Em
1962, o Movimento Nacional Feminino, criou o Aerograma, também conhecido
“bate-estradas”. A sua principal função, era a correspondência, com a sua
madrinha de guerra, para ajudar a levantar a moral das tropas e matar saudades
da sua terra, ajudando assim a passar o tempo. Na Metrópole o seu custo era de
$20 (2tostões), vendidos às suas famílias, mas no Ultramar, eram gratuitos.
Existiam 2 tipos, o azul, que eram enviados da Metrópole para o Ultramar, e os
amarelos que eram destinados ao uso exclusivo no sentido Ultramar/Metrópole. Os
anúncios das madrinhas de guerra eram publicados na Crónica Feminina. Os
militares enviavam os aerogramas, para os Correios das terras que escolhiam,
com os seguintes endereços: “à menina mais bonita que encontrar, ou à menina que
se dignar corresponder-se como madrinha de guerra com um soldado ao serviço no
Ultramar”. O carteiro, quando saía para a rua, tinha essa “missão”, de entregar
todos os aerogramas, e depois as meninas, respondiam ou não, mas a maior parte
aceitava ser madrinha de guerra. Muitos casamentos se realizaram, e ainda se
mantêm, segundo conta no seu livro, Madrinhas de Guerra, a jornalista aveirense
Marta Martins Silva. O Movimento Nacional Feminino foi uma organização do
Estado Novo, criada por iniciativa de Cecília Supico Pinto, em 1961,e apoiada
por António de Oliveira Salazar, para dar moral, às tropas que combatiam, lá
longe no Ultramar. Mobilizou mais de 300mil ”madrinhas de guerra”.
(imagem: Cortesia de Agostinho Pinto
Mário Rui
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