É
um sacrifício sem Deus. Um ritual cego. Daí a pouco a “bênção” lança chamas
sobre os corpos vivos.
As
chamas explodem.
Palmas,
palmas para a “felicidade” de se chacinar quando afinal nada disto dá para
analisar em termos de justiça ou moral.
São
actos despojados de valor de um país sem valores. O horror é demasiado para
justificar falatórios.
É
ridículo usar este massacre para mostrar o escândalo, a total falta de
humanismo.
O
invasor faz parte de um mundo onde a violência já não visa um inimigo
declarado, mas visa, antes, declarar um inimigo.
Uns
benzem o mal e depois que venham todos os existentes guardiões da decência e da
responsabilidade ética para mostrar ao mundo que foram assassinados mais dois
humanos.
Esta
é uma ideia com que pensamos mas sobre a qual não pensamos.
Quem
fará dedicações humanitárias aos que, uma vez erguido o pavilhão do seu país,
jamais o arreiam?
Mário Rui
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