Na
véspera do dia dos seduzidos
E
o que é isso do amor? É amanhã? E não
pode ser hoje?
É,
às vezes, a incessante ansiedade e tensão da dúvida, outras tantas o dia
inteirinho de prontidão mesmo que o empreendimento exija tempo, muito tempo com
um singular sorriso nos lábios. Camões chamou-lhe fogo que arde sem se ver,
Espanca queria amar, amar perdidamente, John Lennon lembrou-nos que tudo o que
você precisa é de amor, outros dele disseram ser coisa que se ergue no
firmamento em desenho profundo. Todos devem ter razão pois percebe-se ser um
dos poucos sentimentos que arranca do coração meigos lentos quer se esteja na
prisão da incerteza ou na certeza da companhia que transforma. Pronto, talvez
seja isto o amor e porque desamar por nos termos enganado é, de facto, muito
idiota, mais vale achar que fora o amor, a amizade e a beleza interior, não há
certamente muitas outras coisas capazes de alimentar uma vida. Mas não se
enganem quanto às paixões já que às vezes à força de distrair os sentimentos,
pode também o coração distrair-se e aí voltamos à demanda.
Mário Rui
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