quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PENSE!

 



















 
 
 
 
 
 
 
 




 
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governaram e se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias.

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

 

Mário Rui

Os Mercados e os Mercadores



 















“Não tenho obrigação de resolver as dificuldades que criei. Que as minhas ideias sejam  sempre um tanto díspares, ou pareçam mesmo contradizer-se, se ao menos forem ideias que permitam aos leitores encontrar material que os leve a pensar por si próprios.”

 Gotthold Lessing
 

Ouço falar tanto em mercados que dou por mim a pensar no tempo antigo em que estas actividades comerciais tinham um começo e um fim.  Para além das transacções aí efectuadas, a vida de então não era mais comercial que o estritamente necessário. Hoje, há gente que nos quer fazer crer estar de tal modo privada de tempo, quais tarefas capitais de que julgam ocupar-se,  que até o próprio tempo assume um valor comercial. Tudo tem um preço. Qualquer que seja a actividade desenvolvida, mas em particular na política, o resumo da mesma assenta apenas numa relação comercial/contratual  e jamais se baseia no socialmente razoável ou na reciprocidade.  Trata-se de área de mercado que deveria servir de exemplo no que toca à densidade de trocas e baldrocas, que aumentam de modo exponencial, e sem que isso se traduza em serventia para os que, não se ocupando do trato da coisa pública, se vêm cada vez mais espoliados dos seus direitos. O resto, isto é, pensar de outro modo, é um erro puro!  Nada importante é oferecido aos demais portugueses; bem pelo contrário, são os portugueses que têm de fazer o seu próprio futuro, de construí-lo. Mesmo com os maus exemplos vindos de quem vêm. Portanto, ignorar que, se o proveito próprio à custa e sem respeito pelos outros é uma vil coisa que se faz, também nós podemos pensar que a justa distribuição de benefícios aos carenciados é uma coisa que há que fazer, que há que fabricar. Bem sei que assim não pensam os que escravizam a sociedade civil produtiva, não porque desconheçam tudo isto, que é absolutamente elementar, mas porque acham que tirando do muito que têm para dar aos semelhantes os deixa mais vulneráveis, menos resolvidos do que nunca. Pois bem, com lições de opulência da natureza da que nos entra todos os dias em casa, politiqueira, com remetente conhecido e não menos avisado destinatário, só posso acabar dizendo que o conceito de «político», perante o sistema instalado por algumas espécies que têm nidificado em vários troços, já se me esqueceu. Agora já só me resta lamentá-los e quando me tentam chamar à razão porque me acham errado, respondo do modo esclarecido que bem conheço; «… pois, foi um génio benfeitor do meu país o primeiro que, em lugar de matar os escravos, idealizou conservar-lhes a vida e aproveitar o seu labor!! Foi, e é, um maravilhoso avanço civilizacional o sistema político de Portugal…» Em que repartição pública posso deixar o meu agradecimento??
 
Mário Rui