Editorial
do “Concelho de Estarreja” (Edição de Outubro de 2018) : 117 anos.
O
nosso Diretor, José Eduardo de Matos, escreve este mês:
«É
obra atingir tal idade. Ser uma das apenas 33 publicações centenárias em
Portugal. Subsistir, resistir e manter a chama da imprensa regional viva.
Assumir em 2018 o orgulho partilhado em equipa e a vitalidade de quem defende
informando, reivindica publicando, tolera divergindo, interliga comunicando.
A
que se deve estarmos aqui agora? Às pessoas. As que leem. As que escrevem. As
que montam a edição. As que imprimem. Aos assinantes. Aos anunciantes. Aos
donos. Todos vezes 117, numa soma imensa, diversa, em gerações sucessivas desde
1901. Da monarquia à república. Da ditadura à democracia. Da impressão manual
ao computador. Do papel aos desafios do digital.
Por
isso celebramos o simples encontro de pessoas. Idos e presentes. Residentes e
emigrantes. Iguais e diferentes. Une-nos a linha da vida e a terra mãe, onde um
dia nasceu estoutro “Concelho”, defensor da região ribeirinha. Aí nos
recriamos. Todos os meses promovendo o encontro da comunidade que formamos. No
tal comum adro da igreja.
Daí
lembramos e valorizamos os nossos maiores. Referências culturais. Criadores e
pescadores das emoções e sinais que nos diferenciam. “Sempre Marinhões”! Para
que os conheçamos. Os não esqueçamos. Apenas um foi Nobel. Mas todos são
Notáveis. Letra a letra foram construindo um património de saberes e de
sentimentos únicos.
Reunindo-os
e selecionando excertos da sua produção, enriquecemos as nossas páginas e o
António Augusto Silva venceu o desafio de transformar uma simples ideia de
colaboração num projeto literário. Será a nossa festiva garrafa de espumante
para brindar com as pessoas que há 117 anos são e serão “O Concelho de
Estarreja”!
“Era
uma vez um velho jornal…” que serviu de pretexto para juntar um novo quarteto,
onde surge a ideia de somar ao 117º aniversário um livro de artigos publicados
e de regressar a casa do fundador Egas Moniz. Só isto e tudo isto! Este mês,
além da edição nº4315 (quatro mil trezentos e quinze!), reencontramo-nos na
Casa Museu no dia 27.»
Mário Rui
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