oxigénio e exale gás carbónico e vapor de água nas proporções que muito bem
entender, já que o Estado, a que chegámos, dispensa por completo tanta minúcia
arreliante, como nunca antes o tinha feito e vá-se lá saber porquê. Talvez,
tudo isto, por um cómico encher de boca deste Estado ou pelas contradições e
ninharias que lhe povoam o cérebro ou, quem sabe, por causa de um autoritarismo
confuso que somente consegue revoltar. Por mim, vou mais por esse banzé
fenomenal que representa o testemunho cabal da incoerência de certos
“estadistas”, criados por um lamentável engano de agulhas no caminho de ferro
da celebridade!
Mário Rui
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Numa certeza antecipada de decréscimo, a parte mais séria do cortejo que já fomos e hoje somos, é esta; preservem-se os mais velhos para defender os seus foros e tradições, os novos para gerar mais compatriotas, porque desta banda não há interesses a defender. Pelo contrário, há tudo a conquistar. De outro modo, lá se vai esse saboroso fruto que se chama a população de Portugal.
A
28 de Julho iniciou-se uma nova fase dos Censos 2021 com a disponibilização dos
seus primeiros resultados: os Resultados Preliminares. Nestes primeiros
resultados observa-se que a população residente em Portugal, à data de
referência dos Censos 2021, é de 10.347.892, representando um decréscimo de 2,0
% face a 2011. Ou seja, Portugal tem hoje
menos 214.286 residentes do que em 2011, segundo os resultados preliminares
dos Censos 2021. Em termos censitários, a única década em que se verificou um
decréscimo populacional tinha sido entre 1960 e 1970, indicou o INE. Os dados
preliminares mostram que há em Portugal 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098
mulheres (52%).
Mário Rui
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26
de Julho de 1943 (idade 78 anos)
Sir
Mick Jagger
O
maior faz hoje anos! Setenta e oito congratulações!
Presença
e voz couraçada na virilidade que faz toda a diferença, persiste no modo
louvado de fazer-se ouvir. Trabalho talvez absorvido até à idade dos loucos
amores e desamores, que importa, o certo é que permanece êxtase capaz de
continuar a arrombar os nossos melhores sentimentos musicais e os outros todos
que vêm por simpatia. Lindo, mesmo de regalo, grande Mick. Parabéns e obrigado
por me manteres íris inquietas e outras tantas sossegadas nas sentidas comoções
que me assaltam lá desde (I Can't Get No) Satisfaction,‘She’s a Rainbow’,
'Party Doll', ‘Lady Jane’, ‘Angie’, 'You Can't Always Get What You Want', ‘Miss
you’ e tantas outras, tudo transparências mágicas que são minhas inquilinas há
já uma eternidade. Inabalável teimosia a tua, não te vás daqui quando não a
música fica mais sozinha e partida de soluços.
Mário Rui
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Volta,
se calhar até já estás perdoado.
Pese
embora não haver unanimidade quanto ao dia em que veio ao mundo aquele que
viria a ser o primeiro rei de Portugal, apelidado de "o
Conquistador", assume-se agora que terá sido lá pelo dia 25 de Julho de
1109. Assim, passaram ontem 912 anos sobre o nascimento de D. Afonso I, mais
conhecido por D. Afonso Henriques. Ensinaram-me os professores, e nisso também
as carteiras da escola primária me deram preciosa ajuda, que entre a perda do
ano e a mais que certa perda do brio escolar, sempre era melhor ouvir atentamente
uns e tomar bom assento de trabalho e estudo nas outras por forma a evitar tais
danos às primeiras luzes intelectuais. Era o tempo em que aprendíamos uma série
interminável de noções gerais, mas quantas vezes lapidares, sobre todas as
coisas deste mundo. Quando a aula corria mal, também nos ensinavam a pôr o
dorso curvo, mas pronto, a primária, quando não preparava para diversos
ofícios, virava sala turbulenta, muitas vezes uma aventura. Bom, mas voltando
então ao aniversariante, dele sempre fiquei com uma ideia fixa ainda que,
concedo, não raras vezes de caligrafia tremulante pois mais tarde vim a saber
que afinal o homem batia na mãe. Ora, se foi daí que a sua propagandeada
musculatura tirou a rijeza de que ainda hoje goza, então há que dizer que o deviam
ter posto numa escola primária. Teria aprendido a ser filho e homenzinho. Dito
isto, volto-me agora para o outro lado, o que melhor o caracterizou; quando
dava ares de chefe, dizem, punha a barriga para diante e cruzava os braços na
espada, como quem dizia ao país: «peço a palavra!». Aqui já era um caderno de
significados. Grande Afonso! Mas também quando lhe cheirava a gente a mais lá
pelo condado, acho que tinha um ar sonhante de bailado mouro, intermédio
dançante onde a espada, a armadura e o cavalo, não eram propriamente jogo
dócil, nem diversão de espécie alguma. Aludo a estes episódios, e assim fecho a
data, só para lembrar que hoje já não são as pessoas que conquistam terras,
cidades, independências, mas antes as ideias. E que gozo me daria saber o que
pensaria o Afonso sobre isto. Afinal, parece que ninguém gosta do muito que se
passa hoje mas, no fundo, todos dizem muito bem de coisas de que toda a gente
diz, está muito mal. Parabéns, Afonso Henriques! Volta, se calhar até já estás
perdoado.
Mário Rui
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Pronto!
De novo sozinhos. Até quando? Ninguém sabe. Acho que já somos veteranos desta
guerra e lá regressamos aos monólogos, que, afinal, são diálogos de nós
connosco próprios – entre o nosso sentir de ontem e o nosso sentir de hoje,
entre o que somos e o que já fomos.
O
Governo anunciou, hoje, que o número de concelhos em risco elevado e muito
elevado subiu de 90 para 116. A incidência continua a crescer, mas o ritmo é
mais lento. (22 Julho 2021).
Mário Rui
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Tóquio
2020/21: o que convirá assegurar é a ligação entre os anéis. Elos, dão sempre
sentido à vida!
Mário Rui
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