sexta-feira, 22 de junho de 2012

Alvitez antiga.




















Chateia-me esta obscenidade da fantasia. A mim e aos que sustentam o meu lar, todos humanos, mais uma gata brincalhona, até a felicidade de aspirar a muito pouco nos roubam. Roubam-nos dinheiro, dão-nos solidão, solidão do temor da incompreensão do futuro, dão-nos fobias, palpitações, nervosismos, desgastes que apelidam de trabalho, trabalho e mais trabalho. Tiram-nos dignidade!  Mas depois há outros que se acham no direito de comprar o paraíso. Afinal são os que deveriam assegurar as nossas carreiras,  a tomar a defesa dos nossos direitos, os primeiros que nos abandonam. Faz parte do meu respeito pelas pessoas que pouco têm expor-me ao perigo de dizer-lhes a verdade. E a verdade é que este não pode ser o país das duas morais. A dos Senhores (ler aqui) e a dos escravos. Por muito senhores que sejam. Também os que menos podem e possuem são senhores de um saber e de uma prática que  jamais deve ser desprezada pois são eles que cuidam e guardam  o nosso mundo.

Mário Rui

Discursos de senadores















"É muito fácil ao Dr. Mário Soares, com o estatuto que tem, dizer essas coisas. A verdade é que também assinou acordos com o FMI e houve bandeiras negras em Setúbal, houve gente a passar fome, e nessa altura não se demarcou, porque era primeiro-ministro."
 
Helena Roseta, em entrevista sobre o facto de Mário Soares ter defendido recentemente que o PS devia romper com o Memorando da troika. i, 22/06/2012, reproduzido no Expresso online
 
Mário Rui