E
se um dia pensámos ser os donos do mundo, talvez esta imagem fique como sendo o
mais importante documento para a história do futuro. O presente fez de nós
pregoeiros do saber e também da tirania, mas, afinal, tanto fogo, tantas
descargas cerradas sem ordem nem disciplina, não prestaram para nada. De
repente passámos a servos ‘voluntários à força’, e parece que perpétuos, de uma
tira de pano na boca. E o que é ainda mais constrangedor, são aquelas palavras
absurdas proferidas sob a jurisdição de um açaime. Realmente, a liberdade tem
razão de chorar pelos bons tempos. Nós, os desprevenidos, por força havemos de
abençoar a memória dos que, também de boca tapada, ajudaram a iluminar o nosso
presente e a entendê-lo melhor. Abençoá-los, sim, porque há pelo menos uma
coisa que com eles aprendemos; o cofinho é uma cadeia, quer seja por mando do
vírus ou de outros agentes infeciosos que por ai andam.
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