Quando um chapéu faz toda a diferença, mesmo que a crónica pareça
ridícula
Posso estar enganado, e se estiver, como é meu dever, volto cá para me
redimir do erro. No entanto, há certas queixas por alegadas violações que muito
me cheiram a algo despojado de seriedade. Outras, provadas, talvez a maioria,
são assuntos sérios e que merecem especial cuidado e justa medida punitiva, sem
dúvida. Bom, mas quanto às primeiras, o seu "realismo" parece-me
estar associado a uma paixão por qualquer coisa e a uma convicção de ganho
fácil e rápido. Apesar dos seus defeitos, tal tentativa permite a esperança,
pois esta fezada pode ser sempre melhorada, ou até pincelada. Depende do
donativo. Senão vejamos o caso de uma senhora nova, famosa, que, achando-se
vítima de atentado ao pudor - era assim que se explicava naquele tempo - foi
objecto de notícia em periódico que dizia assim; “... queixou-se à polícia a
menina Angélica Inocência dos Anjos
Ramos da Purificação contra um seu vizinho artista, que apenas conhece pelo
nome de Farturas, porque este, usando-a para modelo e tendo-a já quase
completamente despida, a quis obrigar a tirar o chapéu da cabeça”. E estava
cheia de razão, a desprotegida...
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