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anos depois
Parabéns,
Varela. Há pontes íntimas, familiares, incapazes de dar um passo sem que os
vizinhos não saibam.
Não
sei por quantos mais anos nos servirá de passagem para a outra margem. Só sei
que mais de meio caminho da jornada está percorrido, quer seja para um lado ou
para o outro. E que o diga quem vai e vem. É um desinteressado mas sincero
afecto aquele que nos argamassa ao embalo nostálgico da travessia da Varela,
como se não fosse desde logo motivo de paixão o simples facto de almejarmos a
Torreira tão modesta, tão lavada, tão risonha. Sem o consentimento de tabuleiro
que tantas fisionomias exibe aos nossos sentidos, a viagem ficaria sempre sem
poesia de observação. Sabendo-lhe um pedaço da história, que se liga à história
de nós todos, acabo sempre com a ideia de que todo o espectáculo da Ria, depois
do mar, da praia e da nossa fruição, é a tempo constante feito especialmente
para o seu e nosso gozo.
Mário
Rui
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