domingo, 20 de janeiro de 2013

El tertuliano perfecto era falso



Acabo de ler no jornal espanhol ‘El País’ (ver aqui) uma profunda escrita sobre o tal Batista que enganou meio mundo. Afinal, lá como cá, ainda se gasta tinta com tão insignificante personagem. É pena que, nos dois lados deste jornalismo, se esgotem palavras relativamente a quem, bem vistas as coisas, não causou qualquer rombo ao país. Ao invés, acho que se está a esquecer o essencial, isto é, dar nota e notícia a propósito de quem verdadeiramente deveria sentar-se no banco do julgamento público. Os que nos votaram, a nós e aos espanhóis, a uma confrangedora realidade. A da abjecção.

Se calhar, importante, importante, é percebermos que para este tipo de jornalismo, a melhor maneira de se conservar é mesmo implantar-se num organismo estranho. Se não o conseguir, é um jornalismo que se irrita, se azeda, e acaba por se devorar a si próprio. Depois ataquem os que dizem que o jornal perde cada vez mais leitores.

Mário Rui

Em Estarreja, o nosso vendaval!

Mais sorte para uns que para outros, mas nem por isso brandura de uma natureza que não se quer aprisionada. Os seus efeitos fizeram-se sentir, ontem mesmo, um pouco por todo o país e, qual ambição desenfreada, é vê-la de modo libertino a arrasar o que se lhe atravesse no caminho. É assim. Não vale a pena moderar-lhe o ímpeto pois há coisas que não controlamos. Uma fúria assim, sobretudo para quem a viveu, embota e contrai o entendimento a ponto de só restar uma atitude. Respeito. Com efeito, alguns factos do nosso dia-a-dia impõem-se à razão, se calhar devido à sua própria natureza. Cada um interpretará o sucedido do modo que lhe aprouver. Em todo o caso, o mínimo que se pode dizer é que ser realista implica também reconhecer o inexplicável.










Mário Rui