Se é para continuar fechado no castelo,
invertendo as bases da minha existência, já não estou muito para interiores
desalentos contemplativos. Ressalvo assim a condição de rever imagens, formando
delas ideias ainda quentes de modo a ficar com a alegre impressão por elas
produzida. É pouco, se calhar, mas pelo menos não se esfuma a vibração
sensorial de um tempo pleno de recreios e sem aspecto tão penitente como o de
agora. Já faz falta uma pequena coisa, que é tudo; a paixão pelo muito que nos
identifica. Uma coisa que dá matiz à vida e a ver vamos quando é que esta
cristalização nos iça a ponte levadiça. Quem ousará despertá-la? É que estou
farto de charcos estagnados!
Mário Rui
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