sábado, 21 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Não tem nada p´ra fazer? Faça rotundas

Existem dois tipos de pessoas (existem mais, mas para o efeito estas duas chegam): as que gostam de fazer muito e as que gostam de fazer pouco (este último grupo ao qual, orgulhosamente, pertenço). Existe depois a subcategoria daqueles que gostam de chatear, fazendo algo só porque sim e porque lhes apetece. E o que é que acontece? Acontece que esse grupo de pessoas se decidiu pela construção de três rotundas – ajudem-me se estiver enganado porque é natural que eu lhes perca a conta - no caminho para a Torreira e isso a mim chateia-me um bocadinho.
Explanando o tema, até há rotundas bonitas, mas estas a que me refiro não o são. Não sei porquê, mas não são. E são tão iguais como as outras. Não vou com a cara delas, pronto. Ainda assim, aquilo até seria boa ideia se essa ideia não encerrasse um quê de estupidez. Em primeiro lugar, porque se gasta o dinheiro dos contribuintes de uma forma que me parece a mim totalmente dispensável, e em segundo porque as obras me estragam o carro todo e a minha mãe diz que não me dá dinheiro para outro (mesmo que o carro não seja meu). Ou seja, aquele bonito serviço que ali se fez é tão desnecessário como uma viola no enterro.
O mais bonito disto tudo é que eu adoro a Torreira (estão desculpados, portanto), embora reconheça que não é nenhum destino turístico de sonho. E com tanta rotunda que se contorna para lá chegar, acaba por se perder toda a mística por que ficou célebre a nossa querida praia: eu vou lá porque fica a 15 minutos de Estarreja. Com isto tudo, agora chego a demorar 20. Imperdoável!
Bem, isto não é totalmente verdade. Se a Torreira ficasse a 300 km de Estarreja, certamente que eu continuava a lá passar férias. E não me obriguem a enumerar todas as qualidades da nossa belíssima praia. Há uma mística, uma magia que ninguém sabe explicar, em relação à Torreira. É como um amor de Verão que dura o ano todo. E ponto final que já estou a suar. Resumindo, não há rotunda nenhuma que me faça arrepender de lá ir. O amor vence sempre.
Agora, se me permitem, tenho de ir que combinei um café na Torreira às 21h30 e já são 21h10.
Rui André de Saramago e Sousa da Silva Oliveira