domingo, 4 de outubro de 2015

Estou fartinho de reflexão


Estou fartinho de reflexão (VER AQUI)
Ainda que a diversidade seja uma das características da vida, há coisas das quais não nos devíamos demitir, e eu acho que ao escrever-se a edição final de um mandato, quer se defenda ou não o 5 de Outubro, o mínimo que se deveria exigir era que o PR, tão circunspecto em certos detalhes muito acabados, não deixasse outras pinturas que dão sonho à tela com traços tão mal acabados. Assim, as ausências, as abolições e as demissões, retratam apenas ideias muito pouco republicanas por parte de quem é chefe de uma República! É que a seguir virá um 1.º de Dezembro que também já não mostra retábulo onde se prante dignidade, e muito menos orgulho por 40 conjurados que cumpriram devolver o país às suas origens, teimosia que em minha opinão foi uma grandeza. A continuar esta saga fúnebre, de índole política avulsa, tudo o que restará há-de ser um forte sinal da aniquilação completa do carácter cívico de um povo! Se assim o querem, vo-lo indico; acabem também com os Jerónimos, Batalha, Aljubarrota, digam que Tordesilhas não foi, que Gama só desembarcou nas Berlengas e que Pero Vaz veio de caminha porque estava doente, de Camões não sublinhem a obra épica mas digam antes que se tratava de rapaz que comia incertezas ao almoço, de Camilo falem ter sido gabarola de decilitros, não de escrita, mas de líquidos, e por aí fora, a fonte é inesgotável. Depois de tudo isto feito, nós por cá ficaremos remoendo todo o resto da nossa vida este remorso por não termos sido capazes de evitar o furto do nosso pátrio orgulho. Ficaremos nós, e infelizmente as alcoviteiras e os cretinos que montaram banca onde se vai vendendo à parcela o pouco da honra lusitana que nos sobra. Eu bem queria ficar calado, mas não consigo! Republicano, sou eu, apesar de gostar muito de um bom bolo-rei. Boa noite e enfartem-se alguns com o seu republicanismo estremunhado.
 
 
Mário Rui
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Hoje, falai baixo, se falais de eleições


Bem me parecia; estes sábados de reflexão assemelham-se a meios feriados nacionais. Pena é que os outros, os verdadeiros e inteiros feriados, tenham sido abolidos pois o próximo seria certamente uma excelente oportunidade para reflectir emoções.

 

Mário Rui
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