segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ouvindo em voz alta a eterna legenda dos anos 80, uma riqueza inultrapassável de encantamentos vividos


 
 
Valeu a pena! Vale sempre a pena desde que longe das vistas dos indiscretos, possamos sentir essas venturas embriagadoras de que são feitos os sentimentos nascidos entre veludos musicais. Com o tempo e o belo tempero da sensibilidade, é possível entrar noutra dimensão, a que nos dá aquela visão candente da adorável simplicidade de termos tido gente assim no nosso frescor e de a podermos manter num círculo infinito, hoje mesmo. Vivos rutilantes, músicos e sons assim feitos, são contínuas palpitações e não obstante as nossas já longínquas ebulições  há ainda hoje em tudo isto uma opulência que nos encanta. O hoje não é como o ontem? Pois não, mas então será que não podemos prolongar nitidamente todas essas memórias continuando a harmonizá-las, moldando-as se preciso for, num peito de orgulhos amplos e poderosos? Claro que podemos, melhor, devemos! A vida não é sonho ou quimera, mesmo sendo uma abundância louca de fantasia, de devaneio, de ilusão? E a felicidade de possuir um vasto contentamento interior não conta p´ra nada? Enfim, perguntar não ofende, particularmente quando nos vêm súbitas ternuras que se calhar são só lágrimas íntimas.



Mário Rui
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