Candidatos
vão gastar 4,8 milhões em brindes nas autárquicas (LER
AQUI)
Quero
lá saber quem é que os gasta e de que forma os gasta. Basta-me perceber esta
predisposição para empreender acções que pareçam tender a colocá-los sob uma
boa luz - isto é, de modo a lhes melhorarem a imagem, que já abomino esta forma
de comprar votos. O que me agradaria era que todo este fandango pelintra, se
resumisse ao que eles de facto fossem capazes de alcançar pessoalmente. Não sou
nada bom a enganar-me a mim próprio e essa é a razão pela qual vocifero contra
esta gritante impropriedade de conduta permitida, grosseira insolência e
injustiça. Quase cinco milhões de euros a adquirir ofertas para o eleitorado,
não é? Populismo, o que eu digo? Não! Qualquer eleição que respeite um país,
preserva o decoro. Ardem casas, morre gente indefesa porque o Estado a que
chegámos não protege os seus cidadãos. Morrem bombeiros porque se trocam pela
vida dos outros. Tombam árvores assassinas que ceifam vidas humanas. Tributa-se
tudo e mais alguma coisa ao pagante indígena. Mas quase ninguém desmascara a
futilidade suicida das teorias que não assumem a responsabilidade das suas
consequências históricas. Há dinheiro para o supérfluo, falta dinheiro para o
essencial. Depois disto, ainda há os que se revoltam com o facto de por três
vezes quase abdicarmos de existirmos como Nação! Por este caminho, errado,
conformamo-nos com a condição de entreposto de outros. Não me perguntem pois o
que acho destas fantasias. Eu digo-vos: são neurastenias de uma pegajosa
tristeza!
Mário
Rui
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