"Obrigado", Diogo Costa. És o
maior... embora o marroquino salte mais alto.
Mário Rui
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"Obrigado", Diogo Costa. És o
maior... embora o marroquino salte mais alto.
Mário Rui
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Corrupção no sector da Defesa
O ex-ministro da Defesa, João Gomes
Cravinho, defendeu e promoveu Alberto Coelho, então director-geral de recursos
de Defesa Nacional (DGRDN), mesmo depois de saber das suspeitas que recaíam
sobre este, nomeadamente relativas às obras no antigo hospital militar de
Belém, que custaram o triplo do valor que estava previsto, ou seja, os custos
da empreitada em causa só passaram de 750 mil euros para 3,2 milhões, afinal
“coisa de somenos”. Esta operação de combate à corrupção no sector da Defesa,
foi baptizada de "Operação Tempestade Perfeita", o que, no meio de
tanta quadrilha de “intelectuais” que corrompe o país, é a única coisa que me
faz rir. É que de facto é mesmo uma tempestade perfeita já que por cada roubo,
vigarice, falta de vergonha, avareza e ausência de ética, para cada saque
repetido, o processo consciente de quem o faz é sempre o mesmo; copy and paste.
Abomino estas elites desonestas não apenas capazes de distinguir um prato de
lentilhas de todo o legado dos sérios, mas também de perceberem que a absorção
deste último pode ser bem mais nutritiva. Que demencial arrogância, esta. Toda
a repetição que se construa em cima destes princípios não será jamais senão um
monumento à miséria humana dos outros e uma macabra arte diante do dinheiro
fácil. E se quem não os recebeu de nascença, os princípios, tem de adquiri-los
na cadeia. É o único sítio onde se corrigem os ladrões da ocasião. De outro
modo lá continuará em marcha todo o pomposo cortejo de cegos que guiam outros
cegos para o abismo.
Mário Rui
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Francisco Barbosa do Couto Cunha Sotto
Maior
Baixo, tipo claro e olhos azuis, sendo
aparentemente um pouco brusco, tinha um excelente coração e era estimadíssimo
por todos os que com ele conviviam.
Em 1917, com noventa anos, estava
hospedado em casa do irmão Agostinho, quando se deu a revolução que colocou no
poder o Dr. Sidónio Pais.
“Não obstante o perigo que oferecia
estar à janela durante o chamado ‘combate do Rato’, meu Tio não queria perder o
espectáculo”.
“Lembro-me bem que tendo-lhe eu falado
um pouco asperamente para o convencer a meter-se para dentro, levei uma solene
descompostura, dizendo que nunca havia tido medo”.
(Texto extraído das notas familiares
redigidas por seu sobrinho António Fernando de Sequeira Barbosa Sottomayor, a
quem pertence igualmente a autoria do registo fotográfico, feito precisamente
nesse dia)
Casa da Fontinha, na freguesia de Santiago de Beduído, em Estarreja.
Solar da família Barbosa do Couto desde
1867, ano em que coube por herança a Luís Marques Fontinha "o Velho",
até meados dos anos 30 do século XX.
O corpo da esquerda é mais antigo, sendo
a restante obra do século XIX, que veio a ser destruída pelo fogo no ano de
1985.
Cantora e compositora Christine McVie, dos Fleetwood Mac. (79 anos)
Nascimento: 12 de Julho de 1943, Bouth, Reino Unido
Falecimento: 30 de Novembro de 2022, Inglaterra, Reino Unido
Mário Rui
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Temos em grande estima o trabalho, mas
só é recompensador quando pontuam outros prazeres e passatempos. De todo o
modo, o trabalho troça da liberdade.
O deleite brando e demorado de o
relembrar porque afinal o tempo também é o poeta da saudade.
Fernando Pessoa, o mais universal poeta
português, o homem que foi muitos homens, morreu há 87 anos (Lisboa, 30 de Novembro
de 1935)
“Neste mundo em que esquecemos
Somos sombras de quem somos,
E os gestos reais que temos
No outro em que, almas, vivemos,
São aqui esgares e assomos”
Eça de Queirós – 122 anos depois.
25 de Novembro de 1845, Praça do Almada,
Póvoa de Varzim / 16 de Agosto de 1900, Neuilly-sur-Seine, França.
31 anos sem esta VOZ
Freddie Mercury, o melhor de todos. E
quando assim o lembramos, não é por insistência, é por necessidade!
5 de Setembro de 1946 / 24 de Novembro de 1991.
Mário Rui
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John Fitzgerald Kennedy - 59 anos
depois.
Nascimento: 29 de Maio de 1917,
Brookline, Massachusetts, EUA
Assassinato: 22 de Novembro de 1963,
Parkland Memorial Hospital, Dallas, Texas, EUA.
Liberdade do homem
«Assim, meus caros americanos: não
exijam o que o vosso país pode fazer por vós - exijam o que vocês podem fazer
pelo vosso país. Meus caros cidadãos do mundo: não exijam o que a América irá
fazer por vós, mas sim o que, juntos, poderemos fazer pela liberdade do homem»
Mário Rui
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"Quanto aos nossos representantes,
Presidente da República, Primeiro-Ministro, Presidente da Assembleia da
República, vão simbolizar todo o apoio da nação portuguesa à nossa equipa de
futebol", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Avanço com um sorriso sarcástico e
guardo-me de palavras, se vir que é preciso, faço de tolo. De parvo é que não.
Esta atitude cheia de “nobreza”, aliada à magnificência das cadeiras que vão
ocupar no Estádio, deve ser um contributo notável à ditadura do Catar. Como
querem que os interpretemos? Sentido de Estado, finalidade e valor são uma só e
a mesma coisa. Ou existem, ou não existem. E por aqui me fico!
(22 Novembro de 2022)
Vão, ou não vão, eis a questão. Se
forem, cá me fica a decisão, porém, de reserva, para quando eu haja de escrever
algum juizo crítico sobre o assunto.
(21 sw Novembro de 2022)
Mário Rui
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Só a malinha, a de cima, custa a módica
quantia de 6 mil euros, ou um pouco mais. O resto, ou seja o cenáro, deverá ter
custado, no mínimo, p’ra aí 50 ou 100.000. Convinha, entretanto, que fizéssemos
um exame sem complacências que nos devolva ao nosso ser profundo ou para ele
nos encaminhe ao arrancar-nos as máscaras que nós confundimos com os rostos
verdadeiros. “Obrigado”, Louis Vuitton! A “vitória é um estado de espírito”...
... mau, neste caso.
Mário Rui
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Crianças: O melhor da vida que podemos
pôr na lapela das nossas almas.
(21 de Novembro de 2022)
Mário Rui
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Com a austeridade, para já não falar da
globalização, só nos resta optimizar os restos da feira.
Mário Rui
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(19 de Novembro 2022)
Mário Rui
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Tudo isto só mostra a vergonha em que nos metemos sendo a coisa o reflexo do deslumbramento apalermado com que colaboramos e enaltecemos as “altas produções” sonsas e descabidas que nos chegam do estrangeiro. Este fenómeno é, em tudo, efeito passivo da crise de bom senso em que estamos atolados, sendo o dinheiro e outras mordomias o único mote que lá nos leva. No entanto, o dinheiro que podíamos perder, poder-se-ia ganhar novamente; a ética, quando se vai, é que não volta mais. Estes episódios tristes e atentatórios da dignidade humana, juntos com toda a cavalaria espartana que os vai vigiar, já não são tão pequenos para que um olhar atento não consiga enxergá-los e espantar-se com a velocidade com que vão crescendo no ventre da inconsciência nacional e, sobretudo, internacional. Ou seja, futebol jogado deste modo e neste sítio, não é senão a ostentação de uma unidade postiça que encobre a luta covarde e sem regras de todos, contra todos os princípios básicos da sã convivência humana. A manha, a inconsciência, o vil metal, a ausência de valores, ganham assim terreno a cada nova investida da “campanha pela ética” tão apregoada por alguns e por nós também. É o efeito acidental de uma conjuntura já que esse efeito foi longamente desejado e meticulosamente preparado pela mais “hábil e talentosa geração de intelectuais activistas” já nascida neste Portugal. Quanto aos demais países, recuaram também do combate político directo para a zona mais profunda da sua actuação mentirosa. Mas voltando a falar de Portugal, temos um verdadeiro descompasso crónico em relação ao tempo da realidade que um dia nos falou numa alvorada nova e livre, mas com garantias, ou pelo menos esperanças, de lentas sandálias do bem, mas afinal com velozes hélices do mal.
(19 Novembro 2022)
503 anos depois
No dia 15 de Novembro de 1519 o rei
D.Manuel concedia carta de foral ao concelho de Antuã, que pertencia ao
mosteiro de Arouca.
As sementes, uma terra, uma identidade,
uma intimidade. E há mais para semear, porque é nas crónicas dos tempos
passados que se pode procurar a história futura.
Mário Rui
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Equipa do Clube Desportivo de Estarreja
Mas qual de nós, virando-se para os
tempos do seu passado, que ainda às vezes, entre risonhos e melancólicos, lhe
surgem num e noutro ângulo da vida real, terá a triste coragem de os não saudar
com um sorriso amigo e agradecido?
Mário Rui
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(14 Novembro 2022)
Mário Rui
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O André diz, eu repito, e como pertencemos ambos à geração anterior à descoberta da penicilina, fazemos coro nas lamentações, e os nossos encontros ao sábado, um ritual, são marcados pela mesma tónica: por um lado, o espanto que nos causa tanta mudança, pelo outro o modo dos mais novos, que parecem ter do mundo uma visão peculiar, e nos demonstram que lhes falta bom-senso.
Agitam-se
eles com o alarme de que nada menos de 1 milhão de espécies corre o risco de
desaparecer, causando irremediáveis danos ao planeta, à espécie humana, aos
infindos e frágeis equilíbrios de que raro nos damos conta, mas os cientistas
estudam, concluindo que são de assustar as probabilidades de que o planeta, e nós
com ele, acabemos mal.
Como
se isso não bastasse vêm-nos com os polos a derreter, para não falarmos de como
à força de tão desmesurado aquecimento a Terra se aparenta a uma panela de
pressão prestes a rebentar.
Como
já demasiadas vezes aturámos os sermões dos profetas do Apocalipse, é que o
André e eu, com a ingenuidade de que os idosos têm o privilégio, nos
perguntamos o que terá acontecido na cabeça dos nossos semelhantes, para que
tanto entusiasmo dediquem ao medo, e se assanhem contra os raros que, sem
subsídio ou agenda política, investigam os vários pontos de vista.
Infelizmente
a moda manda, e assim o proveito e a fama vão para os pastores do rebanho, que
às vezes parecem mal saídos dos cueiros, mas tudo sabem da poluição, do calor
no Ártico, do fim dos lagartos na Nova-Guiné e avisam, de dedo em riste, que a
salvação do planeta e a nossa está nas eólicas e na fé vegan, razão de sobra
para que nos apressemos a ver a luz e a seguir a sua crença.
É
então que nós dois, com muitos anos e vivências de sobra, nos perguntamos: que
raio de gente é esta, sem esperança, só a falar de medos e ameaças?
(José Rentes de Carvalho – Escritor)
Mário Rui
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O
MUNDIAL onde a questão é de preço e o preço sufoca todas as consciências.
Num
país em que mais de 6700 trabalhadores migrantes morreram enquanto se preparava
o Mundial de Futebol de 2022, estima-se que uma média de 12 trabalhadores a
cada semana, ainda há gente grata pelo facto da competição se realizar em tal
sítio. Acho mesmo que para os governantes do Catar, quem morre melhora muito a
sua sorte. Os que sobreviveram tiveram quem os atormentasse, os mortos têm o
esquecimento. Num país onde o futebol é uma verdadeira religião, onde se enchem
estádios, onde a bola rola até nos conventos, nas igrejas – se é que existem -,
nas catedrais e até nas mesquitas, outra coisa não seria de esperar. Um Mundial
da modalidade, pois claro! Aquelas carnes cheias de mazelas e as almas cheias
de crimes de lesa-humanidade, que construíram os estádios e demais
infraestruturas, não contam para nada? De que serviu o seu sacrifício? Ir do
nada para o nada? Há lá coisa mais torpe? Comer o pão que o diabo amassou,
aguentar aquele vento abrasador, e tudo em nome de quê? Do dinheiro que tudo compra,
ou das palavras que disfarçam a alma dos mandantes catarianos cuja veste lhes
disfarça também o corpo, mas sobretudo o carácter? Depois há os outros,
FFIFA’s, UEFA’s, FPF e afins, onde tudo é engano, tudo embuste, tudo
dissimulação. E os países que se ajoelham no relvado contra qualquer distinção,
exclusão, restrição, ou preferência em função da cor, raça, ascendência, origem
nacional ou ética, pactuam com este Mundial, com este regime onde a vida só tem
uma única “alegria”, a de morrer? Será que no Catar também vão ajoelhar-se no
tapete verde? Não, não vão! E não vão porque com dinheiro a rodos compra-se um
código inteiro de leis, de juizes, de fundamentos da moral, esquecem-se as
injustiças que se amontoam, as chagas que se abrem na carne baptizada e,
finalmente, faz-se por esquecer que em tais paragens até o respirar está
sujeito ao sofrimento. Mas o dinheiro, o muito dinheiro, perdoa, redime,
liberta e faz olvidar o despotismo. Para isso é necessário que todos os
coniventes com este Mundial saibam insinuar-se, pois que a questão está em ter
manha!
Mário Rui
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D.E.P.
“Gal
Costa, cantora brasileira de 77 anos, morreu esta quarta-feira, 9 de Novembro
de 2022. Segundo a 'Globo', a artista tinha feito uma pausa nos espectáculos,
depois de ser sujeita a uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal
direita”.
Voz
sensorial e poeticamente linda e, agora, se é possível dizer, a obra
concluiu-se, infelizmente. O prazer de a ouvir, ficará na nossa memória.
Queda
do Muro de Berlim - 13 de Agosto de 1961 - 9 de Novembro de 1989
É
bom que não esqueçamos estas datas. No entanto, é provável que em exame mais
rigoroso, alguns se sintam divididos pelo espírito de análise crítica e
histórica da nossa cultura relativamente a tal monstruosidade. O que foi por
demasiado tempo grande privilégio de alguns, não foi com toda a certeza nada de
comum ao nobre carácter de muitos, muitos mais.
A
história do mundo, a mais remota, como de resto a mais recente, já assistiu à
construção de tantos muros que hoje apetece-me lembrar Antoine de Saint-Exupéry,
quando um dia disse; “Se você se sente só é porque construiu muros em vez de
pontes”.
E
também me apetece trazer à lembrança aqueles inúmeros “democratas” que,
possuídos de suposta superioridade moral por parecerem preocupados com os
milhares de quilómetros de outros vergonhosos muros pelo mundo construídos, ou
a construir, hoje nem uma palavra lhes consiga ouvir quanto a esta ‘cortina de
ferro’ que em nada honrou a liberdade e o intelecto humanista. Em português
mais claro; a velha e conhecida hipocrisia, pois essa ainda vai conseguindo
conquistar os aplausos da plateia pateta.
A
minha opinião é que teremos de desesperar cruamente da nossa alma de seres
humanos se estas horrendas invenções de mentes doentias persistirem. Os muros,
as barreiras, nunca aproximaram ninguém. Bem pelo contrário. Apenas segregaram
espíritos bons!
Mário Rui
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Isaltino
Morais de novo com problemas na Justiça. É acusado de prevaricação em novo
processo.
De
acordo com a imprensa nacional, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras
beneficiou uma empresa de construção civil em várias Parcerias Público-Privadas
Institucionais, que terão lesado a autarquia em milhões de euros, diz a
acusação do Ministério Público. Minando à surda na toleima, repete-se o já
vivido fulgor de outros tempos. A este homem afiguram-se momentos
incomparáveis, acima de tudo quanto possa idear a sua imaginação no mais vasto
círculo de ambições. Nada, com efeito, o mete em brios. Até parece que as
fintas que faz lhe trazem mais um valioso conhecimento e acrescentam uma pedra
ao monumento da sua “inocência”, até que a Justiça se pronuncie. Já quanto à
política, e isso é outro assunto, na maior parte dos casos, a polémica está nos
olhos de quem não lê, ou não quer ver. Ou seja, em 2025, em não havendo melhor
antídoto para o provincianismo mental português, votem de novo nesta figura. As
suas certezas erguem-se até às nuvens, imóveis e sólidas como estátuas de
bronze. O que vale é que a verdade é filha do tempo. Depende é do tempo de quem
não teve ainda tempo para estudar “a educação para a cidadania”. E, já agora,
diga-se que nestes casos, ética, é o sacrifício da consciência no altar da
mentira oficial do nosso quotidiano. Força, Portugal, vais longe…
Perfume
de nostalgia...
Uma das coisas verdadeiramente interessantes que se pode fazer por uma tradição é levá-la à prática. Sobretudo porque esquecer coisas boas antigas e antiquadas não é grande prova de bom futuro. E acresce ainda o facto de tradição ser também meio carregado de sentimentos parceiros. E quanto a provar outros passados, afinal o vinho novo foi produzido com a colheita do Verão anterior, e cada um saberá como tratar desses decilitros.
Mário Rui
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Em
busca do sentido
Quando
o sorrir era consolo no desconsolo.
Os
que trilharam verdadeiramente esse caminho, e infelizmente foram muitos, pouco
espaço tiveram para falarem da sua própria existência e do propósito das suas
vidas. Aceitar o infortúnio e tornar-se parte deste, ia até ao ponto de deixar
de percebê-lo. Pergunto e torno a perguntar porque razão esta vida era um
processo de resistência que se prolongou por tantas décadas. Para escapar ao
confinamento da pobreza e ao “feitiço” e ilusões desse tempo, os remediados
pouco ou quase nada podiam fazer. Aceitava-se a cegueira social dos mandantes,
pois diante das injustiças, só se podia sucumbir à desesperança. Diminuir o
homem, ou a mulher, foi a exagerada medida de que alguns se serviram negando a
luz no meio da escuridão aos que mais precisavam de claridade. A verdadeira
escuridão estava muito próxima da dor, mas poucos a quiseram perceber. Era mais
fácil deixar os pobres desatinados e sem entenderem o enredo de então e o seu
final. Esquecer isto, nunca mais. Os pobres morriam de fome e alguns
governantes de antanho iam morrendo de medo pardo. Lamento é que um engano que
ainda persiste é o de que “antigamente é que era bom”. Até parece que havia um
país digno de ser vivido.
Não me levem a mal os apaniguados do Halloween mas a verdade é que me acho um tipo orgulhoso da minha origem, se quiserem até da minha plebeidade, e por isso não compreendo essa coisa que descaracteriza e achincalha a minha rua e sobretudo a minha tradição. Prefiro as noites de festa vividas em trajes comuns às celebradas em vestes esfarrapadas. Ah, raio de vida! Lá tenho eu de ir às minhas recordações buscar o assunto das minhas páginas festivas para ver se apago epitáfios que me entristecem. Não gosto, mas não liguem às minhas preferências. Cada um tem as suas e há que assumir tolerâncias. Das boas festas à portuguesa, não tenho recordações tristes do passado. Tenho é apreensões pelo futuro de certas “inteligentes maldades”.
Mário Rui
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Ventava
e chovia e eu a ver as enganosas refracções que conferem direitos a coisas que
não respeitam deveres.
Money,
it's a crime
Share
it fairly, but don't take a slice of my pie
Money,
so they say
Is
the root of all evil today
But
if you ask for a raise, it's no surprise that they're
Giving
none away
Mário Rui
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