quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de Setembro de 2001




Homenagem às vítimas do atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001.
A história da Humanidade é muitas vezes a história da estupidez ou insensatez dos homens. Chegará o dia em que o juízo vencerá a violência e a falta de razão, como uma necessidade imperiosa de conservação e melhoramento da raça humana. Morreram cerca de três mil civis, certamente gente simples e, sabe-se lá, com que incomensurável quantidade de qualidades que os diferenciavam do homem irracional. Sim, porque afinal a guerra tende a destruir os bons muito mais rapidamente que os tolos. Homenagem pois aos que pagaram com a própria vida um ‘tributo’ que não lhes era devido, e tudo isso em resultado da insensibilidade, da decadência de mentes com péssimas qualidades morais.  

Mário Rui

Tenho gente que me desafia a dizer as minhas verdades!


Já lutei, já votei, já trabalhei, já dei desinteressadamente muito a outros, e tudo no campo da civilidade a que me senti devedor e a que a minha consciência a tanto me obrigou. Paguei tudo a todos. E fiz bem. Como eu, certamente milhares de outros portugueses assim procederam. A única dívida que agora devo cobrar é a da dignidade com que quero ser tratado e jamais ser considerado como supérfluo, excedente da sociedade, cidadão de terceira. É desse modo que sinto o tratamento que me é dirigido por parte de quem nos tem (des)governado há tempo sem conta - julgo que muitas outras pessoas sentirão o mesmo mas essas saberão por certo como fazer - razão pela qual o meu precioso voto há-de ser dado a quem um dia me demonstrar da utilidade do mesmo. No actual paradigma político, se tivesse que reiterar essa chama de civismo, apenas estaria a enganar-me a mim próprio. Isso não faço. Voto expresso, qualquer que seja, é algo que nesta fase da minha amada vida me é muito caro. Não o dou a quem o não merece. Pérolas a porcos já ofereci muitas. Posto deste modo o assunto, para mim o voto em branco ou nulo é um direito de que cada um pode dispor e assim manifestar o seu desejo quanto ao modo como quer ser governado, ou desgovernado. Abstenção, é igualmente um direito que assiste a quem quer fazer dela uma arma. A da repulsa. E não me venham com essa treta do comodismo, do calor, da chuva, do frio, que sempre ouço quando os políticos, e mais alguns, aludem ao absentismo eleitoral por parte do povo. Dizem eles que estas são as razões que afastam as pessoas da boca da urna. Isso são lérias para aliciar os incautos. Hoje, não existe mais nada no absoluto que me encoraje a devotar qualquer ideal, sequer simpatia, por quem nos levou à miséria, mas sempre à custa da "fome" alheia. Bem gostaria de lá ir colocar a minha preferência. Mas não posso condecorar organizações e ‘personalidades’ que contribuíram para a promoção de uma sociedade que se afunda sem que para isso, ela própria, tenha contribuído com algo que fosse. E aqui nem sequer faço distinções. Tudo farinha do mesmo saco! Já agora e em tom um tanto irónico, acrescentarei: como nos forçam a uma austeridade degoladora, então eu tento alinhar nessa estranha forma de vida. A juntar ao que já disse, vou poupar dinheiro ao Estado. E sabem porquê? Eu explico: porque de acordo com a lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais: Lei n.º 19/2003, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 287/2003, a Declaração de Retificação n.º 4/2004, mais a Lei n.º 64-A/2008 e a Lei n.º 55/2010, cada voto expresso vale para os partidos políticos (esses grandes benfeitores da Pátria minha amada) 1/135 do salário mínimo nacional por cada ano de legislatura. Ou seja: 3,60€ por cada voto expresso x 4 anos = 14,40€ pelos 4 anos. Tudo isto mesmo no caso dos votos em branco ou nulos. Pois esse valor é distribuído por todos os partidos concorrentes às eleições para depois se enlearem em prazeres mil que não os ajustados e correctos. Ao invés, a abstenção não rouba, mais uma vez ao povo atinado, qualquer dízimo. Até por isso, ainda que pareça demagógico, não me furtarão tempo para lhes dar cobertura. Deixo pois que os “gigantones” votem neles mesmos e poupo dinheiro. Não querem austeridade? Vou voltar a ironizar utopicamente, todo o sonho é utopia, porra; sabem qual seria a poupança estimada se todos os eleitores recenceados não comparecessem às eleições? Mais ou menos 70 milhões de euros de poupança ao Estado. Isto são números, são factos. Sabiam que era assim? É chegado o tempo de não ter medo das palavras assumidas!
Um abraço amigo e respeitador p´ra quem expressa o seu voto e nunca deixem de perseguir as vossas convicções. Em matéria de “urna” façam como muito bem entenderem.
Mário Rui