Duetos e quando muito quartetos na
contemplação do bom agoiro que lá anda a fadazinha a fazer, serenando o mar.
Mas, na realidade, infelizmente há nestas separações físicas um não sei quê de
estranho que nos deixa longe uns dos outros. Vale-nos o mar que é quase sempre
o assunto inesgotável das práticas, sítio onde antes as gentes se reuniam em
povo e agora em indivíduos sob uma influência oculta. Dizem-nos que já não há
ajuntamentos possíveis e até nos adiantam que a solução destes enigmas não deve
ser procurada nos indivíduos, que neles não reside; está na entidade colectiva.
O verdor dos vinte anos, tantas vezes contado em idílios, sonetos e madrigais,
explicou-me muito, mas o dos sessenta não me explicou ainda tudo. E mais não
digo, mas com o tempo falaremos.
Mário Rui
___________________________ _____________________________
Sem comentários:
Enviar um comentário