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quarta-feira, 21 de abril de 2021
Gianni Morandi - Non Son Degno Di Te (1964)
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Esta dialética sobre o cavalo de ferro ainda vai dar muitos saltos mortais
Tal
e qual como fizeram com as pescas e a agricultura, fechámos e desmantelámos
para acompanhar a Europa … com balelas. Agora resta saber o que vão fazer com
os aviões, outro voo picado de mil teorias que surgem para morrerem, de mil
esforços perdidos e limitados em tudo pela imperfeição terrena e já com mais de
meio século sem fim à vista. Entrementes aparece o comboio, porque dizem que
”Portugal tem hoje os mesmos quilómetros de caminhos-de-ferro que em 1893"
porque "a monarquia construiu quase tudo da rede ferroviária que hoje
temos". No entanto, mesmo que D,Duarte Pio de Bragança, de contente, ainda
quisesse dar uma ajudinha ao carril, eu diria que o rei vai nu porque não é do
Entroncamento. Assim, esta dialética sobre o cavalo de ferro ainda vai dar
muitos saltos mortais. Mais realista, é a do passageiro antigo que ama as
coisas simples e mais vagarosas, porque acredita no lugar que lhe compete e na
botelha triunfante que põe enfim ordem em gritarias populares. E ademais a ver
a paisagem a passar, mesmo que esse “progresso”, para alguma gente, consista em
retrocesso.
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Melhor, diria eu
«Estamos
metidos no mesmo barco e todos enjoados e o que mais desejamos é chegar a um
porto sem ondulação»
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Talvez esta imagem fique como sendo o mais importante documento para a história do futuro
E
se um dia pensámos ser os donos do mundo, talvez esta imagem fique como sendo o
mais importante documento para a história do futuro. O presente fez de nós
pregoeiros do saber e também da tirania, mas, afinal, tanto fogo, tantas
descargas cerradas sem ordem nem disciplina, não prestaram para nada. De
repente passámos a servos ‘voluntários à força’, e parece que perpétuos, de uma
tira de pano na boca. E o que é ainda mais constrangedor, são aquelas palavras
absurdas proferidas sob a jurisdição de um açaime. Realmente, a liberdade tem
razão de chorar pelos bons tempos. Nós, os desprevenidos, por força havemos de
abençoar a memória dos que, também de boca tapada, ajudaram a iluminar o nosso
presente e a entendê-lo melhor. Abençoá-los, sim, porque há pelo menos uma
coisa que com eles aprendemos; o cofinho é uma cadeia, quer seja por mando do
vírus ou de outros agentes infeciosos que por ai andam.
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Estarreja d’outrora – anos 60
Bombeiros Voluntários de Estarreja
Quando
a história é feita pela elite dos valorosos de ontem, é de direito que sejam os
de hoje a inclinar-se rendidamente ante o que eles foram e fizeram.
Deixar-lhes
um testemunho de solidariedade e de simpatia pela sua valorosa e combativa
geração, é uma virtude que a todos fica bem e que a honradez canoniza.
Mário Rui
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O Principezinho
“O
Principezinho” de Antoine de Saint‑Exupéry, completa 78 anos em Abril.
Do
mais lindo que já li e do mais tocante que senti, porque afinal «é muito
simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos».
Mário Rui
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Corrupção? Não há!
Vêm
de muito longe os protestos e lamentos de baixo, contra os crimes de cima. No
entanto, quanto à corrupção no país, desenganem-se. Não há! É ela própria a
corrupção, e mais ninguém. Os Deuses faliram. Os Deuses enlouqueceram.
Continuemos então a tricotar!
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Sócrates: pronunciamentos e despronunciamentos que mais se assemelham a uma sociedade de socorros mútuos!
Sobre
os pronunciamentos e os despronunciamentos desta tarde, que mais se assemelham
a uma sociedade de socorros mútuos!
Portugal,
unido a um Portugal sem palhaços, aproveitaria das vantagens de uma
incorporação num grande país. Encostados aos vizinhos, talvez voltássemos a
botar figura e, já agora, esperaríamos que a América se perdesse para, aí sim,
sermos de facto nós a descobri-la, outra vez, e não outros. Seria por certo
coisa boa pela vantagem que tal inovação podia trazer à nossa terra. Se assim
não for, resta-nos uma revolta de camponeses e uns santos de pau. Confesso-lhes que é o mínimo que se pode
exigir como processo de organização revolucionária que faça de Portugal um país
de gente capaz de evitar o triste espectáculo que nós damos das nossas
vergonhas perante o mundo. Era só e não faço qualquer outro pronunciamento por
muito que me desafiem a fazê-lo!
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Jacques Brel
PÉROLAS!
Jacques Brel
8 de Abril de 1929 - 9 de Outubro de 1978
Mário Rui
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Espero é que a vacina nos deixe sem apreensões pelo futuro.
Ao cabo
de tantos dias de reticências, de dúvidas cheias de inquietação, de olhares
carregados de perguntas, vamos lá ver se nos entendemos, sim? É que a equação
da nossa vida faz-se apenas com dois termos - ficar ou partir. E com um
cumprimento respeitoso à Ciência, em que há muito de admiração, só espero é que
ela nos deixe sem apreensões pelo futuro.
Mário Rui
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Que grande baile...
Claro,
com intuitos de mera galhofa, mas sobretudo por achar, e bem, que a caricatura
auxilia em muito a desmontar este pretenso jornalismo (des)feito pelo Correio
da Manha, sem til no ‘a’. Neste canal, os ‘entrevisteiros-tarefeiros’ são as
pessoas encarregadas de sujeitar a um questionário quem quer que lhes apareça à
frente, e de inferir das respostas obtidas um grande número de pretextos para
encher espaço, para não dizer chouriços, de fazer palpitante e de vender o
género ao freguês rapidamente. Não admira pois que daqui resulte um amontoado
de inconsequências, sendo que, do que se trata é de encher o número custe o que
custar. Em não se querendo coisa séria e com sentido para publicar, recorra-se
então a um escândalo, um crime, um adultério, ruas com dramas ou tragédias,
tiros, sangue a escorrer pela calçada ou a uma alcovitagem pandémica. O povinho
não espera, quer é disto e nestas alturas é o CM quem salva a situação, sem
escrúpulo nos meios de fazer leitores e espectadores. Em Portugal, a depressão de
algum jornalismo é coisa assente!
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3.º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro-Abril 1973
Mário Rui
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sábado, 3 de abril de 2021
Porque hoje é sábado. E houve desfile!
Dizem
que foi um desfile de moda. Não obstante, aconselhou-me a minha consciência:
-
Tem paciência, meu filho. Está quase a chegar o Verão, que é o futuro do verbo
Ver. Logo veremos o que mais virá.
E foi aí que, sobre a moda, resolvi-me pelo verso. Cá vai ele:
É outra
a face do mundo
Novas
ideias florescem
Não
tenho rima p'ra «undo»
Pois
até as ideias me falecem
Mário Rui
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Sérvia vs Portugal
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Estarreja d'outros tempos
Edifício
dos Paços do Concelho - Ano 1954
Mário Rui
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