Levado por aquele entusiasmo belicoso que sempre anima os porta-vozes de
uma doutrina muito duvidosa
Quando António Costa disse que uma decisão com o impacto da localização
do novo aeroporto não podia ser tomada sem o acordo do PSD muita gente parece
tê-lo levado a sério. Uma credulidade estranha, quando uma das imagens de marca
desta maioria absoluta é não aceitar qualquer contributo dos partidos da
oposição, e muitos menos o do PSD, conforme o afirmou há não muito tempo.
Afinal, ainda o instinto não lhe deu aquilo que a experiência já lhe devia ter
dado? Afinal, são apenas imposturas orquestradas e daí que a conveniência de
garantias preliminares de outros lhe sirva agora contra um equívoco pessoal? Ou
será que Costa estará agora consciente, dolorosamente consciente, do declínio
intelectual do que diz antes, e depois o seu contrário? Vale a pena examinar o
lado psicológico dessa inversão, para ver que tipo de conduta moral resultar
dela. Isto mostrará em que consiste realmente a ética do absolutismo, por trás
de todo o tecido de alegações falsas que lhe serve de embalagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário