Corrupção no sector da Defesa
O ex-ministro da Defesa, João Gomes
Cravinho, defendeu e promoveu Alberto Coelho, então director-geral de recursos
de Defesa Nacional (DGRDN), mesmo depois de saber das suspeitas que recaíam
sobre este, nomeadamente relativas às obras no antigo hospital militar de
Belém, que custaram o triplo do valor que estava previsto, ou seja, os custos
da empreitada em causa só passaram de 750 mil euros para 3,2 milhões, afinal
“coisa de somenos”. Esta operação de combate à corrupção no sector da Defesa,
foi baptizada de "Operação Tempestade Perfeita", o que, no meio de
tanta quadrilha de “intelectuais” que corrompe o país, é a única coisa que me
faz rir. É que de facto é mesmo uma tempestade perfeita já que por cada roubo,
vigarice, falta de vergonha, avareza e ausência de ética, para cada saque
repetido, o processo consciente de quem o faz é sempre o mesmo; copy and paste.
Abomino estas elites desonestas não apenas capazes de distinguir um prato de
lentilhas de todo o legado dos sérios, mas também de perceberem que a absorção
deste último pode ser bem mais nutritiva. Que demencial arrogância, esta. Toda
a repetição que se construa em cima destes princípios não será jamais senão um
monumento à miséria humana dos outros e uma macabra arte diante do dinheiro
fácil. E se quem não os recebeu de nascença, os princípios, tem de adquiri-los
na cadeia. É o único sítio onde se corrigem os ladrões da ocasião. De outro
modo lá continuará em marcha todo o pomposo cortejo de cegos que guiam outros
cegos para o abismo.
Mário Rui
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