domingo, 4 de novembro de 2018

Marcelo diz que está a ser criada "uma nebulosa" em torno de Tancos

 
As armas e os barões assinalados, em perigos e guerras por ninguém entendidas (LER AQUI)
 
Cresce a confusão. Estamos perante um caso singular. Roubo, mentira, coisa persecutória, ficção, verdade, dislate, entretenimento, fantástica novela, alquimia? Tancos pode ser todas estas coisas mas, pelos vistos, ainda não se encaixa em nenhuma. Por ora, é, afiançadamente, uma grande barafunda, uma obra de agulha, com crivos, imitando renda labiríntica. E queira o santo juízo que não seja bem pior do que isto. E se for guerra entre sociedades secretas, regidas pelos “insondáveis interesses”? Digo mal ? E se for um querer apagar-nos a lucidez de modo a que não percebamos um jogo em que todos parecem fazer batota? E se afinal for muito, muito mais do que tudo isto? E se isto for a nossa pouca sorte de vivermos num país radicalmente mudado e injustamente votado ao dito jogo sujo com tal firmeza de técnica adoptada? Sei lá eu onde desaguará este rio perante o qual todo o velho Portugal se interroga e cai de cócoras. No que irá dar tanta ziguezaguear de serpente em leito tão caudaloso? Eu, não tendo por costume correr a foguetes, cá fico para, se possível, apanhar as canas.
 
 
Mário Rui
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São Martinho está aí


Uma das coisas verdadeiramente interessantes que se pode fazer por uma tradição é levá-la à prática. Sobretudo porque esquecer coisas antigas e antiquadas não é grande prova de bom futuro. E acresce ainda o facto de tradição ser também meio carregado de sentimentos parceiros. E quanto a provar outros passados, afinal o vinho novo foi produzido com a colheita do Verão anterior, cada um saberá como tratar desses decilitros.
 

Mário Rui
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Verdade, mesmo!


Ou não fosse o Eça a dizê-lo. Verdade, mesmo!

 
 

Mário Rui
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Mais bruxas?

 
Não me levem a mal os apaniguados do Halloween mas a verdade é que me acho um tipo orgulhoso da minha origem, se quiserem até da minha plebeidade, e por isso não compreendo essa coisa que descaracteriza e achincalha a minha rua e sobretudo a minha tradição. Prefiro as noites de festa vividas em trajes comuns às celebradas em vestes esfarrapadas. Ah, raio de vida! Lá tenho eu de ir às minhas recordações buscar o assunto das minhas páginas festivas para ver se apago epitáfios que me entristecem. Não gosto, mas não liguem às minhas preferências. Cada um tem as suas e há que assumir tolerâncias. Das boas festas à portuguesa, não tenho recordações tristes do passado. Tenho é apreensões pelo futuro de certas “inteligentes maldades”.
 
 
Mário Rui
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A adaptação radiofónica da "Guerra dos Mundos"


30 de Outubro de 1938

 
 Há 80 anos, o pânico apoderou-se de milhões de americanos que ouviram em directo a adaptação radiofónica da "Guerra dos Mundos"

A emissora informava que o exército fora mobilizado e que a cidade de Nova Iorque estava a ser evacuada. A música continuava, mas milhões de americanos estavam em pânico total. Ao longo do programa radiofónico foi repetido que se tratava de uma dramatização baseada num livro. Mas era tarde. Desesperadas, as pessoas telefonavam à polícia e aos jornais. Na Nova Inglaterra, milhares de pessoas abandonavam as suas casas e carregavam as viaturas com o que conseguiam para escapar à invasão. Houve relatos de centenas de pessoas em igrejas a rezar, mulheres que abortaram e outras que deram à luz bebés prematuros e também de mortes. Criticado e louvado, Orson Welles ficou famoso. O mesmo não aconteceu ao autor da obra original, "A Guerra dos Mundos", o escritor britânico Herbert George Wells (1866-1946), conhecido como H. G. Wells.
 
 
Mário Rui
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Por aí




Mário Rui
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Vale a pena a insistência

 
Repito-me, mas afinal acho que vale a pena a insistência. E não estou só, felizmente. (LER AQUI)
Já houve tempo em que atravessar a Ria de Aveiro também era coisa para se fazer com braçadas longas vindas de corpos afoitos que se lançavam à água. Braçadas fortes, não tanto para ganharem taça que não tentava sequer passar por champanhe, mas antes porfia prazenteira. Nadar, nadar sempre, como se se tratasse de iludir um invisível perseguidor. Era o tempo em que a água ia farta, a perder de pé, e a travessia era distância onde se distinguia o cintilar longínquo das ondulações. Hoje, resta-me a resignação de fel do quotidiano que vejo. E faço por esquecer, ignorar, soltar as amarras que me prendem a esta talvez doentia obsessão de não compreender onde estão os que deviam dar uma mão à Ria, um olhar que fosse. Devia talvez, acima de tudo, impedir-me de pensar. Mas não posso. Quando assisto a tanta manifestação ciclável, tanta vontade de pôr um país em cima de um selim, não que esteja contra mas só porque já me começa a cheirar a manifestação reservada a um enorme bolo sem velas, e assim esquecendo a nossa Ria de charmes e sorrisos, só me posso indignar. Já tem pouca água, sobeja agora menos distância, mais silêncio, mais vazio e ainda mais lodo em sítio que devia ser cama de água. Sinto que tudo falhou, sinto que a Ria de Aveiro nunca mais vai ser o que tinha querido ser, sinto o seu destino transformado num descalabro sem regresso. E sinto ainda mais; o seu charme e sorrisos de antanho, circulando entre os seus milhares – talvez milhões – de convidados, são hoje porta sem saída pois a de entrada há muito que está fechada. A regeneração resume-se, até agora, a uma chuva de conselhos ditos mas nunca feitos e é por isso mesmo que repito, repiso e quero prestar quotidiano testemunho do fracasso disfarçado! Mas como o futuro tem inesperadas formas de se vingar, talvez um dia nademos, pesquemos e comamos montados em bicicleta que há-de rolar em mais uma via em sítio que outrora foi Ria. Talvez depois nos interroguemos; não há ninguém em quem pendurar a culpa? E não sou contra a bicicleta, embora isso desse jeito a alguns. Sou é contra a voluptuosa catalepsia mental que faz soçobrar a Nossa Ria!
 
 
Mário Rui
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Kodak



 
Kodak, em 1888, quando nem tudo era ‘negativo’; “você pressiona o botão, nós fazemos o resto”.
 
 
Mário Rui
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Por aí

 
 
 
Mário Rui
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O Centenário do Armistício da I Grande Guerra não se comemora hoje

O Centenário do Armistício da I Grande Guerra não se comemora hoje, 04 de Novembro de 2018.

Transformar as datas da História em licença para alterar o curso da mesma, não me parece ideia atinada. E seja qual for a razão para o fazer, uma data histórica, de peso, preito ou gratidão, não deve trazer choques de ideias quanto ao momento em que de facto aconteceu. Também atrasamos o 5 de Outubro, ou o 1.º de Dezembro? Ao que a história decidiu, bem ou mal, só um pedestal lhe serve; o dia em que ela se fez! Desculpem, mas nisto, ainda que honrosas, não se arroguem a excepções.

 

Mário Rui
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