É importante que a repulsa a estes símbolos, em nada diferentes quanto aos objectivos, seja alcançada da maneira mais rápida possível, contornando discussões estéreis que podem amortecer as convicções da plateia ou adiar perigosamente a sua tomada de posição. A recusa em chamar os bois pelos nomes, equivale à recusa de enxergar no adversário um rosto humano, e à compulsão de reduzi-lo ao estado de coisa. Essa compulsão é de índole psicopática, assassina, destruidora e estes palavrões, segundo entendo, foram inventados precisamente para as situações em que uma resposta delicada seria cumplicidade com o intolerável.
Mário Rui
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