terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Freitas do Amaral aconselha PSD e CDS a mudarem de caras


Freitas do Amaral aconselha PSD e CDS a mudarem de caras (LER AQUI)

Sob o verniz político deste “veterano da esquerda” está de facto a mesma cara de outrora. É pena que os conselhos agora dados não lhe tenham servido de bom exemplo; assim, quando mudou de ideologia, tinha mudado também de face. Teria dado imenso jeito para lhe esquecer o semblante camaleónico que se restringe a meia dúzia de receitas de almanaque! Mas o ideal, isso sim, seria arranjar cera mole que lhe moldasse a forma facial de acordo com os papéis que já representou. Mas com o perdão da cera!


Mário Rui
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INVENCIBILIDADE TEM MARCA NACIONAL: C.D.E. !!!


INVENCIBILIDADE TEM MARCA NACIONAL: C.D.E. !!!

C.D.E. - única equipa em Portugal que ainda não conheceu o sabor da derrota em jogos que contam para os campeonatos de futebol da época 2015|2016.


Mário Rui
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Presidenciais 2016


Escolhido que está o novo Presidente da República, talvez agora me dê para melhor analisar o resultado destas Presidenciais 2016. Será porventura uma meditação pobretona, fruto da imprecisão de traços que sempre me assiste, mas é a minha contemplação mental sobre o sucedido, isto é, o descritivo que mais anima a exuberância da minha razão. Então é assim; Marcelo Rebelo de Sousa vai ter um desafio nacional. Ficaremos atentos e por mim espero-o diverso porque quero mais! A todos os outros vai restar um desafio meramente pessoal. E esse será a busca do sentido da vida política futura, no que ela tem de mais íntimo, pois não reflectir bem e não perceber o defeito, no que este teve de grande e previsto, atentem nas parcelas entre os três primeiros, nas suas respectivas amplitudes e depois na similitude no conjunto dos restantes, só pode dar em sucessivos delírios dos sentidos. Hoje e doravante, entenda-se. Tratar das derrotas com aquela graça quase infantil a que hoje assisti, é validar a fantasia que deu nome a algumas candidaturas. Ainda assim só o Tino foi um pouco diferente, e isso é péssimo. Para o próprio, que em todo o caso se acha um grande produtor de ironias que para nada servem, para nós, e especialmente para a inquietação de muito eleitor que esperava galeria de figuras públicas mais capazes ou, no mínimo, não tão idênticas ao de Rans. Falo de competências políticas que não pessoais. Boa noite!

 

Mário Rui
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Acaba hoje a campanha eleitoral? E a partir de amanhã já é permitido dizer verdades? E os votos vão ser somados como da úlima vez? E Freixo? É de espada à cinta, porquê? Muito bem, então vamos a jogo!


Com escaramuças de foliões já pelas ruas, as do Entrudo somadas às de mais uma campanha política, lá se fina a última mostra dos “barões assinalados”, o que invariavelmente me obriga a ‘fugir-me’. Mas o tempo há-de melhorar, os cinismos voltarão à jaula, os aplausos e vivas aos candidatos, os que os tiveram, esfumar-se-ão, logo essa pressuposição de actividade válida apagar-se-á. Pese embora alguns dos pretendentes ao lugar terem sido muito cumprimentados por si próprios, proponho que para a atenuação de tal desgosto, mas igualmente do parlatório sabido de outros, se lhes vote um crédito, quem sabe se não mesmo aos que se proporão lá para 2021, que pode ser dízimo à volta de uma esperança por cabeça. Se vamos subvencionar outra vez? Claro, mas então se for para uma sã precisão e conquanto não se trate de nova tramóia, custa mais do que aquilo que até agora já demos à feira? Até é capaz de ser maquia pouca, curta mesmo para a solução dos inúmeros problemas que a presidência ainda tem a discutir. Mas pronto, será um estimulozinho à vontade do eleito que nos calhar em sorte e também ao ânimo dos que sofreram nova prorrogação. E dito isto, quando enfim sair o antigo e entrar o novo,  será que podemos aspirar ao vislumbre da justiça em lugar da audácia? Mal por mal, que venha um bem teso. Antes pôr às escâncaras a pouca vergonha que sobre nós paira, do que esta continuada aparência de intenções patrióticas, sempre escondidas no mais desaforado compadrio. E se for assim pelos meses fora, em cada cinco dias válidos da semana, até eu ponho foguetes. E se achar que esta minha impaciência acaba em despeito, por insistência de falcatruas, desonras, desperdícios, roubos, então continuarei a chamar a essa biografia política de Portugal, de sindicato do mal! Bom Carnaval.

 


Mário Rui
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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A devolução das subvenções vitalícias dos políticos


A devolução das subvenções vitalícias dos políticos (LER AQUI)

Bem sei que é linguagem técnica que poucos entenderão e é por isso mesmo que me parece pedante e desnecessário sobrecarregar o texto com o pesado aparato académico que seguramente exigiria um público mais erudito. Ora, simplificando então, a coisa lê-se assim; é absolutamente obsceno que se possa aceitar que alguém por exercer 12 anos de uma actividade política como deputado possa ter uma pensão vitalícia. Ponto final! Mas discutam meus caros patrícios, discutam muito se os candidatos à cadeira da Presidência da República são ou não testemunhas que falam mais alto que as reais necessidades do País. Discutam e distraiam-se porque daí virá algo de muito bom, coisa do tipo que Mark Twain resumiu assim; “barulho não prova nada: uma galinha põe um ovo e cacareja como se tivesse posto um asteróide”. E enquanto vão discutindo o barulho de mais uma campanha, aproveitem para esquecer a divertidíssima esquizofrenia dos nossos artistas políticos: admiram muito o socialismo, a social-democracia – acho que é a mesma coisa, mas enfim, o comunismo, e por aí fora, mas adoram muito mais três coisas que só esta “democracia” lhes pode dar – bons cachês até ao fim de vida, em moeda forte, ausência de censura e consumismo de haveres. Os outros, os que trabalharam uma vida inteirinha para deixarem de trabalhar, lá para depois de quarenta ou cinquenta anos de esforço, que se arranjem com a beneficência deste hipócrita regime. E venha daí mais um negociar de forma intransigente o valor milionário para o cachê do próximo assento parlamentar, mas que dure até ao finamento. Não é possível reduzir tamanha falta de lógica à pura hipocrisia, ainda que esta seja uma parte importante da explicação. Outras razões haverá! E anda esta gentalha em campanha numa ânsia cínica e autoritária de dizer-se igual aos eleitores que afinal são só os que obedecem para não sucumbirem. Tristes, uns e outros!!!
 
Mário Rui
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

As costas do Passos e os passos do Costa


Eduardo Barroso trava nomeação e pressiona ministro a retirar convite
Governo reestrutura a dívida com o FMI
 
Não há muito tempo, os menores particulares deste género, seriam pretexto para um rol infinito de agressões políticas visando os papéis dos que governavam. Histórias destas eram escalpelizadas, e bem, pelas oposições e daí até se fazerem capas implorativas de jornais, era só um saltinho de pardal. Mesmo espavorindo o senso comum, também havia p´ra aí uma academia de maduros cheios de bagagem, oposição, imprensa, falantes das redes sociais, que logo vinham a terreiro, apesar de tudo bem, repito, mas na maior parte das vezes com trovadorias esmaltadas cujas líricas acabavam sempre no desejo de que o então governo morresse de esgana. Incompreensivelmente, tudo isso parece ter acabado, mas não por se estar a fazer diferente para melhor. O que infelizmente não abalou ainda foi o jogo de interesses que então, como hoje, se mantém glutão, qual coesão étnica, e a querer aplicar continuadamente o seu veto a tudo o que possa mexer com as suas ciências pessoais e naturais. Mas criticar esta atitude do senhor doutor não interessa posto que o mesmo também deve ser socialista. Dito isto, fica-me a certeza de que a imparcialidade que alguns arvoravam nesse tempo, agora não é mais do que um silêncio comprometido e especialmente manhoso em tratando-se de não falar ou escrever criticamente quando as forças políticas no poder são as das suas cores. Futricas do governo, continuam à farta, some-se então o último exemplo quando ontem, aí pelas seis da tarde, enquanto o mundo chorava David Bowie, António Costa e Centeno reestruturavam a dívida portuguesa. Ninguém viu, ouviu ou leu na altura certa, o que desde logo é comportamento altamente ‘democrático’, mas o que já se conhece é que o pagamento grosso que falta fazer, virá lá para os anos em que não se sabe se o governo ainda será do PS. Mas não importa; quem vier a seguir que pague a conta. Jornais a falar disto, nem pó! Não se discutiu nada em público, mas se fosse com os outros até a Natureza já tinha sido insultada. Quanto à academia de que antes falei, nem me dou ao trabalho de condená-la à exclusão, disso já há muito tratei pois bem lhe conheço a prosápia só comparável à das estátuas não célebres. Não dizem nada de jeito, resumem-se ao grupo do elogio mútuo. Se és do meu partido, calo-me, se não és vocifero! Da imprensa que esconde o que lhe convém, direi apenas que é tipografia barata feita por aprendizes de tituleiros. Se ontem blasfemava, e bem, hoje deveria ter igual conduta. Também lhe assentava que nem uma luva, mas pelos vistos não lhe convém e eu já percebi que quando assim é, chega sempre atrasada (quando chega) à importância das coisas e da crítica. Passos e Costa? Não muito diferentes, o que mudou foi a gazeta do dia, mais a febre podre dos apaniguados e também a fétida maneira de agravar uns e desagravar outros. Vá-se lá saber porquê!
 
Mário Rui
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domingo, 10 de janeiro de 2016

Estarreja - Labuta interminável de Inverno
























 

Castanhos, cinzas, escuros, tudo tons de um Inverno que se retrata em águas de silêncio condensado por toda a banda numa grande pacificação de tempo adormecido e aborrecido. Nem vivalma pelas ladeiras que levam ao rio destas paisagens turvas e indecisas, numa luz mortiça que não é bem manhã, nem tarde, nem noite. Brisas fortes pelas ramas do arvoredo que fazem guarda ao nosso rio, lá isso sentimos. Às vezes toca-nos um marulhar monótono, quando não agitado, de águas cheias e distraídas correndo em passos de paciência sei lá com que destino. Aqui e ali fazem remoinho por descuido de tanto obstáculo que lhes trava a marcha. E assim se vão espraiando em remadelas invernosas dando-nos a ver a natureza acordada para esta labuta interminável de Inverno que tudo afoga! E agora? Jogamos às pocinhas ou de novo nos pomos a caminho à procura do restolho dos dias abertos e luminosos?
 

Mário Rui
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

David Bowie comemora hoje 69 anos


 
PÉROLAS!
Envelhece-se? No mais das vezes, sim. A alternativa é reinventar a velhice. Pode demorar uma vida 'inteirinha' mas há gente que consegue vencer as hesitações. David Bowie comemora hoje 69 anos e o lançamento de mais um álbum; Blackstar. Mais uma vez a música vai sofrer – felizmente – nova prorrogação!


Mário Rui
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C.D.E. - Presença na 2.ª fase alimenta o sonho do Estarreja


PRESENÇA NA 2ª FASE ALIMENTA O SONHO DO ESTARREJA  (LER AQUI)

As coisas boas são as mais caras. Porquê? Custam o esforço da dedicação, do acreditar e do levar longe o nome de Estarreja. E o C.D.E. mostra confiança, pois é mais definitivo do que aquilo que julgamos.


Mário Rui
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Veiros-Estarreja e a sua árvore secular


Lembrou-me, e muito bem, o amigo José Matos, que Veiros está no roteiro de árvores classificadas na categoria de monumentos naturais. A edição do JN de ontem dá destaque ao assunto. Obrigado, Zé. O que é 'nosso', também é bom!
Veiros-Estarreja e a sua árvore secular
Árvores seculares para atrair ecoturismo
“Árvores monumentais que Portugal possui mas não aproveita para chamar turistas.”
Quem o diz é a investigadora da Universidade de Aveiro Raquel Lopes, que lançou um inquérito aos 100 municípios que compõem a Região de Turismo do Centro e se propõe ajudar a criar um roteiro de árvores classificadas na categoria de monumentos naturais, que permita chamar novos públicos e incluí-las na estratégia de turismo para Portugal.
Apenas 148 dos 278 municípios do continente têm árvores classificadas, de acordo com os dados fornecidos pelos municípios ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
"É impensável, atendendo à riqueza do nosso país. Ainda há muito trabalho a fazer e um enorme potencial a descobrir", diz Raquel Lopes, explicando que a legislação permite que as classificações possam ser feitas consoante o porte, desenho, dimensão, idade, relevante interesse público em termos de valor natural, histórico, cultural e paisagístico.
Podem ser classificadas tanto árvores isoladas como conjuntos arbóreos, povoamentos florestais, bosques, arboretos, alamedas e jardins.

Mário Rui
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Portugal vê "com muita preocupação" clima de tensão no Médio Oriente


Portugal vê "com muita preocupação" clima de tensão no Médio Oriente (LER AQUI)

Pois, está bem, mas já agora atente igualmente no clima de tensão que se vive na Venezuela. Estão lá mais de 400 mil portugueses. 400 mil, só para lembrar e para lhe dizer que esta presença data do século XVI. Se quiser fazer o “favor”, eles e nós, agradecemos muito. É Portugal que lá está! Depois, se lhe sobrar preocupação, podemos falar também de Angola. Convinha!



Mário Rui
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Candidatos à Presidência da República na Antena 1; umas máximas ditas a correr e sem causas

 
Eu sintonizei
Debate? Dez candidatos num estúdio de rádio durante 2 horas? No mais das vezes, não há. Quando há, é por excesso! E quando é por excesso é como se não tivesse havido. Coitada da moderadora, pobres candidatos. Apresentaram-se, apenas! Nada mais. E é para isto que a rádio não serve; o que não for bom para a antena também não é bom para os que querem falar, tão-pouco para os que querem ouvir.


Mário Rui
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PALAVRA DO ANO 2015: REFUGIADO


Em cerimónia realizada no passado dia 4 de Janeiro, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, a Porto Editora anunciou a PALAVRA DO ANO 2015 eleita pelos portugueses: REFUGIADO.
Mário Rui
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domingo, 3 de janeiro de 2016

O melhor é o progresso vantajoso. O outro, só pula, grita e trama dentro de nós.

 
Leio num qualquer Almanaque dos Costumes do nosso tempo que 2016 será um ano pouco dado a questionamentos ou dúvidas no que toca a máquinas inteligentes. Pelos vistos, a tecnologia vai trazer até nós mais equipamento do outro mundo, agora chamam-lhe “gadgets”, que tudo fará em nosso lugar qual geringonça-maravilha a substituir-se ao homem, não tendo mais a apertar-lhe o freio as reprimendas da razão ou tão pouco do coração. E dessa barafunda de coisas úteis, sem dúvida, mas em muitos casos também supérfluas, só espero que não resulte em nós todos mais condicionamento mental do que o que já temos. Por outro lado, também nos será útil manter a guarda de modo a que não sejamos dominados pelo sistema em prol de uma aparente harmonia comunitária vinda de tanta tecnologia, sobretudo da fútil, pois na maior parte das vezes fechamos os ouvidos ao canto da sereia de falsas noções de progresso. Para cabeças liquefeitas com tanto avanço técnico, talvez ficasse bem falar e pensar em primeiro lugar no moleiro e no moinho, e então depois pôr-se a jeito do progresso, mas só do vantajoso.
 

Mário Rui
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A um filantropo


«FC Porto? Gostei muito! Lopetegui? É um líder!»
(Jorge Jesus)

A um filantropo (LER AQUI)

Não venho falar de futebol. Ganhou o melhor e ponto final. O que vos quero dizer é que estou deveras sensibilizado com estas bagadas de lágrimas do JJ, esta estima de infância, feita de condescendência e de ternura, de que ele comunga. Pura hóstia! Até o apetite de comer se me parou na boca com tanta seiva solidária, tanta hospitaleira mão fraterna. Este curvar perante o enfermo prostra-me num pranto infinito. Jorge, agora já só falta o convite ao Lopetegui para que se sente à tua mesa e coma e que prossiga sossegado. Por mim, porfiarei na tentativa de estancar este meu derramamento aquoso da videira após a poda, tal foi essa tua lava de carinho e preocupação. Beijinhos, Jesus.

 

Mário Rui
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A taxa


Estou “felicíssimo” com este final de ano. Sobretudo por ver diariamente a minha caixa de correio engolir um fartote de envelopes vindos de gente que mal conheço mas que frequentemente se lembra de mim. Ao invés do que se possa pensar, são envoltórios que não afligem excessivamente a minha razão, o que faz com que cada vez mais só me apeteça lançar um olhar o mais desdenhoso possível, não aos sobrescritos, mas antes a quem lá põe dentro a mensagem. E a mensagem é essa baça intriga feita pelos respectivos remetentes – vozes que cantam em coro e sempre as mesmas – turba que resolve chamar ao recado «actualização de preços para 2016». Veja-se a aldeia, vila, cidade, o País; luz, gás, televisão, rádio, água, seguros, resíduos, saneamento, tudo isto não é seguramente tão caro a produzir-facultar-tratar quanto aquilo que me exigem que pague! Somem-lhe agora taxas de passagem - para e pelo além - custos administrativos, taxas de ocupação, taxas de exploração, contribuições especiais, taxas de manutenção, custos de fraccionamento, quotas de serviço, taxa adicional, taxa de conservação, taxa de protecção civil, taxa de vistoria, e assim vamos de tributo em tributo até à seca total. Isto, sim, é que é intolerável e revoltante, ímpio e subversivo! Pago o justo, não me importo, chateia-me pagar é o mal profundo que as coisas apenas miseráveis representam. Quais? As espertices dos hábeis que enriquecem irreverentemente fazendo o seu caminho faustoso sem consultarem, e muito menos sem pedirem licença ao bolso dos que pagam para além do razoável. Vaidades omnipotentes que fazem dos que pagam só vassalos e dos que lucram só soberba. E a gente ri-se, e a gente assobia para o lado, e a gente aplaude abortos em vez de indignação fecunda. Para este grande sentimento de reprovação é que eram necessários os grandes cidadãos e assim talvez um dia pagássemos menos por tudo o que vale pouco mas que, de modo capcioso, nos dizem custar muito mais que o aceitável. Que pena tenho que por entre estas dúvidas do que fazer, só fiquem estes abalos, estas setas apontadas à consciência dos humildes cobrados. Do pagode, restarão almas menores, mais tristes e mais pobres. E viva a “actualização”, mais um viva à “taxa”, pois quanto aos resto dos tachos muitos são os que continuam bem servidos. O que é preciso é astúcia para se conseguir viver neste meio.


Mário Rui
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