quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Votem em que vos apetecer, mas depois não se arrependam!


Quantos dias de Outono já não passei dentro da política, tentando ouvir e traduzir o que ela me diz. Tendo concluído que pouco me vai acrescentar, se calhar não me vai dar mais do que o que agora tenho, decidi que tinha de me virar por mim mesmo e passei então a encarar de modo mais exclusivo a compreensão do dito pelos políticos, mas também e especialmente do que vociferam os muitos que vislumbram ao virar da esquina um futuro menos dispendioso, uma vida mais barata. Ora, intuindo ser tudo isto contabilidade feita num pequeno escritório de contas arriscadas, atrevo-me pela opção de levar por diante uma série de assuntos meus sem grandes obstáculos, pois ser impedido de realizá-los por falta de bom senso é que seria coisa não só lamentável como ridícula e perigosa. Lá vou estudando a vida de todos os grandes mestres da ciência política, actualizando igualmente o trajecto de todos os grandes descobridores das novas auroras, tentando perceber as modernas rotas de muitos aventureiros já que, em resumo, me convém proceder de tempo em tempo a um balanço de stock para verificar como as coisas andam. Tem sido um trabalho por vezes chato pois desafia-me a um silêncio introspectivo e custoso, mas mesmo assim tem valido o esforço. Calcular os problemas dos lucros e das desvantagens daí decorrentes, bem assim como todo o tipo de aferição ao que de bacoco se tem dito e escrito, é tarefa que me tem feito mudo,  que não quedo, afinal talvez proveito que a minha boa política manda não divulgar sobretudo porque só tenho visto cabides onde se penduram roupas sujas que são a marca da personalidade de quem as veste. Pois muito bem, desejo a todos muitas venturas e votem em que vos apetecer, mas depois não se arrependam!
 
Mário Rui
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Eleições, futebol, poetas e a minha ‘docta ignorantia’


Eu, que nada percebo da autonomia catalã e por isso mesmo me resguardo de emitir opinião quanto às pretensões locais, pelo menos por enquanto, sei no entanto o que é um campeonato nacional de futebol. Mesmo assim, e não obstante a dita falta de saber relativamente aos assuntos independentistas da Catalunha, ouvi dizer que o resultado das eleições regionais de ontem colocam a região na iminência de uma declaração de independência. É lá com eles, mas desconfio que também connosco. Bom, mas pelo muito que já ouvi de análise sobre o assunto, faltando-me apenas ler, ou apenas entender, também me serve, a opinião do Dr. Pacheco Pereira e da Dr.ª Ferreira Leite, o que me agradaria agora era conhecer então o que pensam estas duas personagens sobre a equipa de futebol do Barcelona. Politicamente não me interessam as respostas, quero é impregnar-me de futebol e assim saber de viva voz se comungam ou não da minha opinião: será que o Futbol Club Barcelona futuramente irá marcar golos na própria baliza? Fico à espera de uma resposta antes que venha o Inverno e disperse ao vento essas folhas de poesia vindas de trovadores que estão sempre a dizer adeus a Portugal. Quem sabe se não virá aí resposta separatista? Afinal, também não seria coisa virgem.
 
Mário Rui
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"Gestão de Crise" - como será?


Em primeiro lugar, o que se intuí é que este mundo é incapaz de se explicar! É por essa razão que há gente que acredita piamente na ingenuidade dos outros, mas como nem tudo dura para sempre lá chega o dia em que a verdade vem à tona. É a altura em que os ingénuos não mais se tomam por lorpas e a imaginação dos mentirosos começa a gerar insanidades.
 
Mário Rui
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Políticos e política em doses variadas e para todos os gostos


Políticos e política em doses variadas e para todos os gostos. Uns dançam, outros despem-se, há os que cantam, os que misturam eleições com futebol, somem-se os que se atiram ao rio mais os que detestam penicos e líquidos orgânicos, juntemos também os que dão festins com cantantes de rua de partes vocais duvidosas e tudo isto caldeado tende a dar uma ilusão de seriedade que é simplesmente um caso de egoísmo tal é a perversidade politiqueira que ri alto sobre a fisionomia hesitante de quem vai votar no próximo dia 4 de um mês outonal. É um cair de folha que nada dá, cada qual vai andando o seu caminho feito de noite escura e cada vez mais fria sem que se veja castigo que puna este tormento de exposição à multidão de notas falsas com que nada se paga e tudo se engana. Histórias destas contam-se às séries e sem que a reincidência destes caracteres tome tino e vire a agulha. Agulha, não, já são alfinetadas desordeiras que se cravam nesta campanha, neste país tão pequenino mas com edições tão caprichosas. E finalmente aí está a cereja no topo do bolo; a que apela à "Morte aos Traidores" usada em material da campanha eleitoral. Bonitas estas trepidações ardentes que ajudam à digestão de um país. Bonita também aquela apreciação ajuizada do porta-voz da CNE que diz que "os visados não se queixaram", não tendo o assunto "ultrapassado o nível de uma metáfora”. Os que clamam por morte e os que não entendem que matar a sério não é figura de retórica, são afinal personagens de uma mesma cena dramática onde a coreografia só mostra a incerteza de coisas e vidas sem destino. É pena, mas é o que temos. Por cá, até o desaforo revela cada vez mais fome! “Ó fome, quando é que eu como ?”, repetiria Pessoa e com razão. E pergunto eu: - quando voltará a juntar-se a nós gente que sabe?
 
Mário Rui
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sondagens, para que vos quero?


 
É por não ser um adversário da democracia que quero e devo ser sincero com ela. Ora, posto no meio das opiniões contraditórias das sondagens que por aí aparecem, coisa que me aborrece e irrita, o que se me afigura mais sensato é acreditar que vale a pena escapar do espírito do sistema estatístico e probabilístico, matemática que quando aplicada a uma eleição popular parece deixar de ser ciência exacta, e antes acreditar na infalibilidade da queda do boletim de voto na urna respectiva e no dia certo. Quando lá cai, o voto de confiança do cidadão, isso sim é um afastar do jugo dos costumes marotos com que tais sondagens impregnam tendenciosamente os eleitores, sendo esse o momento em que cada um se tranca estritamente em si e a ciência do cálculo volta a chamar-se solenemente matemática. O resto são processos muito suspeitosos de estudo de uma opinião pública que muitas vezes é ela própria autoridade muito obscura e, quando não o é, lá há-de vir em sua substituição a ignara da sondagem que tanto pode dar para abrir um espaço vazio e quase ilimitado na mente dos sondados, como enchê-la de poeira intelectual que se vai agitando de todos os lados sem se poder juntar e fixar ideia que leve à racional independência de espírito. Sondagens, para que vos quero?



Mário Rui
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Votos obedientes


As eleições legislativas gregas de ontem deverão ficar para a história como as menos concorridas desde a II Guerra Mundial
Num país onde o voto é obrigatório, mas ninguém é sancionado se faltar, a abstenção rondou os 43,3 % o que parece querer dizer, digo eu, que não é a “obrigação” que impede que o direito à cidadania não deva ficar à mercê da liberdade de cada um, sendo isto talvez verdade para a Grécia como para qualquer outro país. É por isso mesmo que também não me parece, contrariamente à opinião dos que gostavam de ver a abstenção definitivamente abolida, que seja dever de qualquer cidadão devotar-se a essa injustiça abolitiva. Por muito que me tentem convencer do contrário, somente a vontade de quem afirma a sua própria liberdade não a deixa à mercê do acaso. Não é a praia, o sol, a chuva, o comodismo e muito menos o desinteresse cívico, quem engrossa o abstencionismo. Ele só se faz caudaloso porque a maior parte dessa abstenção consiste justamente na necessidade de os eventuais votantes verificarem se com o voto expresso não estarão a prestar um bem ao mal que condenam, ou seja, a política como ela tem sido feita: sem muito respeito e sem muito carinho por quem vota e então depois lá vem a expressão da pouca satisfação que se chama abstenção. Pelo menos por cá, por todos os votos – expressos, nulos e brancos -todos eles, pagamos a triplicar, pois começam por nos cobrar a subvenção destinada aos partidos concorrentes, depois é mais uma nota por cada voto posto na urna e finalmente ainda vem a terceira parte que é a dos colectores de impostos quando em funções de mando governativo. Já me convenci que afinal é com políticos que brigo, não com votos nem com abstenções, razão pela qual respeito de igual modo quem vota mas também quem se abstém. Aceito opiniões diferentes desde que me provem haver uma melhor condição de superar estes obstáculos, em especial o de frequentes vezes darmos o nosso voto inteiro e a seguir nos sentirmos diminuídos.
 

Mário Rui
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Francisco em Cuba


Afinal em Cuba, a Igreja Católica é referência para crentes e não-crentes. Ou estarei enganado? Responde-lhes tu, grande Francisco!
Segundo as estatísticas há mais de 6,7 milhões de católicos em Cuba, correspondendo a 60,5% da população total da ilha. Mas se não chegar a tanto, trata-se no mínimo de uma repetida e surpreendente “coincidência”. Considerado o grande articulador da reaproximação entre Cuba e EUA, o Papa Francisco deve ser recebido com entusiasmo também por não católicos, que destacam o carácter político da sua visita.

Mário Rui
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Três vezes em nove meses...


A certa altura deixei de falar sobre a Grécia tal era a minha odisseia de dúvidas e muito cepticismo em torno do estado e do mistério dessa relíquia, berço de toda a civilização ocidental. Preferi deixar que fossem os entendidos do tudo e do nada a dar pistas para solucionar o mistério que se abatera sobre a pátria helénica. Acabei por ficar muito esclarecido quanto às soluções então propostas pelos ditos uma vez que, de facto, por alguma estranha iluminação, conseguiram para esse país uma muito convincente recuperação e que até culminou com a marcação de novas eleições. De resto, a confiança dos gregos subiu em flecha com esse aporte trazido por gente tão sabedora, de lá, mas sobretudo a de cá. E a provar que esse contributo solidário foi importante, amanhã será a terceira vez que os gregos vão às urnas, em nove meses! Só tenho pena que esses mesmos tão sabedores ainda não tenham dito ou escrito uma linha a lembrar aos demais o que vai acontecer amanhã na Grécia. Eleições Legislativas, caramba! Esqueceram-se ou deixaram de ser solidários?
 
 
Mário Rui
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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Semana Europeia da Mobilidade/Dia Mundial sem Carros


Bom, neste planeta que habitamos há sempre um dia para tudo. Desta vez é o dia mundial sem carros. Não que esteja contra estas celebrações mas acho que algumas têm custos que quase nunca são contabilizados no cálculo da “eficácia” do investimento . Estou à vontade por assim entender já que na maior parte dos dias que por mim passam, ando a pé e o carro fica assim sem companhia e acho que muito bem. Até gosto, e o carro, essa máquina infernal do progresso, também não se queixa. Em todo o caso, devo acrescentar que neste particular do dia mundial do pópó, estamos em presença de mais um efeito dessa coisa a que resolveram dar o nome de globalização, destino irremediável do universo, processo de resto irreversível, mas não deixando de pensar que estas modas mundiais, na maior parte das vezes,  tendem a um mesmo destino; quanto mais experiências pretendem explicar, mais opacas se tornam. Pois, a globalização tanto une como divide e é por isso que, para não dividir, vá então a pé fazendo assim a vontade à tal mundialização, mas não se esqueça de unir-se a outros dias não tanto de coisas mas antes de seres humanos de modo a libertar-se de todas as ansiedades geradas pelas inúmeras e estranhas dimensões determinantes da nossa existência actual. Quando for a pé, pense nisto.  Se quiser vá de carro, mas não deixe de pensar pois tanto pode achar que existe como que desiste. É consigo!
 
Mário Rui
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Falem-me de coisas importantes ao bem-estar dos portugueses


Costa e Passos trocam acusações sobre a responsabilidade pela vinda da troika.

Lamentavelmente esta é a manjedoura onde os políticos portugueses continuadamente se estiolam a trincar a palhada clássica. Conheço bem o nome dos (des)governantes que fizeram este Portugal que vemos,(des)governantes que nos obrigaram a abrir ainda mais a camisa por forma a que pudéssemos limpar o súor abundante do nosso descontentamento, mas sem que tivéssemos encontrado refresco que nos aliviasse o peso de carregarmos uma terra que, em tempo de eleições, insiste em lutas da política intestina. De facto, o que foi verdadeiramente inconstitucional foi chegarmos à bancarrota. Agora já não importa tanto esgrimir razões a propósito dos narcóticos que alguns injectaram no país levando-o ao charco, importante era pôr desde logo a honestidade política na moda, especialmente neste tempo de campanha eleitoral, discutindo coisa séria e dada à compreensão e melhor vida dos portugueses. Não é com discursos de auto-satisfação eleitoralista que se constroem pontes que permitam ao mensageiro levar a mensagem que governe o país e assim sendo não comunicaremos. Estou farto de tanta incomunicabilidade e de tanta vaidade política em altura de voto que por aí se passeia impunemente.


 
Mário Rui
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sábado, 12 de setembro de 2015

Palavras que se trocam e nús 'patrióticos'


Cada vez mais gosto menos dos ‘debates do ano’ – leia-se concursos de perguntas e respostas – e então de feras que se despem na rua acho mesmo que essa classse confortável só devia ir ao salão bem enfarpelada. E porquê? Porque não há nada de realmente  humilde acerca da “abnegação” do nudismo político sendo que, nesta área de intervenção pública,  a aristocracia não é coisa fundadora mas é antes um pecado pois que a soberba ridícula só empurra para baixo!

 

Mário Rui
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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Mas qual debate?


Não vi em directo as respostas dos dois candidatos, Passos e Costa, dadas ontem à noite aos jornalistas dos canais de TV.

Optei por ir jantar com amigos a sítio costumeiro, local de resto onde sempre promovemos debate sobre a terra e o país que nos habita. Debate, disse bem. Felizmente que não há por lá «entrevistadeiros» como os que depois vi na pantalha televisiva, através de gravação, no correr do dito concurso de perguntas e respostas.

Digerido o repasto mais o debate entre amigos e engolidas depois as celebrações e diabolizações vistas e ouvidas, das quais não me apetece fazer juízo, há uma coisita que me ocorre e que é esta ; não assisti a qualquer ‘debate’ pelo que recomendo vivamente às televisões que hoje, ou amanhã, mostrem ao país um desses a sério que teve lugar em 1975, entre Soares e Cunhal. Embora desfasado no tempo e no conteúdo, seria uma monumental forma de mostrar a Portugal, às próprias televisões, aos jornalistas e aos candidatos, como manejar a ferramenta jornalística e o desempenho de quem responde em proveito do espectador. Falo de educação e informação para todos já que esta nova revolução de mentes ditas comunicacionais que ontem presenciei, cada vez mais cava um abismo entre a população que quer perceber, em vez de o preencher. Perguntas ensanduichadas para respostas compactadas fizeram com que assistíssemos não só à contracção do tempo e do espaço como também, lamentavelmente, à sinestesia de todos os nossos sentidos. Não sei se isto é a imposição de um modelo estrangeiro, mas a verdade é que tanta instantaneidade, pressa de palavras, imediatismo no acto de questionar e retorquir e fandango «entrevistadeiro» a três tempos, foi só um conflito de interpretações que a ninguém serviu. A compreensão dos que viram tal concurso de perguntas e respostas, que não debate, ficou menos forte uma vez que hoje, no meio mediático, vale muito mais a ilusão da concisa expressão de quem debate do que a real faculdade de se dar a conhecer o que se debate. Culpa da televisão, mas também culpa de quem concorda em sentar-se em palco informativo onde o virtual supera a realidade. Em jeito de hibridação de valores, também gostei muito daquele tratamento pessoal - quase tu cá, tu lá - utilizado pelos «entrevistadeiros» quando se dirigiam aos dois políticos; “- Costa, diga-nos lá….”, “- Passos Coelho, explique-nos como é que …”. Fandango puro!

Terá razão Guy Debord quando na Sociedade de Espectáculo refere “o nosso tempo, sem dúvida… prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser…”?


Mário Rui
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Sabemos usar a palavra “sofrer”, mas saberemos descrever “sofrimento”?


Só eu sei da dificuldade que me assola a propósito de emitir opinião pensada, e se possível sensata, quanto ao acolhimento a dar aos que procuram afectos e melhor pátria onde possam viver em paz. Se é certo que de entre os que fogem de países em chamas muitos não buscarão mais do que paz, outros terão encontrado porta aberta por onde livremente possam passar ódios e revoltas interiores e desse modo as venham a pôr em prática, desassossegando os que estão deste lado europeu, sítio onde civilização ainda é, para nosso contentamento, designação dada a uma ortodoxia que mantém traços do seu propósito original, ou seja sítio onde humanidade não é sinónimo de coisa decaída. É muito bom, pese embora um outro rol de sacrifícios que também nós trilhamos, podermos gozar de uma Europa que todos os dias mostra um Sol que brilha de novo e uma Lua que sai todas as noites. Não sei se os que nos batem à porta alguma vez tiveram oportunidade de viver assim, não sei sequer se em qualquer dia tiveram ocasião de ficar alegres com o seu próprio Deus. Sei de coisa diversa e que se resume a uma solidariedade que, não podendo no meu caso oferecer cama, mesa e roupa lavada, ainda pugna, no mínimo, pela defesa e respeito de uma esperança que não desiste, mesmo em face do desespero, uma fidelidade que acredita no quase inacreditável tal é o tamanho de quem por ela luta. Abomino, a exemplo de tanta gente, os que não nutrindo gratidão alguma para com o semelhante assim se vão arrastando para cá apenas com o sentido de nos porem a ferro e fogo. Terroristas fanáticos que são o supérfluo, o excedente da sociedade, loucos aos quais oferecemos todas as nossas razões pelas quais somos cristãos e mesmo assim essa turba encontra nesta oferta todas as razões para nos dizerem que não o devemos ser. Pois que permaneçam por lá, pela terra que os viu parir e se possível em constante reflexão, não néscia, o que eu acho improvável mas talvez um dia aconteça, na companhia do seu profeta. Aos demais de que antes falei, pacíficos em fuga, acho que lhes é devida pela Europa da cultura e dos vínculos fraternos, uma oportunidade de enquadramento sólido e fiável e talvez assim fiquemos todos a ganhar. É a perspectiva desta vantagem que faz com que as partes se interessem pela discussão, disputa, compromisso e acordo de modo a que o resultado final garanta um estar social mais feliz para a humanidade. O que é doloroso é não alcançar um destino digno e simpático para todos os que o procuram e é bom que não esqueçamos os que querem mudar de lugar posto que se o fazem é porque já o perderam noutro sítio. Até connosco isso acontece e quem procura melhor bate-se pela felicidade possível. Ou não?


Mário Rui
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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uma em cada 10 pessoas tem orgasmos no ginásio




Uma em cada 10 pessoas tem orgasmos no ginásio -  jornal Sol (LER AQUI)

Atenção: só li o título do Sol
Claro, então pois se fazer ginástica altera o equilíbrio interior o que é que esperavam?  E o ginásio é o sitio certo para experimentar a duração de um prazer e assim não se continua obcecado por ele.
 
Um orgasmo que custa sacrifício, só é pena é que aquilo que se sente no ginásio com a força dos jovens anos,  não seja possível  fazê-lo com as taras dos sessenta e setentas. Aí sim, ginásio virava templo  de deleites. Deleites, disse bem!
 
Mário Rui
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Apontamento da quinta essência futebolística


Apontamento da quinta essência futebolística
Portugal venceu a “poderosíssima” Albânia por uma bola a zero. Neste caso, não é o resultado o que mais importa relevar mas antes a exibição do conjunto, para já não falar das prestações individuais. E quanto à exibição, equipa cuja vontade de ganhar não suplanta o medo de perder não é equipa merecedora de encómios. E bola ao centro outra vez!
 
 
Mário Rui
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domingo, 6 de setembro de 2015

S.Paio - Torreira 2015




Mário Rui
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S.Paio - Torreira 2015








 
 
 
Mário Rui
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O risco e o perigo

 
Quanto à foto, tanto se me dá como se me deu. Relativamente à revista que a publica, acho-a rasca!
Quanto ao mais, objectivo da imagem, significará isto a falência de algumas cruzadas políticas ou serão só efeitos secundários da incerteza, confundidos com supostos votos eleitorais?
 
Mário Rui
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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Praia da Torreira - Murtosa 2015


 
 
 
Mário Rui
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Mas que bela lição


Goste-se ou não dela, cada um terá a sua opinião, a verdade é que a chanceler Angela Merkel suspendeu para os sírios a regra da convenção de Dublin que permite expulsar imigrantes ilegais. A Síria tem sido palco dos mais sangrentos atentados do auto-designado "Estado islâmico". Assim, a Alemanha, é neste momento o único país que não está a forçar refugiados sírios a regressar ao país de entrada no território da União Europeia. É a própria Comissão Europeia a confirmar esta medida e a sublinhar que "neste momento, é caso único entre os Estados-membros".
Também é curioso assinalar que muitos outros que decisivamente  contribuíram para a «nova desordem mundial», cujo corolário está à vista de todos, se mantenham quedos e mudos como se nada tivessem a ver com o êxodo de milhares de pessoas  que todos os dias procuram um destino digno e atractivo. Esses mesmos países que por mote próprio ou coligados com outras forças de «libertação» potenciaram as «primaveras árabes», devem estar hoje arrependidos por tantas e tão duvidosas coligações armadas – coabitações temporárias de conveniência, apenas  – perante o gesto de Angela Merkel.  Não estou a defendê-la, estou só a dizer, em didático adágio português que « o vinho não intoxica os homens, são os homens que se intoxicam». E a bebedeira sem fim assumida por esses libertadores/guardadores de conveniências, tem aqui a resposta mais sábia da mulher que quase todos abominam; numa zona de fronteira, a agilidade e a astúcia política valem mais que uma pilha de armas! Que grande lição, Angela! O resto, o que mais se vê, vindo lá desses que puseram tudo em desordem, são palavras poéticas de solidariedade para com as gentes que embarcam numa viagem de dignidade mas no fundo o que lhes oferecem é uma viagem que nem de sobrevivência é! Pregadores entusiastas do nada, aprendam com a alemã e desfaçam o nó górdio que ataram, talvez que descobrir a maneira de o cortar seja, essa sim, uma primavera luminosa para os abandonados e oprimidos.
 
Mário Rui
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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TDT - Tretas e petas ou como o pessimismo se pode tornar em fé


Gostava muito de vos falar de duas coisas. A saber; da programação dos NOSSOS canais públicos de televisão e já agora dos privados também - porque não? - e a seguir dessa invenção do saber a que uns tantos deram o nome de TDT – televisão digital terrestre. Infelizmente, no primeiro caso não o vou poder fazer, já que embora conheça bem essa grelha de grãos culturais que se atiram aos frangos famintos, raramente os vejo. Não porque me esteja borrifando para esse modo expedito de absorver tanta fruição e cultura que me querem dar, gente bondosa essa, sobretudo a da RTP, e ainda por cima com uma nova administração, mas apenas porque não lhe vislumbro sequer imagem. Não há emissão, ponto final! Culpa de quem? Da tal invenção do saber de que vos falava no início. Uma TDT que prometia ao país perfeição, proveito e arte de agradar. Toda uma torpe promessa, toda ela era e é uma sublime falsidade. Não há emissão via TDT, repito! No local onde habitualmente repouso a aversão que nutro pelos coladores de estampilhas que vagueiam por entre a dignidade dos que lhes pagam o ofício de saquear o próximo, masoquistas é o que somos, a TDT é mentira! Paguei-a, pago-a com o meu dinheiro e tudo o que me retribuem é (in)certezas que nunca se atingem. E isto é em si mesmo um mal, um prejuízo para todos nós quando imaginamos, e em particular contemplamos, o bem de uns à custa do azar dos outros. Esta geringonça terreste e digital é, mais uma e uma vez, a prova provada de que nos sentimos escolhidos e destacados para a desventura a que não temos direito, podendo, como deveria ser, sermos tratados como cidadãos de pleno direito. Se este fosse um país que se respeitasse a si próprio, esta TDT já há muito tempo que teria deixado de ser mais um dos muitos certames de cretinos que nunca juraram respeito pela turba que só serve para os remunerar e, aí sim, estariam agora e por muito tempo a pagar pelas nutrições sempre auto-abundantes de que se servem para enganar o contribuinte. E depois digam-me que eu sou do contra…
 
 
Mário Rui
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