sábado, 2 de março de 2013

Sacrifícios


















 

Sacrifícios, já todos nós os sentimos e percebemos. Decorrem dos homens impreparados em quem votámos, os que votaram, mal e vezes de mais, e que nos aliciaram com um mar de rosas quando afinal desaguámos num oceano profundo e tenebroso de inverdades. Mentiras. Já chega!

Mário Rui

Este tempo

















As opiniões públicas, e já agora as publicadas, devem ser massivamente hostis à perspectiva egocêntrica, interesseira e avarenta de quem conduziu Portugal ao abismo. O momento actual deve estar manifestamente empenhado nesta última via. Se mais não nos for possível, pelo menos, gritemos, escrevamos, chamemos nomes feios a este equívoco nascido do promissor 25 de Abril. Os dirigentes que tivemos, que temos e que não nasceram de revolução nenhuma. Essa foi uma patranha com a qual, manhosamente, nos besuntaram o corpo e a mente. À distância de quase 40 anos, se calhar bem nos saberia hoje tê-la feito de outro modo. Teríamos certamente evitado todo este sexo selvagem característico das relações de força. O problema é que de facto não aconteceu revolução. O outro regime caíu por si mesmo. De podre! O actual também já le chegou. Tombou, fruto do extraordinário esforço de dinamização, de conservação, de gestão optimizada do “eu próprio”. O imperativo narcísico dos que podem, incessantemente glorificado pela cultura higiénica dos que aspiram a poder, levou-nos à tragédia grega. Não apostem mais neles! Suplico-vos!

 
Mário Rui