quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

FACTOS

 
 
 
Mário Rui
 
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Por quem os sinos dobram


















Eu acredito que há-de vir o tempo em que não será necessário mandar averiguar por quem os sinos dobram. Dobram por eles – por todos eles. O resto é um jogo de soma ZERO! Só lamento é que a política se apresse a apagar as luzes para que todos estes gatos se tornem pardos!
Mário Rui
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Saiam da frente



















Os protagonistas das três bancarrotas sofridas por Portugal continuam agarrados ao poder, impedindo a mudança de mentalidade de que o país precisa. Em "Saiam da Frente!", Camilo Lourenço aponta o dedo às pessoas que insistem em condicionar o rumo de Portugal, tanto no sector público como no privado. Aproveite este livro para conhecer os nossos pecados capitais, como podemos mudar para melhor e caminhar pelo próprio pé, deixando para trás a troika e um passado de falências que não nos faz justiça. Chegou o momento de questionar velhos tabus e arriscar novas soluções.
Mário Rui
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O estardalhaço dos “mass media”




















 

 
Hoje acordei com o cair da chuva. Passei depois os olhos pela imprensa escrita e assustei-me! Julguei ter despertado para uma nova aurora, uma NOVA VIDA, melhor pois claro, mas afinal estava enganado. Era só o estardalhaço dos “mass media” a moldarem comportamentos, gestos, hábitos e linguagens. Acabei a manhã, felizmente, dominando a perplexidade das minhas ilusões, lendo Guy Debord; «A raiz do espectáculo está no terreno da economia tornada “abundante”, e é de lá que vêm os frutos que tendem finalmente a dominar o mercado espectacular».
Se Gutenberg, segundo alguns, reinventou a imprensa e se historicamente Bell foi considerado como o inventor do telefone, será que agora não faz falta inventor que se digne pedir mais freio a excessivos determinismos comunicacionais? Há mesmo “praxes” esmagadoras!  


Mário Rui
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

56ª edição do Grammy Awards.














 

Rezam as crónicas que o duo Daft Punk foi o grande vencedor da noite deste domingo (26), na 56ª edição do Grammy Awards.

A da direita, não sei bem quem é, mas quanto ao da esquerda (????)  é, acho eu, o François Hollande.

 
Mário Rui
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Hollande vive no passado


















 
 
 
  
 
Um presidente de capacete remete ao Batman que sai à noite no seu Batmovel em Gotham City. Talvez ele tenha considerado até ir ao teatro ou ao cinema com Gayet, ambos de capacete, é claro. E os riscos à sua vida?, conseguiu indagar um repórter na coletiva de terça. “Estou sempre protegido”, revidou o presidente. Será? Como pode então o fotógrafo da Closer fazer as fotos do presidente? E se fosse uma arma, não uma máquina fotográfica? Hollande vive no passado.
 
 
 
Mário Rui
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Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto


















27 de Janeiro de 2014. Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Lembrar a barbárie é um acto de liberdade!
 
Mário Rui 

domingo, 26 de janeiro de 2014

O Continente Perdido






















 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Das planícies áridas de Espanha, ergue-se o aeroporto de Ciudad Real, feito de vidro e aço escovado, a brilhar à luz do sol. Vangloria-se de ter uma das pistas de maior comprimento da Europa. O seu terminal, amplo e arejado, foi concebido para acolher 5 milhões de passageiros por ano. Custou quase mil milhões de euros. Mas não se vêem aviões. É um elefante branco, financiado com o dinheiro dos contribuintes. Existem outros aeroportos «fantasma». Por todo o país, há projectos semiacabados: o legado de políticos que utilizaram os fundos públicos para satisfazer a sua ambição.» O Continente Perdido conta-nos a história de um sonho falhado, uma visão nobre que se tornou perigosa e que conduziu a Europa à mais grave crise que enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial: uma crise para a qual estava totalmente impreparada. Um dos pilares do sonho europeu, surgido no pós-guerra, era a criação de uma moeda única, e com ela surgiu o dinheiro fácil, seduzindo alguns países que se lançaram numa voracidade despesista. Após a crise financeira dos Estados Unidos, a Europa foi inevitavelmente atingida e deparou-se com uma crise da dívida pública que põe em causa todo o projecto europeu. O Continente Perdido está repleto de casos patéticos, que cruzam os bastidores dos centros de decisão política com as histórias de cidadãos comuns, dando um retrato ímpar da mudança dramática da História a que assistimos nos nossos dias. Inclui, ainda, entrevistas com funcionários europeus de topo, dentro e fora do sistema, e relatos dramáticos de algumas das cimeiras europeias. Um livro claro e de leitura apaixonante, de um dos mais conceituados, e bem relacionados, jornalistas dos nossos dias, que nos explica com invulgar simplicidade como chegámos aqui e para onde caminhamos.

 


Mário Rui

sábado, 25 de janeiro de 2014

Obrigar, com juízo, é um verbo educativo


















Contidas e incontidas análises sobre tudo e sobre todos. A imprensa “deleita-se”, porque vende, o cidadão comum escreve, alvitra, já não sei se alegre ou tristemente, a propósito de todos os males só hoje descobertos, mas afinal  carecas de velhos. Uns sabiam de tudo, outros de tudo duvidavam mas só agora levantam questões e nós bem sabemos como às vezes certas dúvidas não são condição de progresso. Crucificam-se uns tantos, remetem-se outros para a casa da desobrigação e o fim da inteligência humana corre o risco de naufragar em pleno porto. Felizmente que o nosso destino, apesar do turbilhão do oceano, continua a ser a prodigiosa faculdade do intelecto. Mas é preciso dar-lhe bom uso e as respostas a tudo, têm de ser, uma vez mais, procuradas no seio dessa capacidade. Quem dela não se aproveitar, e bem, condenar-se-á à demência. O país está triste de si mesmo. O rol de causas e tendências é de tal natureza que o importante, nesta altura, é tomar por ponto de partida os episódios que fecham tal ciclo de mágoa. Depois, parar para pensar! É-me penoso trazer à tona todas as catástrofes que enfeitam a negro o curso dos últimos dias. Vão-se os melhores, os novos, perdemos os que seguram uma existência, os adultos, e depois deperdiçamos o saber e o sabor dos mais velhos. Parece que tudo isto se esvai em nome do ataque que urge fazer a quem um dia errou, a quem um dia se entrecruzou com razões desconhecidas na espuma de uma praia. Devemos condenar, impor pena a, mas deixem que primeiro compreendamos a identidade da causa das coisas. O desafio é, portanto, tentarmos perceber quais os mecanismos ditos “culturais” que não devem sentar-se no auditório do avanço humano. Para isso, em primeiro lugar há que retrazer as escolas universitárias e os que lá mandam para o seu genoma normal. Ensinar, criar vida humana com o objectivo de melhorar a corpulência do ser e, se necessário for, reprimir os que pregam máximas, rituais, arbitrários e enganadores. Mesmo se feitos em nome pessoal, nunca a escola se dissociará de tais anátemas. Depois, virá certamente o momento em que os mentores práticos desta ficção ritualista perceberão da sua própria incapacidade para assumirem o domínio daquilo que impensadamente reivindicam. É trabalho para todos, conquanto os primeiros se disponham a obrigar os segundos a fazê-lo. Obrigar, com juízo, é um verbo educativo! E ainda o é mais quando conjugado perto dos jovens, jovens para quem tudo no mundo é maravilhoso e ao mesmo tempo desafiador, mas desde que tenham as pupilas bem abertas!
 
 
Mário Rui

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O milagre panegírico e o costumado ecúleo que desabrocharam hoje em mais uma ‘prestação’ (a)social a mim entregue!





















 
 
 
 
 
 
 
 
O milagre panegírico e o costumado ecúleo que desabrocharam hoje em mais uma ‘prestação’ (a)social a mim entregue!
 
Se é verdade que se regista um ligeiro crescimento da economia portuguesa, não é menos verdade que este incremento não pode ser apelidado, como por aí ouço, vindo de hostes partidariamente engajadas, de «milagre  da periferia». Chamar-lhe-ia antes de «periferia do milagre», posto que o momento actual e a previsão que se  anuncia, não são flores que se cheirem. Afinal, tudo a que tenho assistido é à degradação da vida real das pessoas, nomeadamente das que trabalham e das que trabalharam. O resto, é fanfarronice política. Como diria Lipovetsky, “A Era do Vazio”, está para ficar! Sim, é que à força de tanto insistirem no facto natural de semelhante milagre, para mim oposto à condição actual do país, talvez alguns se sintam impensadamente induzidos na ajuda ao fogueteiro da costumada ciência pirotécnica dos últimos governos, para não recuar ainda mais, de Portugal. Despojem-se os incautos de qualquer optimismo ingénuo e centremos a atenção na análise das incoerências e dificuldades desta democracia real. Basta abrir o recibo de vencimento, da reforma, da pensão, ou ler o periódico, para percebermos do modo como «algo vai mal no reino de Portugal» ( na Dinamarca tudo vai muito melhor). A saber: a sobrevivência das oligarquias e do respectivo poder invisivel, continua firmemente assegurada. A revanche dos interesses do povo, entenda-se recuperação do perdido, continua por acautelar. As promessas não cumpridas estão também por explicar. Todas são situações a partir das quais não se pode falar de presente, e muito menos em futuro risonho. Não entendo a que factos paranormais se referem alguns. Para mim, milagre, acontecerá no dia em que eu, semelhantes meus, o povo enfim, nos voltemos a sentir cidadãos de pleno direito e assim deixemos de lado o súbdito em que nos transformaram. Milagre, virá no dia em que me restituírem o justo ordenado que entretanto me roubaram, a reforma que levaram aos nossos pais e avós, quando de novo um governo digno por cá resolver poisar o reino da virtude perdida. Posso admitir que estejamos todos, os bons, a lutar por estas causas com “sangue, súor e lágrimas”, mas dificilmente acredito na vitória se acompanhados nesta batalha, como estamos, por homens que não merecem respeito maior que um espantalho ou um monte de lama. Associarmo-nos a tal estirpe virulenta é uma desonra, e esta desonra traduzida em ofensa grave é, nem mais nem menos, reconhecer que os governos de Portugal, e especialmente os seus variegados suplementos, depois do 25 de Abril e salvo um, ou dois casos, não mais, foram uma espécie de exército invasor que tornou um país escravo dos desejos esfaimados de tal força beligerante. Velhacos, eu que nunca me recusei a pagar um imposto, pois sempre desejei ser tanto um bom português quanto um mau súbdito, vejo-me agora na real contingência de exigir a restituição dos abonos que me saquearam em defesa da minha exemplar cidadania. Fazem-me falta! Nunca julguei aqui aportar porque nunca ajudei ao naufrágio. Quem devia estar a padecer com a grande deterioração social que a todos inquieta era o leque alargado de gente, que de desastre em desastre, tornou incontrolável a gestão do país. Não nós, que jamais nos metemos em gueto fortificado que prejudicasse terceiros.
 
Mário Rui

O nojo que sai à rua impunemente


















O nojo que sai à rua impunemente
por FERREIRA FERNANDES – Diário de Notícias 20-Jan-2014
Há meses, numa rua da minha cidade, vi um jovem humilhado. Levava uma corda ao pescoço e ajoelhava-se quando lhe ordenavam que o fizesse. Não era uma representação teatral, via-se que o ajoelhado não podia ter escolhido outro papel. Era mesmo uma humilhação. E, no entanto, segui. E, no entanto, nenhuma relação humana mais me fez expor, mudar de vida e sofrer consequências do que humilhação de homem ou de mulher. Já tenho idade que me aconselharia a calar perante um daqueles cenários públicos que, não sendo comuns, acontecem, de um homem agredir uma mulher e nunca, nunca a deixei sozinha. E, no entanto, se naquele dia, na minha cidade, em vez do rapaz de baraço fosse uma rapariga de joelhos a mimar um ato sexual, eu seguiria também em frente. É, a grosseria e a violência das praxes académicas - é disso que falo - são tão tolas que nos levam a encolher os ombros, não a indignar-nos... Com isto quero dizer que para com essas praxes somos todos mais ou menos cúmplices, dos dux veteranorum aos críticos. Era bom pensarmos nisso, agora que tantos jornais dizem que a tragédia do Meco poderá ter tido como origem praxes académicas. Sugerem-se responsabilidades de um jovem, o sobrevivente, apesar de ele só ter de dar explicações, mais nada. Responsabilidade têm as universidades, as autoridades académicas, os pais, os estudantes e os transeuntes, como eu, que não disseram o que deviam ter dito perante um nojo: que, aquilo, é um nojo.
 
Mário Rui

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A história do Portugal contemporâneo




















A história do Portugal contemporâneo  (VER AQUI)

 
Quando um dia for escrita a história do Portugal contemporâneo, se é que alguém a conseguirá contar bem face à torpe realidade dos factos sórdidos por ora vistos e vividos, por certo julgará o futuro leitor estar em presença de conto de espantalhos ou de  fábula de sátiros viciosos. Certamente não vou poder lê-la, desde logo porque  já por cá  não andarei mas, mesmo confiando em boa interpretação de mui avisado historiador que por aí apareça, e na mais que improvável perenidade do meu eu para o ler, dificilmente será narração histórica para nobilitar os vindouros e o país enquanto, como devia ser, Estado com sentido. Procuro, procuro e não acho siso em quase nada do que vai acontecendo nesta terra. Subtrai-se continuadamente a sua realidade, a sua veracidade o seu valor. Surgem os construtores do destino dos  nossos descendentes e como que parecem querer erigir os templos onde repousarão para todo o sempre as obras que ufanam o nosso ser português. Depois, vêm os outros, os que também parecem estar preparados para as alturas, e chegam para demonstrarem que a adoração dos valores dos primeiros não é coisa que se deva fazer com fé em impulso veloz. Cuidado, dizem estes,  a apreensão básica, simples, da demonstração dos que analisam causas e estruturam templos, não garante a prosperidade, não é o sublime direito ao futuro. Acrescentam, é mais estratagema ardil com que se oculta o verdadeiro plano, resultado de um conjunto de ideias, de combinações que, graças a longa experiência de já tão longa peregrinação no reino do suspeito, têm infelizmente vingado no seio dos atrevidamente embusteiros. De facto, toda a realização, todo o passo em frente, deve ser objecto de atinada reflexão por banda de quem, mais tarde ou mais cedo, o vai pagar. Ora, como os Paços de certos edificadores ainda não estão concluídos mas eu já os estou a pagar, e pelos vistos assim continuarei sabe-se lá até quando,  rogo a quem me lê que me atenda neste sussurro do aprender a examinar as causas e os efeitos de tanta obra. Não é por refutar  ideais que assim falo, só eu sei como luto por eles, é apenas porque me ensinou a vida das auto-estradas, das rotundas, das ciclovias, dos gimno-qualquer-coisa, dos estádios da matéria, dos centros de congressos, das imponentes fachadas, que devo calçar luvas diante de tão “essencial” construção que forrou o bolso de outros tantos, quase todos eles prenhes de genuínos critérios de (a)moralidade.

 

 
Mário Rui

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Histórias de Portugal



















A não perder!

Porque os relacionamentos não são bênçãos a desperdiçar, e daí que talvez mesmo o único “jogo” que vale a pena jogar, aqui fica o trabalho de uma filha de Salreu-Estarreja a resgatar, e bem, aspectos da História medieval do nosso país. Deixo pois o convite para que outros igualmente se relacionem ouvindo as HISTÓRIAS DE PORTUGAL e conhecendo aspectos nunca antes retratados. Parabéns à autora, Virgínia da Silva Veiga, e que este trabalho frutifique.

Mário Rui


HISTÓRIAS DE PORTUGAL é um programa que está a merecer audiência um pouco por todo o Mundo, com episódios da História medieval de Portugal que, em vez de se lerem, se ouvem. Está a ser emitido aos Domingos, na Antena 2, rádio clássica, desde 3 de Novembro último. Movido pelo orgulho em Portugal e na Comunidade Lusófona, com a particularidade de trazer aspectos nunca antes conhecidos, como a verdadeira figura de Isabel de Aragão, rainha do Espírito Santo, mostra como era a nossa fronteira voltada ao mar nesses idos tempos, demonstrou como Soza (em Vagos) foi um porto templário, foi com D. Sancho I á conquista de Silves, contou sobre o culto de Santa Maria de Rocamador, a “Virgem Negra”, recordou como esteve maltratado o lindo Mosteiro de São Pedro de Rates, lembrou como o mais assinalável livro para coroação de reis da vizinha Espanha é de origem portuguesa e foi a Santiago de Compostela. Ainda irá falar da irmã de D. Dinis, uma poderosa senhora, mãe solteira. Tudo com música aplaudida mesmo por quem julgava não gostar de sons mais clássicos.

Todos os programas estão ainda acessíveis: http://www.rtp.pt/play/p1341/historias-de-portugal

Sugeria iniciassem pelo primeiro, sobre a Lenda da Dama de Pé de Cabra. Dona Sol reaparecerá Domingo. Não sei durante quanto tempo estarão ainda disponíveis “on line”. A encantadora Dama será a primeira a desaparecer.

Se gostar, divulgue e não deixe de registar o seu “gosto|like” da página do programa no Facebook. Do número de audições e desses registos irei tomar a decisão de continuar ou não este trabalho cuja última emissão está prevista para o próximo Domingo, dia 26.

A audiência neste mês tomará a decisão.

Todas as emissões – (acede-se também no logotipo da Antena 2, à direita) –

http://www.rtp.pt/play/p1341/historias-de-portugal

A Dama de Pé de Cabra – http://www.rtp.pt/play/p1341/e133443/historias-de-portugal

A página do Facebook – https://www.facebook.com/historiasdeportugal?ref=hl

Já acessível último episódio transmitido ( Santiago de Compostela, D. Berenguel de Landoria e D. Dinis) –  http://www.rtp.pt/play/p1341/e141160/historias-de-portugal

Divulgue-se, por favor, e não se esqueça: no blogue historiasdeportugal.com fui colocando informações adicionais que ainda podem ser lidas e, no caso da música, ouvidas.

[necessário dar tempo a que descarregue a publicidade da Antena 2]

Um abraço grato por essa partilha, gosto e companhia.

Virgínia da Silva Veiga

domingo, 19 de janeiro de 2014

O milagre da periferia





"O milagre da periferia".
 
«Surfar» é uma palavra recém-popular que captura sagazmente a nova mentalidade do novo mundo de incerteza. De facto, a superficialidade do pensamento político português, hoje, é uma coisa muito, muito profunda!!! A vergonhosa vida de muitos portugueses, feita a minha a dos meus pais, vizinhos e conhecidos, é um sofrimento vindo da revolução 'moderna' com identidade própria. Não se trata apenas de Passos! Acrescentem-se-lhe todos os outros nomes nascidos e vividos da inconstância vexante da vida modernizada, que nos rotulavam de "felizes para sempre", os que criaram um país com desenvolvimento de plasticidade e nada mais que isso. Tudo o que nos deram foi a negação, a desvalorização de um povo. Bestialidades que uns apelidam de extraordinário avanço civilizacional e outros, como eu, de grosseira estupidez humana!!!
 
Mário Rui

O futuro













 
 
 
 
 
O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser

 
Paul Valéry (1871-1945)

Poeta francês
 
 
 
Mário Rui

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Inverno

















(clicar para aumentar)


Uma mulher corre paralelamente ao mar num dia frio de Inverno na Praia de Lavadores, Vila Nova de Gaia. Ao largo, o oceano revolto.
(Foto de 16 de Janeiro de 2014 -  AP / Paulo Duarte)
 
 
Mário Rui

"Fora Hollande e toda a classe política"


















Um camião com a frase "Fora Hollande e toda a classe política" escrita, descarregou, ontem, quinta-feira, um monte de esterco diante da Assembleia Nacional Francesa (câmara baixa), em pleno centro de Paris. O motorista do camião foi entretanto detido pela polícia. Pouco antes do acto, a AFP recebeu um e-mail enviado de um endereço pessoal, que referia;  "neste momento, um francês acaba de manifestar a sua ira ante a Assembleia Nacional. Hollande, já chega! Esta é a mensagem que quis enviar".
 
 
Mário Rui

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A entrevista de Mário Crespo à ministra Assunção Cristas



A entrevista de Mário Crespo à ministra Assunção Cristas (VER AQUI)

O clamor que por aí vai com a entrevista, e respectiva prestação de Mário Crespo, à ministra Assunção Cristas é de tal modo confrangedor que não percebo da razão para tanta indisposição por parte dos que se sentiram mal com a mesma. Nem a própria se terá achado incomodada, e bem, com o desenrolar da conversa pelo que sou levado a crer que alguns até já conseguem fazer suas as dores que outros não sentem. O que vi e ouvi foi uma compilação de factos organizados e estruturados pelo jornalista sem que a ministra, e bem, repito, se tenha sentido injustamente lesada. Factos que de resto o jornalista soube reunir de modo descomprometido e objectivamente tratados. Não assisti sequer a possibilidades conflituais o que diz bem da isenção de quem conduziu a entrevista. Uma outra coisa, a que sempre o entrevistador deve guardar respeito, é saber se as pretensões de verdade quanto ao que afirma são ou não facilmente verificáveis. No caso desta entrevista, lá esteve Assunção Cristas para o fazer. E fê-lo a seu jeito, embora eu não concorde com as explicações dadas. Mas isso é outra história. Voltando ao que importa, eu compreendo que a apresentação de factos auxiliares por parte de Mário Crespo, que são normalmente aceites como verdadeiros, possam ter aborrecido muita gente mas a verdade é que as notícias dadas pelo mesmo não são novidades inventadas e daí que não se tenha tratado pois de peça literária, mas antes de pragmatismo informativo. E do bom! Quanto ao saber-se se ao entrevistador cabe, ou não, o papel de defensor dos seus próprios pontos de vista, também é assunto aberto a discussão. Deve ter a humildade para reconhecer que não é o detentor de uma verdade universal, não está no lugar para cortar ou substituir as marcas da oralidade do entrevistado, mas igualmente se deve declarar que, quanto mais intenso, comum à sociedade em geral e maior abrangência tiver o assunto, mais o jornalista deve ser o fiel mensageiro dos pontos de vista da ‘maioria silenciosa’. Foi isso que Mário Crespo fez. De modo acertado e cordato. O tempo em que o entrevistado entregava as perguntas ao entrevistador, já lá vai. Hoje, a entrevista, sobretudo a de teor igual ou semelhante à que sentou estes dois personagens da nossa sociedade, deve chegar embrulhada nos elementos que envolvem o ambiente onde a informação é recolhida. A saber; na rua, no povo sacrificado, na injustiça social, nas mentiras perpetradas pelas elites reinantes. Gostava que os descontentes com a tal prestação de Mário Crespo me explicassem melhor modo de conduzir a entrevista. Com um roteiro a cores? Insistindo na ideia de que dois mais dois, são cinco? De pupilas bem fechadas? Que diabo, num país onde muito poucos oferecem resistência aos turbilhões sociais a que assistimos, será que continuaremos a deitar fora os que dão nota da estranhíssima razão para tão agonizante modo de vida em sociedade?



Mário Rui

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O que resta da Praia da Barra - Ílhavo (14 Janeiro de 2014)

 

























 
O que resta da Praia da Barra -  Ílhavo

A tristeza que nos invade ante o cenário de devastação bem retratado nas imagens que se seguem, só pode ajudar-nos à reflexão sobre o acontecido.

Da mãe-natureza nem sequer me atrevo a falar. É como é, e ela lá sabe porquê. Respeito-a! Quero é lembrar que de norte a sul do país há muitos que se acham no direito de chamar a si a paternidade de uma natureza livre e sem amarras que, desrespeitada por tais falsos protectores, se vê aflita e na contingência de sacudir a barbárie emergente. O ‘espectáculo’ castigador que se nos mostrou nos últimos dias vindo da tal mãe sabida, a Natureza está sempre aí e sustém-se a si mesma, acaba por ser a soma do conjunto das forças que obram no Universo, talvez em certos casos as menos flageladoras, mais as outras forças ocultas e interessadas que vão invadindo terrenos sagrados. Julgam tais invasores que na selva se pode ser selvagem impunemente. O resultado de semelhante selvajaria, está à vista. Muito do acontecido tem só a ver com a "depravação" infligida à costa portuguesa e especialmente ao proveito que o homem ganancioso recebe da mesma sem que lhe dedique qualquer gratidão.

 

Mário Rui

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CRISTIANO RONALDO, o melhor jogador do mundo! Portugal resiste!



















CRISTIANO RONALDO, o melhor jogador do mundo!

 
Ainda que deposite algumas dúvidas quanto à excepcionalidade de Cristiano Ronaldo, quando comparado com outros pares de função por esse futebol fora, acho que o  prémio lhe assente que nem uma luva. Parece contraditório, mas não é! É que aliada a uma capacidade ímpar de jogar à bola, tem também, este portento futebolístico,  uma outra faceta; as suas vitórias são mais produto de luta e perseverança do  que evidenciação de uma fútil superioridade como em tantos outros se manifesta.  É alguém que conquista porque a sua presença altera positivamente a marcha  dos acontecimentos dentro e fora do campo. Mesmo que alguns achem que esta  distinção, a ‘bola de ouro’ - melhor jogador do mundo pela FIFA - é apenas mais uma infecunda “futebolada”, para já  não falar dos que sempre aludem, quanto a mim de modo pouco reflectido, ao lugar-comum do fado, Fátima e futebol, como  tratando-se de factos menores, triviais, de um povo que lhes parece infinitamente alarve  e facilmente manipulável, Ronaldo possuí mais algumas características que  deviam servir de exemplo aos que estão recorrentemente persuadidos da justiça  das suas próprias causas. Tem sido alguém que sabe conduzir-se sem olhar e sem  dar importância a tantos outros sem substância ou mesmo vazios de convicções.  Jogador, ou jogadores de futebol desta ascendência, são os nossos verdadeiros patrícios,  os que mostram predilecção especial pelo carácter e gostam de saber que Portugal  ainda ocupa cadeira no escritório do Mundo! O resto, são cantigas. Prefiro, pois,  estes audazes a outros ‘sapientes’ que só têm articulado, nas mais variadas áreas de  actividade, parcerias ruinosas. E que falta nos faz a influência destes verdadeiros  mestres da bola que realizam passes de mágica no (des)colorido do país. É de futebol que estamos falando? É! E depois? Esta força nacional deverá ser mais desprezada do que qualquer outra? Seria uma desgraça, isso sim, e talvez até uma impossibilidade, recorrermos a outras paupérrimas e incansáveis celebrações de natureza variegada para a confirmação da nossa portugalidade, dignidade e palavra séria. Viva o futebol, parabéns Ronaldo! Portugal resiste!

 


Mário Rui

O “inconseguimento” e o mais que se vê e não se percebe da segunda figura do Estado



Entrevista à Rádio Renascença em 3 de Janeiro de 2014
O “inconseguimento” e o mais que se vê e não se percebe da segunda figura do Estado  
 
Não é meu propósito comentar o que disse a senhora apenas porque o dito é de tal modo difuso e imperceptível que o não consigo fazer. Bem gostaria de entender o alcance de tão adornado discurso mas realmente quem abraça posições tão ‘avançadas’ em matéria de linguística, dificilmente se torna acessível ao comum do cidadão. Após a eclosão do conflito ortográfico, entretanto mal parido, parece-me sensato que para se ser ouvido se restrinja a oratória, mesmo sem acordo já de si imprudente, ao mínimo. O amor e a paixão pela língua que falamos, por meio da qual expressamos sonhos e ambições, é um património demasiado valioso para se subestimar pelo que é premente velar pela sua identidade. E é justamente pelo facto de nada me dizer a dita loquacidade palavrosa da senhora que me cumpre perguntar: o que será uma imaginação que não entenda o que quer dizer? Não poderia ter lançado mão de discurso mais simples, entendível e em que estivesse presente a gramática portuguesa e a língua valorizada? Ou então até nisto já há uma finalidade bem definida; é que os discursos que se expõem ordinariamente à incompreensão dos outros, mascaram a fragilidade das palavras que se dizem. Senhora Presidente, adopte aquela ideia de que “se sei, sei que sei”, “se não sei, sei que não sei”. Assim, vai ver, não terá pela frente mais  “inconseguimentos”.
 
Mário Rui  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Crónica da costa perdida


 
Crónica da costa perdida (VER AQUI)
Da mãe-natureza nem sequer me atrevo a falar. É como é, e ela lá sabe porquê. Respeito-a! Quero é lembrar que de norte a sul do país há muitos que se acham no  direito de chamar a si a paternidade de uma natureza livre e sem amarras que,  desrespeitada por tais falsos protectores, se vê aflita e na contingência de sacudir a barbárie emergente. O ‘espectáculo’ castigador que se nos mostrou nos últimos dias vindo da tal mãe sabida, a Natureza está sempre aí e sustém-se a si mesma, acaba por ser a soma do conjunto das forças que obram no Universo, talvez em certos casos as menos flageladoras, mais as outras forças ocultas e interessadas que vão invadindo terrenos sagrados. Julgam tais invasores que na selva se pode ser selvagem impunemente. O resultado de semelhante selvajaria, está à vista. Muito do acontecido, tem só a ver com a depravação infligida à costa portuguesa e especialmente ao proveito que o homem ganancioso recebe da mesma sem que lhe dedique qualquer gratidão. Quase apetece dizer que até neste domínio a corrupção alastra, qual areia da praia que se nos escapa entre os dedos de uma mão!
 
Mário Rui

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A um amigo e para os que ainda duvidam

 
 
A um amigo e para os que ainda duvidam.
 
Não é o teu caso, caro amigo, mas eu percebo da razão que levou muita gente a surpreender-se com a dimensão nacional, e não só, de Eusébio. Mas ainda bem que assim foi pois que “estranhar-se”, é começar a entender. Ainda agora se devem estar a interrogar como foi possível a um «homem agradável com pouca cultura, mas evidentemente que não se estava à espera que ele fosse um pensador»,  chegar a um estatuto moral tão distinto. Ciúmes, caro vizinho, ciúmes dos que professam a exaltação do eu e a excitação da sua própria volúpia.  A isto chama-se insolência que, infelizmente, pertence ao estilo do tempo que vivemos!  Quanto à dúvida a que alguns aludem sobre o direito, ou não, de vir a ocupar o Panteão Nacional, a par de outros ilustres portugueses, sejam eles jogadores de futebol, cavadores, carpinteiros, ferreiros ou cirurgiões, para mim, desde que impolutos, de carácter sublime, justos, virtuosos, livres de falsas convicções políticas e religiosas e detentores da quase perfectibilidade infinita do género humano – se é que existe -, especialmente quando posta ao serviço de uma nação, deviam, todos eles e desde logo, ter lugar reservado nesse oráculo. Mas atenção, só os que fizeram do dever um culto dedicado aos seus semelhantes. Só não gostaria de lá ver os velhacos e os que sempre foram viúvos da glória! E eu bem sei como tu me entendes amigo vizinho posto que, nós os dois, embora não tenhamos tido uma “educação esmerada num colégio da Suiça”, somos seguramente detentores de uma polidez de modos e práticas inigualáveis, ou não nos tivesse este oiro sido transmitido por progenitores da mais fina condição humana. À nossa saúde e à de todos os bons espíritos, aqui vai um abraço reconfortante. Fica bem!
 
Mário Rui