quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Eutanásia. Despenalização passa, referendo não


Dos educadores públicos  (LER AQUI)

Não formei ainda opinião sustentada sobre a questão da eutanásia. Defender a medida, ou não, é assunto que, parece-me, deve ter sempre como melhor juiz cada um de per si. Mas, para que assim aconteça, é absolutamente indispensável que não seja o amor- próprio a cegar-nos o raciocínio. Por outro lado, é ainda mais fundamental que também não seja a ideologia partidária a decidir o que fazer à vida dos outros. Afinal, gente que nunca deixou sequer a devida homenagem de uma flor de respeito ao quotidiano do cidadão ignorado, dificilmente decidirá bem, em meu nome, quanto a matéria tão delicada. Assim sendo, prefiro mil vezes o ar de nobreza e de resolução que se pode ler numa opinião nacional, do que, em acontecimentos desta natureza, decisões em que toda a intervenção de estranhos é altamente inconveniente. E afirmo-o assim, pela mui simples razão de que estou resolvido a não ficar mudo ante esse conciliábulo que tem a mania de tudo decidir sobre a vida, e, pior, sobre a morte do próximo, o que em si mesmo tem muito de soberanamente estúpido! Que a modéstia me obrigue a calar mais que tinha para dizer, eu aceito. O que recuso é que seja uma minoria a resolver o meu dia-a-dia. Já chega o que chega e não me venham com a história da legitimidade dos que nos representam, pois essa vai pouco além duma realidade estritamente mercantil. É só juntar os exemplos. A eutanásia, aprovada, ou não, forma-se numa maturação muito mais complexa do que o simples ajuntamento de assembleia mais poeta do que moralista. E nem questiono sequer o resultado a que se chegar, discuto apenas é o papel reservado ao Zé Povo, cumprido, comprido, paciente, resignado, o mesmo Zé Povo de sempre, a quem raríssimas vezes é dado o direito de erguer a voz, fazer um gesto, protestar. Será que só serve como uma espécie de socorros mútuos para a garantia de uns tantos lugares ao sol no Parlamento? Ou não convém ao concerto dos 230, como se diz em algumas sebentas políticas, o aparecimento de uma nova potência? É ao que eu venho; perguntar para que serve o POVO?   



Mário Rui
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Por aí





Mário Rui
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Rádio, é turno de 24 horas de cumplicidade e vale a pena preservar este produto


A comunicação popular e comunitária que visa promover a cidadania, ainda não foi ao olvido. E, apesar de todas as revoluções tecnológicas e culturais, a verdade é que a Rádio continua ‘sonora’. Daí que seja, ela mesma, o sinal de que tal serviço público se mantém importante o suficiente para aproximar mundos bem distantes. E quer estejamos a falar de informação ou de entretenimento, ou da mudança da narrativa escrita à narrativa oral, certo é que, não obstante a evolução de novas plataformas e formatos, todos convivem razoavelmente no contexto dos desafios a superar no tempo de agora. No futuro, como será? Não tenho certezas. No entanto creio que a Rádio não desaparecerá, e veja-se como exemplo o seu fortalecimento através das possibilidades que a internet lhe proporcionou. Já relativamente ao papel do jornalista, enquanto importante agente social, na rádio também, mantenho-me mais céptico. Cá guardo as minhas razões sobre essa dúvida, mas não sem deixar de elogiar os bons. Dos restantes, lanço mão de parte do que dizia um editor (Bob Baker) de um jornal americano, quando sobre alguns desses profissionais, sublinhava; “... há os maus e os que estão a melhorar”. O Dia Mundial da Rádio comemora-se amanhã, 13 de Fevereiro. E rádio tem perfil que se coaduna com o aproveitamento dos tempos livres e presos. E mais, deixa-nos entusiasmados pelo seu acto, mantendo-nos no maior silêncio, o que vale por não darmos conta da nossa presença a ninguém. Saber ouvir, é bom!



Mário Rui
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Exposição “Testemunhos”




Exposição “Testemunhos”, de Maria Pequeno, nos Paços do Concelho de Estarreja, patente ao público até 29 de Fevereiro.



Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2020






Mário Rui
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Carnaval de Estarreja 2019





Mário Rui
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