terça-feira, 10 de abril de 2012

Civilidade



Disseram-me estes passarinhos: para que serve a civilidade entre iguais? A civilidade entre iguais é mais necessária do que se pensa. Serve para conservar em seus justos limites a familiaridade, tantas vezes disposta a tomar certas liberdades que podem degenerar em insolência ou grosseria, e cujo primeiro mal é ocasionar o desprezo ou a desconsideração.


Mário Rui

Uma ocasional vontade de se ser estúpido




Agora já só a grosseria vale para qualificar estes actos de gestão. Se por um lado sucessivos governos nos deixaram este legado, há outro que agora parece querer dar-lhes continuidade. Nem à troika parece ter lembrado pedir tanto sacrifício. Quanto ao Sr. Silva, também pode ir às malvas com as suas avançadas filosofias mentais. Quando lhe tocou no bolso, ele falou. Mas falou dele, por ele, e nunca pelos outros. Estamos agora a ver que espécie de lixo há dentro deste patriota bem pensante. Creio que a escravidão ... é um acumular de forças ... de forças ... contra quem escraviza. Há-de chegar o dia da libertação dos novos escravos, e o Povo, com as mãos ensanguentadas, há-de abandonar os cadáveres dos que nos oprimiram, saquearam, apunhalaram, nos deixaram na mais selectiva pobreza medieval. Tudo se paga neste Mundo! A suprema razão dos esfomeados, que o pão do incrível ainda vai alimentando, um dia vai dar cabo do medo, da passividade e, nesse mesmo dia vai ser o bom e o bonito... Vai ser essa a paga pelo rareamento de pessoas exemplares que nunca nos deram mais que promessas vãs. O futuro que nos contaram foi sempre uma história fantástica que nem para adormecer crianças serviu.


Foram «razões de interesse nacional» que levaram o Presidente da República a promulgar o diploma que congela as reformas antecipadas. Cavaco Silva justifica-se assim, mas lembra que a promulgação não significa o acordo do chefe de Estado a todas as normas.«Pedi informações ao Governo, ele forneceu-me todas as informações que foram solicitadas e, face às razões de interesse nacional que me apresentou, entendi que não devia obstar à entrada em vigor do diploma», afirmou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas no final da inauguração da nova sede da Microsoft em Portugal.Lembrando que já promulgou mais de 200 diplomas do actual executivo, «a quem compete conduzir a política geral do país», Cavaco notou, contudo, que é reconhecido que o acto da promulgação não significa acordo com todas as normas dos diplomas.«Todos os constitucionalistas reconhecem que o acto de promulgação não significa o acordo do Presidente em relação a todas as normas de um diploma», cita a Lusa.Porém, insistiu, face às explicações que o Governo apresentou, o Presidente entendeu que não deveriam ser colocados entraves à entrada em vigor do diploma.«São razões de interesse nacional que o Governo me apresentou por escrito e entendi que não devia obstar à entrada em vigor», reforçou.Questionado sobre o «secretismo» à volta desta decisão, já que apenas foi anunciada quando foi publicada em Diário da República, o Presidente da República referiu apenas que é «ao Governo é que compete divulgar as medidas que aprova».Sobre a reposição dos subsídios de férias e de Natal só acontecer, gradualmente, a partir de 2015, Cavaco disse que essa discussão é «prematura». Já sobre a sua própria reforma do Banco de Portugal, Cavaco Silva foi categórico: «Nunca mais» falará do assunto.






Mário Rui