segunda-feira, 29 de junho de 2015

Euros





 
Mário Rui
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domingo, 28 de junho de 2015

Toda a “moral” que se construa em cima de dois padrões, merece-me reprovação!



Há já alguns dias que me interrogo a propósito do reaparecimento de Miguel Relvas, facto amplamente divulgado pela imprensa, e interrogo-me não tanto pela aparição do mesmo, que ao meu quotidiano nada diz, mas antes pelo retomar das críticas, ainda que justas, acrescento, quanto aos seus atributos académicos. Por outro lado, enoja-me, o termo certo é este, a moralidade de uns coveiros angulosos e vesgos que nos seus uniformes pretensamente moralistas me querem fazer crer através de palavras graves, com a sombra das suas mentes embrutecidas, que o dito é o único intérprete de uma miserável existência escolar que a todos queria enganar. Mas não é! Há mais, há também outros que deveriam ser colocados exactamente na mesma fachada do indecoroso processo que os guindou a uma licenciatura, mas desses, tais “puritanos” não falam. José Sócrates é o melhor exemplo disso mesmo e independentemente do grau que cada um obteve, de resto diferença única entre os dois, a falta de ética que em ambos os casos presidiu às respectivas licenciaturas é igual. Tal como Relvas, Sócrates conseguiu uma palete de equivalências injustificadas e ainda deu uso ao fax e ao domingo para fazer testes e para receber notas e o título de "Engº.". Curioso, é igualmente perceber que o primeiro mentiroso, quando fez a sua faina de academia, não ocupava cargos públicos. Sócrates, o outro mentiroso, ao invés, era secretário de Estado. Relvas, muito deve ter porfiado junto daqueles lugares de mármores influentes de modo a conseguir o grau de licenciado. Não conheço mais pormenores mas adivinho-os! Já Sócrates, em quatro cadeiras, teve um mestre que por mera coincidência até era assessor de um secretário de Estado, de seu nome Armando Vara, que, por sua vez, era amigo de Sócrates. Não conheço mais pormenores mas adivinho-os! De Relvas e Sócrates, riquezas sem dúvida oxidadas e rotas, gente que conhece toda a gente, desde o bombeiro ao polícia, passando pelo carteiro e acabando nos da irmandade, nada mais quero conhecer pois arrepio-me todo só de imaginar a rota corrente do aprendizado através das lufadas literárias desse Nordeste. O que me enoja, outra vez, é saber que continua a haver uma dupla bitola moral entre nós e especialmente defendida por pessoas que pensam com o partido, amam e odeiam com o partido, querem e agem com o partido e nada escapa desse triste padrão. Mas então os graus académicos não deviam ser retirados aos dois? Ainda tenho esperança que um dia tudo isto mude para melhor e, nessa altura, não duvido, muita desta gente que só vê moral para um lado vai cair que nem um saco vazio!
 
 
 
Mário Rui
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Ribeira de Veiros - Estarreja





Mário Rui
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Assim, gosto !



Assim, gosto! Deixa-nos pensativos a grande potência de imagens como esta pois são como um suspiro de alívio, um olhar pela janela de um país que apesar de dificuldades mil ainda nos comove de surpresas.
 
Mário Rui
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I want to ride my bicycle




I want to ride my bicycle
Sobretudo porque esquecer coisas antigas e antiquadas não é grande prova de bom futuro.
 
 
Mário Rui
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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ouvindo em voz alta a eterna legenda dos anos 80, uma riqueza inultrapassável de encantamentos vividos


 
 
Valeu a pena! Vale sempre a pena desde que longe das vistas dos indiscretos, possamos sentir essas venturas embriagadoras de que são feitos os sentimentos nascidos entre veludos musicais. Com o tempo e o belo tempero da sensibilidade, é possível entrar noutra dimensão, a que nos dá aquela visão candente da adorável simplicidade de termos tido gente assim no nosso frescor e de a podermos manter num círculo infinito, hoje mesmo. Vivos rutilantes, músicos e sons assim feitos, são contínuas palpitações e não obstante as nossas já longínquas ebulições  há ainda hoje em tudo isto uma opulência que nos encanta. O hoje não é como o ontem? Pois não, mas então será que não podemos prolongar nitidamente todas essas memórias continuando a harmonizá-las, moldando-as se preciso for, num peito de orgulhos amplos e poderosos? Claro que podemos, melhor, devemos! A vida não é sonho ou quimera, mesmo sendo uma abundância louca de fantasia, de devaneio, de ilusão? E a felicidade de possuir um vasto contentamento interior não conta p´ra nada? Enfim, perguntar não ofende, particularmente quando nos vêm súbitas ternuras que se calhar são só lágrimas íntimas.



Mário Rui
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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Indecisões

 
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Mário Rui
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Grécia




E a mente pode sempre vaguear a esmo. Adormeci sem uma resposta!
 
 
Mário Rui
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Verdes

 
 
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Mário Rui
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Crónica das idades




A melhor idade é aquela em que os passos devoram léguas e todas as portas abrem soalheiros destinos. A mais difícil das idades é a outra que já muito vivida nada de novo encontra sob o Sol. Corpos tostados pela juventude são os que se aprumam na estatura lassa quando assim mais convém mas também tidos de vigores leoninos sempre que a cor dos desejos reclama expressão da última elegância. Corpos cansados marcados pela vida cujas explorações deles muito cedo fizeram gente, são corpos hoje desconsolados no alongamento das badaladas que caem no poente da vida. Quer os mais novos, quer os mais gastos, mostram fragmentos de palestras contadas de passagem ante a delícia de uma pintura fresca para depois vir uma procissão de desvanecimentos, vasto plaino de recordações e muitas mágoas. Assim é boa a vida, diz a gente moça forte e triunfadora, assim é esmorecida a vida, cheia de esfalfamentos e que aflige, sentem os da vaga melancolia contemplativa. E um vento vagaroso passa por entre todos estes rostos, ora refrescando lábios ardentes a uns, ora estafando a paciência já não tida a outros. Idades, são idades, as novas sem vacilações ou receios, as velhas com acumulação de juros trazendo dias escuros como breu com noites entrecortadas de frios que esburacam soluços de um desconforto que dói. A lei da mensurabilidade de uma existência é amiga dos que têm menos idade e faz do pouco muito, já aos mais avançados no tempo de estar mostra garras de fera imensamente imbecil. Se eu mandasse, a regra para todos seria esta; “anda deitar-te, gente. Tem paciência hoje, amanhã só farás o que muito bem te apetecer”. E como de costume a noite cairia mas já ninguém a passaria sentado diante do espelho para fazer companhia a si próprio.
 
 
Mário Rui
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Dissipações brincalhonas



Ordem para arresto de bens da família Espírito Santo
O Ministério Público mandou arrestar bens de pessoas ligadas ao "universo Espírito Santo" de forma a impedir "uma eventual dissipação", que ponha em causa pagamentos em caso de condenação.
Dissipações brincalhonas
Por terem tido este discernimento, sem dúvida a tempo e horas, estamos-lhes todos muito gratos. O povo enganado assiste assim sem protesto ao cumprimento dos decretos da República. Ademais, é de crer que nas horas de borrasca, vejam lá bem há quanto tempo, o senhor Salgado tenha exposto as suas vetustas tradições em cima de nobres sedas bordadas à espera de confisco. Portanto, corram, corram muito porque tudo lá deve estar ainda, aguardando com desdém e sensação de esquecimento a mão que vai fazer justiça. Acaso já nada encontrem, quem sabe se à hora da missa o dito senhor não terá arrecadado tudo na sacristia, coisa em que não acredito, então confisquem na mata a caça abundante. Há sempre coelhos, raposas, perdizes e galinholas para fazer festim que faça esquecer batalha perdida. Se até a caça já se tiver espantado, fiquem pois com os limoeiros e as madressilvas. E a fé continua a acreditar no inacreditável … soa bem, mas não ensina! Todos estes episódios não passam disso mesmo: episódios!

 

Mário Rui
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terça-feira, 16 de junho de 2015

No calor das eleições, a conversa fiada

 
 
 

O calor das eleições que se avizinham está já a dar fervedura que não lava de modo algum este jeito de fazer 'democracia' em Portugal. O que mais se vê e lê são opiniões naturais entre coisas naturais, ou seja, diletantismos estonteados porque o curso de muitos caminhos que não os dominados pela habitual política caseira começa a escapar ao controlo dos mesmos de sempre. É apenas disto que se trata e se há gente a dizer que finalmente se discutem ideias verdadeiras para o futuro do país, é mentira. O que por agora se discute, isso sim, é matéria saída de um panelão que tardia mas felizmente parece querer dar ares da sua força, assim os políticos – os mesmos de sempre - deixem que esses outros órgãos do regime funcionem, no sentido de devolverem grandeza e prestígio à terra que somos. Quanto a discussão profícua ao futuro de Portugal, não há, continua a valer é o pensamento já pensado o tal que só insiste em exprimir todas as expressões já expressas, de preferência pensamentos e expressões arregimentadas. É o actual rolar de práticas não conformes à vontade desses políticos que tão ignobilmente deixaram cair Portugal na lama, que lhes vai alimentado a necessidade de lutarem em favor das costumeiras alianças que o interesse, na hora inquieta da defesa, quer continuar a estreitar de modo a que o adular, vergar, rastejar, aturar, permaneçam como dantes. O que lhes convém é esse estatuto recorrente, em cada esquina uma barraca de arraial devoto pois assim se defende o castelo, se edificam as durações dos reinos. Ainda bem que outros, que não alguma dessa caravana política e seus acólitos, acham que deve ser recomeçada a redenção do bem que a maioria quer. Fora com as ditaduras partidárias que perpetuamente tem raciocinado a sua partidarite, eterna repetição dos actos que são a eterna repetição dos males. Deixem as outras instituições sérias trabalhar, não lhes coloquem mais pedras no seu caminho pois estou já nauseado pela opressão das vossas atitudes e pelo vosso conceito de “político” que é só um apelo às armas de quem as tem e deve usar na prossecução da justiça, da igualdade e na regulação de vorazes apetites de grupos organizados de carácter fechado.
 
Mário Rui
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quinta-feira, 4 de junho de 2015

O chamamento do Apetite


Vão uns pelo largo campo da ambição soberba, vêm outros
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

 
Luís de Camões


Eu sei que isto é coisa de juízo tradicional mas persisto na ideia de que olhos há que atraídos pelo chamamento do apetite, a sua estatura logo diminuí. Ademais, quando se vão levados por elos de luxúrias, vaidades e não por paixões, então muitas vezes acabam por bater em retirada da mesma forma que tinham avançado. O que vale é que na vida, como no futebol, não há insubstituíveis e saia-se deste esquema e aí sim tudo se evapora. Razão de sobeja para que se acolha o que vier com esperança e hospitalidade. De resto, há uma Catedral cuja escultura só deve ser olhada por quem de boa-fé vai passando diante dela. Benfica, sempre!
 

Mário Rui
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Contra a chacina intolerável dos mosquitos que morrem inocentemente às mãos de automobilistas loucos!


Contra a chacina intolerável dos mosquitos que morrem inocentemente às mãos de automobilistas loucos!

Por nobre e vivo dever cívico entendo ser minha obrigação associar-me à causa do mosquito que não tem manhã, nem tarde, nem noites sossegadas, tais são as forças automobilísticas bisonhas que, pela brutalidade da sua pressa e quantas vezes também do vagar, os despedaçam impunemente contra o vidro dessa máquina diabólica que tudo seca e esteriliza; o automóvel! E estou na causa apenas porque entre o mosquito e alguns humanos me fica a certeza que o primeiro jamais conseguirá retrogradar ao macaco inicial sendo que relativamente aos segundos já tenho muitas dúvidas se para aí não caminham. Mosquito com resistência que trepe montanhosamente até à última porção do vidro do carro, merece que se agremiem umas fartas vontades que impeçam este genocídio a que se assiste e, mais importante, talvez assim fosse possível evitar a postura dos primatas da conservação de espécies cretinas. Sou pois contra a extinção de insectos dípteros mas sou a favor dos armazéns onde se possam catalogar e arrumar, em prateleiras mal envernizadas, cérebros que metem medo, gente moderna que vive para estupidificar! Que se cozam pois com os caracóis já que a única coisa que julgam saber fazer é confundir a evolução e, ócio por ócio, mais valia que se dedicassem ao estudo dos órgãos que já em extensão não mais podem ser prolongados. Talvez isso fosse uma útil tese de discussão ou, quem sabe, útil tesa de discussão!

 

Mário Rui
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terça-feira, 2 de junho de 2015

E pronto, é isto!



E pronto, é isto!  (LER AQUI)

Portalegre celebrou Dia da Criança com polémica simulação de motim
É uma pena misturar diamantes com pedras vulgares sobretudo porque apesar dos avisos diários de danos e outras desgraças que a vida impõe à nossa observação, parece continuar a haver gente que, de tal modo absorvida nos assuntos do dia presente, mais não sabe senão ensinar o que é uma luta por possessão seja do que for. E quando esse modo de incutir é dirigido a diamantes por lapidar, ao estabelecer-se uma linha de fortes atrás de protecções que se agigantam, mais facilmente o diamante diminui de tamanho e mais dificilmente demora a crescer. As crianças nunca precisaram de andar mais depressa do que o necessário para encontrarem a sua brincadeira favorita e certamente haverá muito bom educador a fazer melhor que isto. Enfim, uma coisa me contenta não obstante tanta imagem belicista; é que não há coisa mais linda do que ser criança. Triste, mesmo triste, é envelhecer da mente e ainda mais penoso é não se saber ensinar a simplificar a complexidade do mundo. Beijinhos, pura infância.
 
Mário Rui
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