domingo, 17 de maio de 2020

Maritimamente circunscritos. Quem diria!


Não há que desistir. O que tiver de ser, será. Temos pena, muita pena, mas pelos vistos a condição de um qualquer banhista em 2020 é sofrer. Também me parece que por muito que se discuta o assunto, o mais que se conseguirá é  prolongar a discussão até ao infinito, em linhas paralelas, o que por si só já revelará bem a inanidade dos debates. Mas eu acho que nem isso vai acontecer. De resto, só de ler este “Manual do Regime excecional e temporário para a ocupação e utilização das praias, no contexto da pandemia COVID-19”, penosa transição do que já foi para o que vai ser, o melhor é fugir para o campo e levar o arado atrás. É que, apesar de tudo, com os progressos da mecânica, sempre deve ser melhor lavrar a terra do que frequentar praia tão cheia de regras. E, depois, em não havendo maresia que nos embale em ária tonificante, sempre podemos contemplar as leiras feitas direitinhas já que mais seguras do que as curvas são as linhas retas. E assim nos furtamos à leitura deste Manual da Nova Praia, bem capaz de cavar a nossa ruína cerebral e com ar de lhe ficarmos ainda por cima agradecidos. Cavar por cavar, cave-se então noutra areia, noutro “mar”, mesmo que, infelizmente, não fiquemos com a obsessão das sardinhas assadas. O dito compêndio balnear, pode ser estudado, mas não sem antes tomar um bom estimulante, aqui; https://www.jn.pt/infos/pdf/manualpraias.pdf



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Do Sol tão profundamente companheiro


Não sei se o Sol é para todos, mas gostava que assim fosse. Que a todos juntasse auréolas, assim quentes de recordações, porque há janelas por onde ele entrar que valem um tratado de felicidades e com poemas íntimos e inteiros de delicados sentimentos. A filosofia céptica larga-nos e longe de nos atrair com pesadas imaginações, só nos desperta simpatias. Se chega o ocaso de laranja pintado, com ele vem o horizonte dos pensamentos que nos coroam as paisagens longínquas do que já fomos. Até o quente da noite pelo que ficou do soalheiro do dia faz jus à sua fama de boa conselheira. E quanto mais cálida, melhor. Aflora-nos uma idiossincrasia que mais não quer senão que a sigamos com a vista e o pensar. Precisamos do sol para com ele lidarmos todos os dias em gestação mental de modo a fazermos do bem-estar um som que reclama um eco. Frases cortadas, exprimindo muito, mas deixando ainda mais a adivinhar. Amanhã, precisamos de novo do Sol!



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Costa sugere recandidatura de Marcelo a Belém (e reeleição)


Como nunca antes visto (LER AQUI)

Duetos improváveis, mas odes partilhadas, com rosas postiças. Para alguém que se vê ir pela velhice fora, custa a perceber. Mas enfim, é o novo mundo. Que bela melopeia. Admirável, como os tempos mudam. E não vale a pena pensar muito mais, porque a única coisa que ainda não está para mudar, é o dia de amanhã que, a seguir a uma quinta, é sempre sexta-feira.



Mário Rui
___________________________ _____________________________

… FUTEBOL E FADO, PORQUE ATÉ A “CAUSA” JÁ FOI MODIFICADA


Fátima, ficou fora da equação. Percebe-se. As pessoas iam dar, ou tentariam dar, um pontapé num vizinho, passariam uma rasteira ao amigo, saltariam sobre o próximo, agrediriam o parceiro, empurrariam o sacerdote, entrariam de pé em riste quando tivessem um adversário por perto, cuspiriam na face do que estivesse a invectivar, dariam uma cotovelada na cara de um desconhecido, puxariam o véu à crente da frente. Já fora do santuário, os crentes envolver-se-iam em lutas estéreis corpo-a-corpo. Nos autocarros, como aqueles que não foram ao Parque Eduardo VII, seria um regabofe íntimo de fé. Nos sanitários, sabe-se lá que proximidade. Nos balneários de Fátima, é melhor nem falar. Nas cadeiras do crer, também há quem lhes chame bancadas, seria um reboliço marcial. A polícia atacada, petardos a ribombar, tochas a iluminar o firmamento. Tudo isto aconteceria em Fátima. Felizmente que o futebol, dizem por aí, começará lá para 4 de Junho e, aleluia, finalmente nada do que poderia ser Fátima, aconteceu, acontece ou vai acontecer no futebol. Faz sentido que venha pois a bola porque o trinómio mudou. Agora, passou a binómio; é Futebol e Fado. Fátima, felizmente, fica fora desta nova equação. Assim, mudos estão os que acham por bem que o esférico role em contexto pandémico porque Fátima era um perigo. De resto, destas mudezes arregimentadas e de coreografia feita ao sabor da voz do dono, casais que têm feito carreira e criação neste fecundo solo lusitano, muito propício à má semente, fujo eu como o diabo fugiu da cruz. Tudo quanto assim não seja, é um cavar ruinoso dentro do próprio abismo. E para isso, já eu não dou patavina. Fátima não fazia sentido. Sentido, faz o futebol! E, já agora, quanto aos fígados recalcitrantes que apoiam o futebol, a manifestação e o festival que não é festival, nesta fase epidémica, se não quiserem ver o óbvio, limitar-me-ei então a continuar a fixar os aspectos públicos dos personagens. Apenas isso, porque eu não discuto direita nem esquerda. O que eu quero é ir para a frente e no bom caminho.



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Regulador para a Saúde aplica às autarquias taxas sobre hospitais de campanha


Regulador para a Saúde aplica às autarquias taxas sobre hospitais de campanha (LER AQUI)

Como qualquer educador da verdade sanitária do país, e com o mais envolvente dos estilos profiláticos que em muito ajudam à erradicação da epidemia, e à sorte dos que se substituíram ao Estado para ajudar o próximo, já cá só faltava, com demencial soberba, mais esta Entidade Reguladora. Não é única neste país, infelizmente o que mais temos são reguladores e reguladoras que se encostam umas às outras para não caírem, sendo elas mesmas, isso sim, uma verdadeira questão de higiene pública a que urge dar tratamento. Façam-lhes uns testes e depois avaliem o resultado. Têm só um inconveniente, esses testes; é o de se ir gastar muito dinheiro com os desinfectantes necessários para que tantas reguladoras deixem de cheirar tão mal. Mas façam à mesma os testes. É preciso ter lata. Taxa sobre a instalação e funcionamento dos hospitais de campanha criados por causa da pandemia? É mesmo ter muita lata! E no fim de contas, para que precisamos nós das entidades reguladoras? Já não temos muitas outras, em especial de bancos, que fazem a mesma coisa? Pois não nos chegam às mil maravilhas essas mesmas? Francamente!



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Por aí




Mário Rui
___________________________ _____________________________

V-E Day - 8 de Maio de 1945



V-E Day - 8 de Maio de 1945

75° aniversário da capitulação alemã que pôs fim à II Guerra Mundial na Europa.



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Banksy presenteia um hospital com a sua mais recente pintura


Banksy presenteia um hospital com a sua mais recente pintura.

O artista postou a obra de arte na sua página do Instagram com o título “Game Changer”, referindo-se ao facto de o menino da pintura ter abandonado os super-heróis tradicionais (como Batman e Homem-Aranha) em troca de um novo herói-enfermeiro, prestando assim homenagem aos profissionais de saúde que estão na linha da frente da luta contra a pandemia de Covid-19.

A pintura encontra-se no Hospital Geral de Southampton, na costa sul da Inglaterra, e aí permanecerá em exibição até ao Outono, altura em que será leiloada para arrecadar dinheiro para o NH.


Mário Rui
___________________________ _____________________________

Por aí





Mário Rui
___________________________ _____________________________

Médicos russos caíram de janelas abaixo


CORONAVÍRUS

Médicos russos críticos da resposta à pandemia caíram de janelas abaixo (LER AQUI)

Na Rússia, as janelas são muito traiçoeiras. Desde que lhes é conhecida a configuração, apanhar ar debruçados é coisa assaz perigosa para médicos e outros que tais. Se não se apoiam bem, com as devidas cautelas, logo uma medida de ‘put in”, disfarçada em casca de laranja, de melancia ou de banana, convida os críticos … a dar com a prosa na calçada. E aí ficam bem colocados. E quer seja por via da atmosfera, da estratosfera ou de outras feras, cai-se mesmo. Espiolhando a razão por que isto acontece, só encontro uma explicação; o chefe não quer que tanta gente ande no ar. Não é paradoxo, é assim mesmo, e é uma excelente maneira de algumas ‘democracias’ estarem sempre em normalidade constitucional. De resto, é por essa razão que mantenho aquele lema contemporâneo, embora já muito viciado, que 'democracia' e água benta, cada qual toma a que quer, ou a que melhor lhe sirva.



Mário Rui
___________________________ _____________________________

Jornal o Concelho de Estarreja - edição Maio 2020




Mário Rui
___________________________ _____________________________

Por aí






Mário Rui
___________________________ _____________________________

E vem aí a praia, que vai certamente ser hora de outras irresponsabilidades


Se um dia destes ainda houver risco e gravame maior do que aquele a que assistimos ontem, e isto porque certas naturezas têm necessidade psicológica de arranhar a paciência dos sensatos, eu proponho então que se comece a fazer a encomenda das lápides que assinalarão o acto heróico dessas faúlhas de substância rebelde que se acham no púlpito, exigindo de cátedra, negando a ciência, preferindo a tribuna e violando a lei, através dos títulos rotos dos seus direitos(?).

E vem aí a praia, que vai certamente ser hora de outras irresponsabilidades, hora de outras imprecações veraneantes, também de outros anátemas, outras interpelações súbitas e até a cólera dos fora-da-lei vai golfar.

Pelas amostras tidas, é isto mesmo que vai acontecer se nada se fizer que obste a essas vicissitudes cruéis.

E se não me quiserdes aceitar como adivinho fiel desses futuros dias, com os quais me desconsolo, aceitem pelo menos o conselho: trave-se a onda que nos pode levar ao abismo.

Olhem que posso não ser grande na inteligência, mas acho-me grande entre os experimentados a ver a fraqueza de cabeça de muita gente.

Na praia, há muita areia. E cabendo a vez a muitos de nela enfiar a cabeça, fica a sugestão quanto ao buraco onde a meter.

E não há querer, ou não querer. Se executada a medida, mais não fará senão arrefecê-la e esvaziá-la de ruinosas imoderações.




Mário Rui
___________________________ _____________________________

Por aí






Mário Rui
___________________________ _____________________________

O puto do capacete amarelo - Ayrton Senna da Silva


26 anos depois, o puto do capacete amarelo permanece vivo.

A 1 de Maio de 1994, a Fórmula 1 mudou para sempre com o desaparecimento de um dos seus mitos: Ayrton Senna.



Mário Rui
___________________________ _____________________________